"Ninguém acende uma lâmpada e a coloca num lugar onde ficará escondida, ou sob uma tigela. Ao invés disso, coloca-se ela de pé, assim aquele que entrar pode enxergar a luz." "O reino de Deus está dentro de vós." "Eu sou o caminho, a verdade e a vida." Mestre Jesus Cristo.
Espiritualizando
Fé Racional
"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)
Sábio é aquele que a tudo compreende e nada ignora. Deus não impôs aos ignorantes a obrigação de aprender, sem antes ter tomado dos que sabem o juramento de ensinar.
Nenhum mistério resiste à fragilidade da Luz. Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.
Os médiuns,
para bem atenderem em seus trabalhos, devem observar as seguintes recomendações
:
* Fazer
exercícios respiratórios, se possível, de manhã e perto de campos e matas
(parques), a fim de fortalecer-se com a captação de fluídos e de melhor
oxigenação do cérebro, muito bom para a saúde.
* Orar
sempre, a fim de ficar em contato com Deus, pedindo-lhe o fortalecimento de
seus guias espirituais, o perdão de seus erros, a proteção para os trabalhos e
prática da caridade.
* Ler, nas
horas de folga, um livro instrutivo e positivo sobre Umbanda, Espiritismo,
Evangelização, Novo Testamento, ou qualquer livro que traga noções morais e
espirituais, reeducando, assim, o próprio espírito.
* Fazer tudo
para ter um dia calmo, sem aborrecimentos, sem problemas que lhe afetem o humor
e os nervos, sem discussões com outras pessoas. Evite discussões e
aborrecimentos fúteis, procure trazer a paz para que ela te acompanhe,
preparando-se durante o dia para realizar bons trabalhos mais tarde no
terreiro, para dispor então de boa concentração.
* Se as
sessões forem à noite, deve-se comer moderadamente no jantar, dando preferência
as saladas e outros alimentos leves, para facilitar a incorporação dos guias e
protetores.
* Nos dias
de sessão, abster-se de carne se possível, além de ser um alimento pesado, esta
diminui o magnetismo orgânico, enfraquece o teor vibratório e desgasta energias
vitais, dificultando as incorporações; se preferir substitua a carne por peixe.
* Não use,
nem abuse, de bebidas alcoólicas (certos terreiros proibem terminantemente que
os médiuns ingiram bebidas alcoólicas e venham para os trabalhos) a pretexto de
aperitivo ou qualquer outra desculpa, a fim de não atrair entidades viciadas
para perto de si. Deve-se também, fumar o menos possível.
* Sempre que
puder, visite e auxilie os necessitados ou pessoas com problemas, levando-lhe
uma palavra de conforto e carinho. Às vezes, a presença do médium, junto a um
enfermo, pode ajudar na cura e ao médium pode reforçar sua força e sua fé.
* O médium
que estiver doente, é de bom senso que não trabalhe nas sessões. Se sentir-se
deprimido, fraco, debilitado ou com esgotamento nervoso deve comparecer aos
trabalhos e tomar passes para reativar a vitalização, mas nunca dê passes nesse
dia.
* A força de
seus trabalhos em benefício dos irmãos, depende do seu amor a eles. O lema a
ser adotado é "Amar e perdoar; aprender e servir".
Que a Paz e a Benção de Oxalá caiam como pétalas de rosas sobre todos os
médiuns na prática da Caridade...
Podemos ter
a Umbanda como a “Manifestação do espírito para a prática da caridade pura, e
em todas as suas formas”, assim como disse o Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Portanto, por essa definição visualizamos o verdadeiro sentido dessa religião.
As Casas,
Tenda, Templos, Centros, Terreiros que tem a pura essência de Umbanda são aqueles:
· Onde se
fala em Deus;
· Onde se
prega a palavra e os ensinamentos de Jesus Cristo;
· Onde se
fala da Filosofia e Doutrina Espírita ditada por Allan Kardec;
· Onde se
pratica a Caridade;
· Onde se dá valor a Simplicidade e Humildade;
· Onde não
há cobrança, pois espíritos não precisam de dinheiro ou barganha;
· Onde não
há matança (corte) de animais, pois matar animais, que são filhos de Deus, não
é fazer caridade e, matar um animal, perante Deus, é como matar qualquer ser
humano;
· Onde se
prega a Fé;
· Onde se
prega o Amor;
· Onde se
prega o Conhecimento;
· Onde se
prega a Justiça;
· Onde se
prega a Lei;
· Onde se
prega a Evolução;
· Onde se
prega a Vida.
Locais onde
não se fala em Deus, Kardec, Jesus, onde há cobrança e matança (corte) de
animais e onde são feitas coisas sem devido conhecimento, através da
superstição, colocando o medo nas pessoas que freqüentam, esses locais não
podem ser considerados detentores da Essência de Umbanda e devemos alertar para a sua periculosidade
espiritual. Esses locais por terem baixo teor vibracional, tendem a ser freqüentados
por pessoas e espíritos de baixa moral (já que semelhante atrai semelhante),
devem ser evitados, com o risco de se ter, através das leis espirituais da
“ação e reação” e do “Karma”, sérios danos às pessoas, não só no aspecto
Financeiro, como Moral e Espiritual. Por isso... Cuidado! Estude, Conheça,
Pesquise, se Informe...
Umbanda
é Caridade, Umbanda é Paz, Umbanda é Amor!
Paz e Luz a todos os Umbandistas! Saravá!
* Estou muito longe de ser o dono da Verdade, e não quero ditar regras pra ninguém... mas continuo defendendo a Essência de nossa Querida, Amada e Sagrada Umbanda... Viva Umbanda!!!
O contato com egoísmo dos outros é que torna o
homem cada vez mais egoísta, porque ele sente a necessidade de manter-se na
defensiva. Vendo que os outros pensam em si somente e não nele, é levado a
ocupar-se de si mesmo mais que dos outros. O homem só deixará de ser egoísta
quando sentir a influência moralizadora do exemplo, quando os princípios da
Caridade Real e da Fraternidade Real forem as bases das relações humanas.
O homem quer ser feliz e este sentimento está na sua
própria natureza, quando ele compreender que o mau egoísmo é a causa do seu
atraso espiritual; quando ele compreender que o mau egoísmo é que gera o mau
orgulho, a má ambição, a cupidez, a má inveja, o ódio, o ciúme, e tantas outras
imperfeições da natureza humana atrasada; então ele compreenderá também que
esse vício é incompatível com a sua própria felicidade e com a sua própria
segurança. Dessa forma, quanto mais ele sofrer, mais sentirá a necessidade de
combater o mau egoísmo assim como combate a peste, os animais daninhos e todos
os outros flagelos. A esse combate ele será solicitado pelo seu próprio
interesse. Finalmente, é bom que se diga que o mau egoísmo é a fonte de todos
os vícios, assim como a Caridade é a fonte de todas as virtudes.
O médium é o Office boy da espiritualidade e
existem muitos.
Uns trabalham nas empresas de luz e trazem as
respectivas mensagens, outros trabalham nas empresas da escuridão e também
respectivamente as trazem travestidos de líderes espirituais com objetivos
materiais negros.
O médium consciente sabe que é médium, é mais
lúcido, reconhece e admite a presença dos amigos espirituais e se assume médium mesmo perante a crítica dos fundamentalistas
"espumantes" que são capazes de morder a própria língua para ofender e perpetrar àqueles que não comungam com as suas idéias estreitas.
O médium é a última milha do telefone sem fio interdimensional.
O que antes fez como brincadeira de criança hoje faz como responsabilidade de
adulto.
O médium não é evoluído e nem melhor, aliás muito
pelo contrário, a mediunidade na maioria das vezes é apenas oportunidade kármica (dharma) de resgatar os erros do passado que pode se
manifestar como fardo, como bênção ou como ambos dependendo da situação e
"n" variáveis conscienciais intervenientes.
Cada médium tem um trabalho, uma tarefa ou
obrigação consciencial que lhe foi gentilmente cedido pelo Alto face a seu arrependimento e vontade de mudar, mas muitos "perecem" no meio do
caminho e se atolam na repetição de erros do passado. Outros tantos se estagnam e efetuam pequena fração de suas tarefas que antes
tanto se entusiasmaram por fazer acreditando que seria fácil.
A mediunidade não é brincadeira, é tarefa séria e
de alta responsabilidade que independe de hora, idade, local, doutrina, religião, intelectualidade ou situação financeira.
Cada médium programou para si adstrito a orientação
de seus mentores e que seria melhor para si dentro do contexto evolutivo.
Mediunidade não é tarefa para os fracos e covardes,
mas para os abnegados e persistentes. O Alto necessita de cada alma que se dispõe a retornar ao bem e a assumir sua tarefa de mini-peça
cósmica consciente frente ao Universo regido pelas leis de Deus.
A mediunidade é uma associação de vontade mais
talento mais oportunidade mais responsabilidade mais renúncia a fim de ajudar a muitos outros para no fim estar ajudando mais a si próprio.
O médium vaidoso só o é porque não é lúcido e não
se lembra, ou melhor, não deseja se lembrar dos erros do passado e hoje custa a admitir que sua mediunidade-trabalho-tarefa-obrigação foi implorada
por ele ao Alto no período intermissivo.
Ser médium não é bonito e nem vantagem, mas é
obrigação por opção voluntária endossada pelo Alto ao fim de auto-burilar a
conduta íntima, quitar karma no atacado, superar um novo degrau nesta íngreme
escalada evolutiva da vida.
Deus não joga dados e a vida não é brincadeira,
muito menos o trabalho e a mediunidade. O amor é um direito de todas as
criaturas e nos parece que não temos outra opção senão ter coragem de
enfrentá-lo.
Dá trabalho? Sim!
Mas ser feliz é um trabalho que compensa.
Não existe fuga para você, tu sejas médium ou não.
O médium pulou de pára-quedas no meio guerra,
admitiu a auto-luta em princípio a pôs a cara a tapa na reencarnação a que se propôs e no meio do caminho não há como desistir. É como uma represa que
ruiu, nada segura a força da água e nada segura o fluxo de energias conscienciais
na vida dos seres.
Aos médiuns nós sugerimos, abandonem as brincadeiras
irresponsáveis e assumam seus serviços, nós precisamos de vocês. Percam a vergonha de assumir sua mediunidade tanto na frente dos
ignorantes tridimensionais, como aos invejosos espiritualistas ou aos parapsiquistas multidimensionais e confiem em si.
Auto-estima para o médium é fundamental, mas sem
vaidade. Não respondam as críticas maldosas, elas merecem ser desprezadas, a melhor resposta é o resultado de seu trabalho que só irá obter
trabalhando.
Mãos à obra, a espiritualidade não dorme!
Recebido espiritualmente por Dalton em 04/09/2002 em Curitiba
O médium
capta o fluxo mental do Espírito, gerando idéias e sensações, como se houvesse
a intromissão de outra mente em sua intimidade; como se estivesse a conversar
com alguém, dentro de si mesmo.
02 – Ouve
uma voz?
Seria fácil,
mas não é bem assim. Idéias surgem, misturando-se com as suas, como se fossem
dele próprio.
03 – Parece
complicado…
E é, sem
dúvida, principalmente para médiuns iniciantes, que não distinguem o que é
deles e o que é do Espírito. Muitos abandonam a prática mediúnica, em face
dessa incerteza, que é perturbadora.
04 – Como resolver
esse problema?
É preciso
confiar e dar vazão às idéias que lhe vêm à cabeça, ainda que pareçam
embaralhadas, em princípio. Geralmente a mediunidade é desenvolvida a partir da
manifestação de Espíritos sofredores, o que é mais simples. Não exige maior
concatenação de idéias ou esforço de raciocínio. Cumpre-lhe, em princípio,
apenas exprimir as sensações e sentimentos que o Espírito lhe passa.
05 – Qual o
conselho para o médium que enfrenta esse impasse?
Sentindo
crescer dentro de si o fluxo de sensações e pensamentos, que tomam corpo
independente de sua vontade, comece a falar, sem preocupar-se em saber se é seu
ou do Espírito. A partir daí o fluxo irá se ajustando. É como o motorista
inexperiente na direção de um automóvel. Em princípio há solavancos, mas logo
se ajusta.
06 – O que
pode ser feito para ajudar o médium iniciante?
A
participação dos irmãos do Terreiro é importante. O médium, nessa situação
inicial, fica fragilizado. Sente-se vulnerável e constrangido. Qualquer
hostilidade ou pensamento crítico dos irmãos, revelando desconhecimento do
processo, poderá afetá-lo.
07 – Seria
razoável aplicar passes no médium iniciante, em dificuldade para iniciar a
manifestação?
O passe pode
ajudar, mas devemos ser econômicos na sua utilização, a fim de evitar
condicionamentos. Há médiuns que esperam pela intervenção do Pai, Mãe ou irmão
no Santo, aplicando-lhes passes, a fim de iniciar seu trabalho.
08 – As
manifestações de médiuns iniciantes são, não raro, repetitivas. Como devem agir
o Pai ou Mãe e Irmãos no Santo no Terreiro?
Cultivar a
compreensão e a boa vontade, considerando que o animismo, a intervenção do
próprio médium, é expressivo nessa etapa do desenvolvimento. Aos poucos ele irá
se ajustando, aprendendo a distinguir melhor entre suas idéias e as do
Espírito.
09 – Vemos, com freqüência, médiuns dotados de razoáveis faculdades
mediúnicas desistirem do compromisso. Há algum prejuízo?
A sensibilidade mediúnica não funciona apenas nas Giras. Está sempre
presente. É na prática mediúnica, com os estudos e disciplinas que lhe são
inerentes, que o médium garante recursos para manter o próprio equilíbrio.
Afastado, pode cair em perturbações e desajustes.
10 – É um castigo?
Não se trata disso. O problema está na própria sensibilidade que, não
controlada pelo exercício, situa o médium à mercê de influências negativas, nos
ambientes em que circule, e de entidades perturbadas que se aproximam.
11 – Mas
esse problema não está presente na vida de todos nós? Não vivemos rodeados de
Espíritos perturbados e perturbadores?
Sim, e bem
sabemos quantos problemas são decorrentes dessa situação, por total ignorância
das pessoas em relação ao assunto. No médium afastado da prática mediúnica é
mais sério, porquanto, em face de sua sensibilidade, ele sofre um impacto
maior, com repercussões negativas em seu psiquismo.
12 – E se o
médium, não obstante afastado da prática mediúnica, for uma pessoa de boa
índole, caridosa, afável, bem sintonizada?
Com
semelhante comportamento poderá manter relativa estabilidade, mas é preciso
considerar que a mediunidade não é um acidente biológico. Ninguém nasce médium
por acaso. Há compromissos que lhe são inerentes.
13 – O
médium vem programado para essa tarefa…
Sim.
Trata-se de um compromisso assumido na espiritualidade. Há um investimento no
candidato à mediunidade, relacionado com estudos, planejamento, adequação do
corpo. Tudo isso envolve diligentes cuidados dos mentores espirituais.
Imaginemos uma empresa investindo na preparação de um funcionário para
determinada função. Depois de tudo, será razoável ele dizer que não está
interessado?
14- Mas não
é contraproducente o médium participar de trabalhos mediúnicos como quem cumpre
uma obrigação ou um contrato preestabelecido, temendo sanções?
As sanções
serão de sua própria consciência, que lhe cobrará, mais cedo ou mais tarde,
pela omissão. Para evitar essa situação é que os médiuns devem estudar a
Doutrina, participando de estudos e lendo a respeito da mediunidade, a Doutrina
Espírita é a melhor opção para conhecer sobre a mediunidade, mas esta deve ser
direcionada pelo Pai ou Mãe no Santo, assim estará assimilando conhecimento e
podendo debater a respeito.
15 – E se há
impedimentos ponderáveis? Filhos a cuidar, cônjuge difícil, profissão, saúde…
Eventualmente
isso pode acontecer, por algum tempo. O problema maior, entretanto, está no
próprio médium que, geralmente, tenta justificar a sua omissão. Altamente
improvável que a espiritualidade lhe outorgasse a mediunidade, sem dar-lhe
condições para exercê-la.
16 – E
quando a participação do médium gera conturbações no lar, a partir de um
posicionamento intransigente do consorte?
Lamentável o
casamento em que marido ou mulher pretende criar embaraços à atividade
religiosa do cônjuge. É inconcebível! Onde ficam o diálogo, a compreensão, o
respeito às convicções alheias? De qualquer forma, embora tal situação possa
justificar a ausência do médium, não o eximirá dos problemas inerentes à
mediunidade não exercitada.
17 – É
difícil encontrar pessoas que guardam perfeita estabilidade emocional e física.
Tem algo a ver com a sensibilidade mediúnica?
Tem tudo a
ver. Vivemos mergulhados num oceano de vibrações mentais, emitidas por
Espíritos encarnados e desencarnados. Assim como podemos ser contaminados por
vírus e bactérias, também sofremos contaminações espirituais que geram
alterações em nossos estados de ânimo.
18 – Isso
explica por que as pessoas tendem a ficar deprimidas num velório e felizes num
casamento?
Sem dúvida.
O ambiente e as situações exercem grande influência. Lembro-me da morte de
Aírton Senna. Provocou imensa comoção popular, até naqueles que não acompanhavam
suas proezas no automobilismo. A emoção se expande e pode envolver multidões.
19 –
Explica, também, as atrocidades cometidas por soldados, numa guerra?
A guerra
produz lamentáveis epidemias de maldade, em face de nossa inferioridade. A
crueldade tem livre acesso em corações ainda dominados pelos impulsos
instintivos da animalidade. Propaga-se com a rapidez de um rastilho de pólvora.
20 – No lar
parece acontecer algo semelhante, quando as pessoas perdem o controle e se
agridem com gritos e palavrões, descendo não raro à agressão física…
Em nenhum
outro lugar demonstramos com maior propriedade nossa inferioridade. No lar
rompe-se o verniz social. As pessoas mostram o que são. Como não há santos na Terra,
conturba-se o ambiente, favorecendo contaminações de agressividade, que
envolvem os membros da casa.
21 – Como
evitar isso?
É preciso
desenvolver e fortalecer defesas espirituais, elevando nosso padrão vibratório,
sintonizando numa freqüência que nos coloque acima das perturbações do
ambiente.
22 – Como
funciona essa questão da sintonia?
Tomemos, por
exemplo, as ondas hertzianas, nas transmissões radiofônicas. Elas se expandem
dentro de freqüência específica. Para ouvir determinada emissora giramos o dial
e a sintonizamos. Nossa mente é um poderoso emissor e receptor de vibrações e
tendemos a sintonizar com multidões que se afinam mentalmente conosco.
23 – Que
providências devemos tomar para uma sintonia saudável?
Consideremos,
em princípio, que ela é determinada pela natureza de nossos pensamentos.
Lembrando o velho ditado “dize-me com quem andas e te direi quem és “, podemos
afirmar “dize-me a natureza de teus pensamentos e te direi que influências irás
assimilar”.
24 – Isso
significa que equilíbrio e desequilíbrio, paz ou inquietação, alegria ou
tristeza, agressividade ou mansuetude, dependem, essencialmente, de nós?
Exatamente.
Embora nossos problemas físicos e psíquicos possam ser amplificados por
influências ambientes, a origem deles está em nossa maneira de pensar e agir.
Se quisermos o Bem em nossa vida, é fundamental que pensemos e realizemos o
Bem.
25 – Que
livros você indicaria para um iniciante?
É preciso
levar em consideração a cultura e a familiaridade da pessoa com a literatura.
Se for alguém habituado, com facilidade de concentração, deve ler,
inicialmente, O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e O Evangelho Segundo
o Espiritismo. Nessas três obras de Allan Kardec, temos, na mesma ordem, o
tríplice aspecto do Espiritismo: Filosofia, Ciência e Religião, estes nasceram
não para a Religião Espiritismo e sim para todos que crêem na existência dos
espíritos, mas para aceitação inicial da espiritualidade e conhecimento
especifico dentro da Umbanda, cabe ao iniciante conhecer Tambores de Angola,
Aruanda de Robson Pinheiros, nos dá uma noção da Umbanda no Astral Superior,
não esquecendo de forma alguma informar ao seu Pai ou Mãe no Santo, sobre seus
estudos, pois este estará disposto a lhe responder futuras dúvidas a respeito
de seu estudo, infelizmente a Umbanda ainda não existe um livro que possamos
pegá-lo como base de estudo para todos, pois a verdade dos Terreiros de Umbanda
é que cada Casa atribui sua Doutrina e esta deve ser respeitada pelo iniciante,
damos sempre como base a Doutrina Espírita, pois a mesma nasceu para ensinar a
todos sobre a Espiritualidade.
26 – O que é
o animismo?
Na prática
mediúnica é algo da alma do próprio médium, interferindo no intercâmbio. Kardec
empregou o termo sonambulismo, explicando, em Obras Póstumas, quando trata da
manifestação dos Espíritos, item 46: O sonâmbulo age sob a influência do seu
próprio Espírito; sua própria alma é que, em momentos de emancipação, vê, ouve
e percebe além dos limites dos sentidos. O que ele exprime, haure-o de si
mesmo…
27 – O animismo
está sempre presente nas manifestações?
O médium não
é um telefone. Ele capta o fluxo mental da entidade e o transmite,
utilizando-se de seus próprios recursos. Sempre haverá algo dele mesmo,
principalmente se for iniciante, com dificuldade para distinguir entre o que é
seu e o que vem do Espírito.
28 – Existe
um percentual envolvendo o animismo na comunicação? Digamos, algo como quarenta
por cento do médium e sessenta por cento do Espírito?
Se o
animismo faz parte do processo mediúnico, sempre haverá um porcentual a ser
considerado, não fixo, mas variável, envolvendo o grau de desenvolvimento do
médium. Geralmente os iniciantes colocam mais de si mesmos na comunicação.
Quando experientes, tendem a interferir menos.
29 – Pode
ocorrer uma manifestação essencialmente anímica, sem que o próprio médium
perceba?
É comum
acontecer, quando está sob tensão nervosa, em dificuldade para lidar com
determinados problemas de ordem particular. As emoções tendem a interferir e
ele acaba transmitindo algo de suas próprias angústias, em suposta
manifestação.
30 – Seria
uma mistificação?
Não, porque
não há intencionalidade. O médium não está tentando enganar ninguém. É vítima
de seus próprios desajustes e nem mesmo tem consciência do que está
acontecendo.
31 – E o que
deve fazer o Pai/Mãe no Santo quando percebe que um Filho no Santo está
entrando nessa faixa?
É preciso
cuidado. O Pai/Mãe no Santo menos avisado pode enxergar animismo onde não
existe. Se a experiência lhe disser que realmente está acontecendo, deve conversar
com o médium, em particular, saber de seus problemas e encaminhá-lo às giras de
desenvolvimento e ou tratamento espiritual. Toda a atenção dos Pais/Mães no
Santo devem ser direcionada a este Filho e estar atento a esta mediunidade, é
comum percebermos que pela ignorância (do saber) é mais fácil deixá-lo de lado,
ou ainda excluí-lo do corpo mediúnico, muitas das vezes estes são execrados dos
Terreiros, não por ser um animista e sim pelo desconhecimento do Pai/Mãe no
Santo sobre o assunto. Se persistir o problema, o médium deve ser orientado a
participar das giras como suporte, auxiliando nos trabalhos.
32 – Quando
é que o Pai/Mãe no Santo deve preocupar-se com o animismo?
Quando
ocorre a manifestação de um espírito que se diz orientador. É preciso passar o
que diz pelo crivo da razão, distinguindo não apenas um possível animismo, mas,
também, uma mistificação do Espírito comunicante.
33 – O
médium que se sinta enfermo deve resguardar-se, deixando de comparecer à gira?
Depende do
tipo de problema que esteja enfrentando. Se fortemente gripado, febril, é
conveniente que se ausente, resguardando também os irmãos, que podem contrair
seu mal. Mas há sintomas físicos e psíquicos que apenas revelam a proximidade
de Espírito sofredor, não raro trazido pelos mentores espirituais para um
contato inicial, a favorecer a manifestação.
34 – Nesse
caso, mesmo não se sentindo bem, o médium deve comparecer?
Sim, porque
o que está sentindo é parte de seu trabalho, exprimindo as angústias e
sensações do Espírito, relacionadas com a doença ou os problemas que enfrentou
na vida física.
35 – Isso
significa que uma dor na perna, por exemplo, pode ter origem espiritual?
É comum.
Acontece principalmente com o médium que tem sensibilidade mais dilatada. Ao transmitir
a manifestação de um Espírito que desencarnou por problema circulatório, cuja
perna gangrenou, tenderá a sentir dor semelhante, não raro antes da reunião,
devido à aproximação da entidade.
36 – Ocorre
o mesmo em relação às emoções?
É freqüente.
Sintonizado com o Espírito, o médium capta o que vai em seu íntimo. Se a
entidade sente-se atormentada, aflita, tensa, nervosa ou angustiada,
experimentará algo dessas emoções.
37 – E se o
médium, imaginando que esses sintomas físicos e emocionais estão relacionados
com seus próprios problemas, decide não comparecer à reunião?
Se alguém
nos confia um doente para levá-lo ao hospital, e decidimos instalá-lo em nossa
casa, assumiremos o ônus de cuidar dele. Certamente nos dará muito trabalho,
principalmente se for um doente mental.
38 – É
possível que essa ligação com entidades perturbadas ocorra independentemente da
iniciativa dos mentores espirituais?
É o que mais
acontece. Vivemos rodeados por Espíritos destrambelhados, sem nenhuma noção da
vida espiritual, que se agarram aos homens, como náufragos numa tábua de
salvação. Nem é necessário ter mediunidade ostensiva. Todos estamos sujeitos a
sofrer essa influência.
39 – Digamos
que o médium receba influência dessa natureza na segunda-feira e só comparecerá
ao Terreiro no sábado. Sofrerá durante a semana toda?
Com a
experiência e a dedicação ao estudo ele aprenderá a lidar com esse problema,
cultivando a oração e dialogando intimamente com a entidade que, com o concurso
de mentores espirituais, será amparada.
40 – Devemos
informar a esse respeito pessoas que procuram o Terreiro, perturbadas por tais
aproximações?
É preciso
cuidado. Pessoas suscetíveis, que guardam idéias equivocadas, relacionadas com
influências demoníacas, podem apavorar-se. Nunca mais porão os pés no Terreiro.
Adaptações: Alex de Oxóssi
Fonte: Mediunidade – Tudo O Que Você Precisa Saber - Richard Simonetti
A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.
Caboclo Índio Tupinambá
"...Onde quer que Você esteja... meu Menino... Estarei Sempre com Você... Anauê!"
Luz Crística
Pense Nisso...
"Estudo, requer meditação. A meditação leva a conclusões. E as conclusões fazem com que as pessoas modifiquem os seus hábitos e suas atitudes" – Dr. Hermann (Espírito) por Altivo Pamphiro (Médium)
Obras Básicas da Doutrina Espírita - Pentateuco Espírita