Você pensa que
mediunidade é dom? É comum pessoas se referirem à mediunidade como um dom, como
uma qualidade distintiva. Mediunidade não quer dizer evolução, de jeito nenhum.
Tomos somos médiuns
em potencial, mas nem todos desenvolvem essa potencialidade. O médium é alguém
que tem uma sensibilidade a mais, uma capacidade de percepção maior do que a
maioria. Essas características são decorrência de inúmeras reencarnações, em
que o espírito vai adquirindo conhecimentos e experiências de acordo com a sua
interação com os seus irmãos de caminhada.
A quase totalidade
dos médiuns que conhecemos foi preparada para o exercício da faculdade
mediúnica antes de reencarnar. Eles trazem consigo a tarefa de mediar o
intercâmbio entre os espíritos encarnados e desencarnados.
Muitos, talvez a
maioria, dos que são tidos como desequilibrados mentais, são médiuns que não
estudaram, não desenvolveram, não exercitaram conscientemente a sua
mediunidade. Não exercitaram conscientemente, porque inconscientemente sofrem a
influência incessante do plano espiritual. Essa influência é quase sempre
negativa, pois o médium não educado para a sua tarefa e moralmente frágil, como
a maior parte de nós é, não tem meios de se proteger do assédio de espíritos
atrasados, mal intencionados ou não.
O que liberta é o
conhecimento, sabemos disso. Quando o assunto é mediunidade, esta máxima tem
seu valor potencializado, pois é imprescindível que o médium se evangelize e
eduque sua faculdade mediúnica se quiser ter uma vida normal, equilibrada e útil.
Um médium que não zela pela capacidade que recebeu ao reencarnar funciona como
uma vela acesa numa sala escura, atraindo insetos à sua volta. Atrai tudo o que
se afiniza com seus pensamentos, palavras e ações. Conquista companhias das
quais é difícil se livrar.
Não há meio de fugir
à responsabilidade do desenvolvimento mediúnico. Quem reencarna com essa tarefa
implorou para isso, pediu insistentemente para receber essa chance de trabalhar
em benefício do próximo. Chegando aqui, se perde em meio aos prazeres,
distrações e preconceitos, e não presta atenção aos apelos que a vida faz para
que ele se dê conta das suas características, a fim de que cumpra com o que foi
combinado. Não faltam avisos. Durante a vida, muitos avisos, diretos ou
indiretos, muitas sugestões e "coincidências" ocorrem para ajudá-lo a
lembrar do seu dever.
Muitos não estudam a
mediunidade por preconceito religioso ou social. Em vez de aproveitar a
oportunidade, se apegam a aparências. Em vez de darem graças a Deus por terem
reencarnado no Brasil, onde estes fenômenos são bem aceitos, queixam-se dos
sintomas, desistem, dão pra trás. Suas desculpas seriam mais aceitáveis se
tivessem nascido num país Europeu; Alemanha, Áustria, Suíça, onde as relações
são frias e não há espaço para o diferente. No Brasil não deveria haver espaço
para preconceitos, já que abrigamos todas as etnias e tradições culturais as
mais diversas.
Muitos médiuns não se
sujeitam ao estudo sério, metódico, em grupo, e desenvolvem suas faculdades
sozinhos. Dificilmente terão uma proteção eficaz, dificilmente interagirão com
espíritos minimamente elevados ou ao menos bem intencionados.
De vez em quando me
deparo com um desses "seres especiais" que se acham suficientemente
entendidos e poderosos para prescindir de um centro espírita, de uma orientação
segura, da participação em algum grupo. Preferem acreditar no que os espíritos
comunicantes lhes dizem para enaltecer seus egos. Tornam-se instrumentos dóceis
nas mãos de espíritos vampirizadores ou francamente perversos.
Já conheci médiuns
que afirmam que destroem cidades inteiras no astral sozinhos, que prendem
milhares de espíritos de organizações umbralinas numa tacada só, que recebem
Moisés ou Napoleão, que foram reis ou grandes magos de Atlântida. Dia desses
tive a honra de conhecer a reencarnação do Rei Ricardo Coração de Leão...
Médium... Você não é
Super, nem Herói... Assuma a Sua Fraqueza... Humildade, Amor e Caridade é seu
combustível!
Oi Denis. Gostei da imagem, diz mais do que muitas palavras. Saravá!
ResponderExcluir