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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Simplismente Exu


  
“Abram os olhos e enfrentem hoje as trevas que vivem em vós, para amanhã não se perderes nelas. Levanta-te e enfrenta a ti mesmo, pois o bem e o mal vivem dentro de cada um, e é destacado aquele que é alimentado" - diz Um Guardião da Luz (Exu).

Na tentativa de manter o culto aos seus deuses no Brasil, os negros escravos buscaram pontos de convergência entre a trajetória dos santos católicos e os dezesseis orixás do culto do Candomblé, mais conhecidos e tradicionalmente cultuados. Exu foi representado no sincretismo católico, pelos negros africanos, por Santo Antônio, simplesmente por questões similares como a cor de ambos e governança: o número sete, os cemitérios, encruzas e sua personalidade forte.

Este orixá foi o que mais sofreu uma perseguição sistemática, pelos missionários catequizadores, sendo associado ao Diabo. Nesta mistura de mentiras, médiuns despreparados recebiam espíritos que se passavam por Exu, dizendo que era o Demônio, fazendo com que comerciantes inescrupulosos e ignorantes criassem uma imagem de Exu, cada vez mais distorcida e tenebrosa. Exu, sobre esta concep­ção, ganhou chifre, rabo e pata de animais. Verdade é que, a forma original de Exu é humana, ele tem dois braços, duas pernas, dois olhos e uma cabeça! Os espíritos que compõem a falange de Exu são espíritos como nós, contemporâneos até. Essa associ­ação, indevida e maldosa, com o passar do tempo, foi caindo no gosto popular e na psique de pessoas mentalmente e espiri­tualmente doentes, que começaram a construir a visão irreal de que Exu é o Demônio. Diferente dos quiumbas, zombe­teiros e outros espíri­tos oportunistas, que podem mistificar os trabalhos espirituais e se passarem por Exu, cada ser humano têm, pelo menos, um casal de Exus que influenci­am permanentemente em seu destino.

Ao passar na encruzilhada em noite de lua cheia, no silêncio da escuridão ouvi uma gargalhada:
era um homem vestido de negro, tinha um tridente na mão e usava uma capa encarnada.
Perguntei quem era, ele sorriu e falou: pra ti, meu nome é Exu, mas muitos me chamam de Fera.
Sou guardião dos caminhos, carrasco dos perdidos, vivo no mundo dos mortos, mas caminho no meio dos vivos. Conheço o bem e o mal, ajudo quem pede,  se for de justiça. Puno a maldade, a vaidade e a cobiça.

LAROYÊ, EXU!
EXU É MOJUBÁ!

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