O congá é o mais potente aglutinador de forças dentro do terreiro: é
atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais
diferentes tipos de energias e magnetismo. Existe um processo de constante
renovação de axé que emana do congá, como núcleo centralizador de todo o
trabalho na umbanda. Cada vez que um consulente chega à sua frente e vibra em
fé, amor, gratidão e confiança, renovam-se naturalmente os planos espiritual e
físico, numa junção que sustenta toda a consagração dos orixás na Terra, na
área física do templo.
Vamos descrever as funções do congá:
# atrator: atrai os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de
recepção das ondas mentais emitidas. Quanto mais as imagens e elementos
dispostos no altar forem harmoniosos com o orixá regente do terreiro, mais é
intensa essa atração. Congá com excessos de objetos dispersa suas forças.
# condensador: condensa as ondas mentais que se “amontoam” ao seu
redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração,
consultas etc.
# escoador: se o consulente ainda tiver formas-pensamentos
negativas, ao chegar na frente do congá, elas serão descarregadas para a terra,
passando por ele (o congá) em potente influxo, como se fosse um pára-raios.
# expansor: expande as ondas mentais positivas dos presentes;
associadas aos pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para
toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.
# transformador: funciona como uma verdadeira usina de reciclagem
de lixo astral, devolvendo-o para a terra;
# alimentador: é o sustentador vibratório de todo o trabalho
mediúnico, pois junto dele fixam-se no Astral os mentores dos trabalhos que não
incorporam.
Todo o trabalho na umbanda gira em torno do congá. A manutenção da
disciplina, do silêncio, do respeito, da hierarquia, do combate à fofoca e aos
melindres, deve ser uma constante dos zeladores (dirigentes). Nada adianta um
congá todo enfeitado, com excelentes materiais, se a harmonia do corpo
mediúnico estiver destroçada; é como tocar um violão com as cordas
arrebentadas.
Caridade sem disciplina é perda de tempo. Por isso, para a manutenção da
força e do axé de um congá, devemos sempre ter em mente que ninguém é tão forte
como todos juntos.
Fonte: Umbanda pé no Chão
(Ramatis)
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