Diversidade
da Umbanda é obra do Astral superior para que mais corações fossem tocados pela
Sua essência, portanto, não cabe a ninguém fazer julgamentos.
Considero
que o mais importante é buscarmos fazermos a caridade, mais do que ficarmos
presos a idéias pré-concebidas de escolas ditas iniciáticas de Umbanda ou
permanecermos presos a conceitos ultrapassados.
Não
importa qual ritualística cada Terreiro de Umbanda siga. Não importa se
"escrevem" Oxoce, Oxossi ou Oxosse. Não importa se consideram Nanã
Orixá dono de "Ori" (coroa) ou não. Não importa se consideram ou
cultuam em seu rito mais Orixás ou menos Orixás... O que realmente deve
importar quando se procura um Terreiro de Umbanda não é o Terreiro (se é
bonito, feio, pobre, rico, etc), mas sim A UMBANDA!
É
claro que o cuidado com que a obra física é tratada nos fala dos dirigentes e
médiuns do terreiro, mas não nos fala de Caridade. O quanto de Caridade o
terreiro pratica. Só indo e assistindo às sessões, às giras, observando como se
trabalha, a disciplina, os objetivos, o amor. Não cobrando por absolutamente
NADA. Não fazendo "trabalhinhos" de amarração, ou para trazer a
"pessoa amada" de volta em "x" dias.
Fazendo
um trabalho constante de amor e fraternidade espiritual e material/social.
A
Umbanda é uma religião absolutamente aberta que tem inúmeras diferenças de
interpretação. Diferenças estas que variam de região para região assim como de terreiro
para terreiro. É com a ritualística que nos identificamos ou não num primeiro
momento, se tem atabaques ou não, se tem palmas ou não, como é a abertura, o
desenrolar da gira, a que a gira se destina... O "como" pode variar e
varia muito, mas devemos lançar um olhar mais profundo e examinarmos melhor os
objetivos da Casa.
Mas
isto não nos fala de Caridade também. Para um Terreiro poder se dizer de
Umbanda, lá deve haver amor, compromisso com o próximo, caridade
descompromissada, um trabalho constante de solidariedade, disciplina, respeito
e estudo.
Existem
inúmeros sites e livros que falam da "origem" da Umbanda. Uns falam
que começou com Zélio de Moraes e o Caboclo das 7 Encruzilhadas, outros falam
que veio da África, outros falam que começou na Atlântida, outros... Isto é
realmente tão importante, ou seja, “ser dono desta verdade”? Ou simplesmente,
em alguns casos, puro preconceito ou vaidade? Somente em alguns casos, porque
existem muitas pessoas honestas nos mais variados meios da Umbanda. Nas mais
diversas "origens" e “verdades”. Acredito que o importante é
compreender que esta é a verdade de cada um e como tal deve ser respeitada.
Fonte : Umbanda Mitos e
Realidades - Iassan Ayporê Pery
Nenhum comentário:
Postar um comentário