Certa vez, Chico Xavier chegou ao Centro Espírita e viu uma multidão na
porta. Ele perguntou:
- O que estas pessoas querem?
- Eles vieram buscar passe. -
respondeu um trabalhador da casa.
Chico respondeu:
- Eles não precisam de passe, precisam de "pá".
Os
ensinamentos de Jesus pedem
"pá": trabalho, sacrifício, renúncia, esforço, força de vontade,
transformação moral, atitude, etc.
Precisamos aprender a não olhar para Deus e Jesus somente com interesse
de pedir-lhes algo. Deveríamos nos desvincular da idéia de que frequentando uma
casa religiosa e realizando liturgias, rituais, dogmas e pagando o
dízimo já estamos agradando Deus. Por pensar assim, séculos de evolução
foram perdidos. Pois, dentro da casa religiosa muitos seguem as exigências dos
religiosos e fora dela transgridem as leis de Deus por acharem que já cumpriram
sua obrigação dentro dela. Se cada vez que saíssemos de uma casa religiosa nos
comprometêssemos, com nós mesmos, a praticar uma boa ação naquela semana, em
nosso favor e/ou a favor do próximo, já estaríamos entendendo o propósito da
vinda do Cristo à Terra. Em nosso favor é deixar de reclamar, cultivar bons
pensamentos, boas palavras, boas atitudes, deixar de fazer comentários maldosos
e humilhantes de alguém, é perdoar ou relevar uma ofensa, é diminuir ou
eliminar o cigarro, a bebida alcoólica, é cuidar do corpo físico, etc. E em
favor do próximo significa fazer o bem a alguém. Mas, infelizmente, muitas
pessoas só buscam o centro espírita para solucionar problemas, para pedir algo,
sendo que o Espiritismo explica a causa dos problemas, a necessidade da
transformação moral, da prática da caridade com o próximo e com nós mesmos,
etc. Querem atacar as causas de
suas dores e aflições ao invés de atacarem os efeitos. É preciso agir na prevenção. Enfim, busquemos Jesus para
aprender seus ensinamentos para colocá-los em prática onde estivermos. Porque
Ele deixou bem claro que: “a fé sem
obras é morta”, ou seja,
acreditar Nele e não fazer o que Ele pediu é inútil. Então perguntemos: "Como é a nossa fé?"
"Com ou sem obras?" Pensemos nisso!
Por Rudymara
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