Muito se comenta, se fala
ou critica-se o uso de bebidas alcoólicas nos trabalhos de Umbanda;
Nos hospitais não se usa
o álcool para limpar as mãos antes de ter contato com algum enfermo?
Não se usa álcool para
limpeza de equipamentos hospitalares?
Ele serve para desinfetar
nossas mãos ou materiais a serem usados de bactérias que podem ser nocivas a
nós ou ao enfermo.
O mesmo se faz nos
trabalhos, o álcool serve para desintegrar energias nocivas impregnada nas
pessoas e assim como as bactérias não são visíveis ao olho humano, mas estão
ali.
É obvio que nossos
queridos Pretos Velhos, Caboclos, Baianos, Marinheiros, Compadres e todos os
outros não bebem porque gostam, porque ainda tem algum apego a esse ato, mas
sim para limparem a pessoa.
Não penso que quando
algum guia abusa no uso da bebida, devamos perguntar-lhe qual o motivo, não
acho que devamos lembrá-lo que ele precisa deixar seu médium limpo.
Penso que o guia nunca
abusa, ele usa o que precisa, o abuso em minha opinião vai do médium, pois como
sabemos hoje a maioria de nós médiuns somos conscientes.
Como disse o guia usa o
necessário, mas nós podemos querer mais, mostrar que nosso guia é forte e
elegante segurando uma taça de vinho, ou um copo de bebida destilada.
Pura inexperiência, com
certeza no dia seguinte não passaremos um bom dia, imaginemos que temos um
carro e nele cabem cinco pessoas, mas precisamos colocar 10 pessoas ali,
impossível, o mesmo acontece nos trabalhos, se nosso guia usou dois copos de
vinho, ele ira levar os mesmos dois embora, ficando o que bebemos daí para
frente sobre nossa responsabilidade.
Com o tempo com certeza
nossos médiuns mais novos vão aprendendo a controlar essa ânsia, mas o mais
importante em minha opinião é não culpar o guia, dizendo que ele não levou tudo
embora, isso é uma covardia, é fácil usar essa desculpa, difícil é assumir
nossa falha...
Isso acontece mais
frequentemente do que imaginamos, o importante é tirar lição disso e ter
certeza que os trabalhos de Umbanda são sérios, erros todos cometemos, mas
persistir no erro ai sim o médium estará se desvirtuado.
Confesso que a uns cinco
anos após um trabalho de Marinheiros, passei por essa experiência, foi muito
confusa, muito constrangedora para mim, pois sei que falhei, mas em momento
algum cobrei meu querido amigo Zé do Porto por isso. Daí para frente meu
controle melhorou e graças a Oxalá não passei mais por isso.
Assumir uma falha como
essa é difícil, mas necessário para outros não passem pela mesma situação.
Pai Joãozinho Galerani
Jornal Nacional da Umbanda - Edição 29
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