Já tive a oportunidade de ver, ouvir ou saber o quanto é cômico ver um Umbandista ou um Espírita sem conhecimentos básicos da Bíblia, travar um diálogo com Evangélicos, sobre assuntos Doutrinários. Isto é fato, devido ao pouco interesse dos Umbandistas e Espíritas em relação ao repositório de textos históricos indispensável para todos. A Bíblia.
Esse desinteresse é pelo fato de o livro ser polêmico em sua formação, principalmente o chamado novo testamento, onde foi vilipendiado por séculos pelo simples interesse de favorecer os próprios interesses. A Bíblia foi formada como a conhecemos hoje, por São Jerônimo que traduziu os textos em Hebraico e Grego antigo para o Latim, sendo editada em 400 D.C., após alguns anos de Teodósio I ter feito do Cristianismo a religião oficial do Império Romano no ano 391 D.C. Hoje a Bíblia dos Católicos têm 73 livros e dos Evangélicos 66.
Temos que informar, hoje, no Brasil há aproximadamente 17 traduções diferentes da Bíblia e a diferenças entre elas são mínimas, porém, de alto valor interpretativo. E ai fica a pergunta; que Bíblia o Umbandista ou Espírita deve adotar para seus estudos? Digo que só há uma, A Bíblia de Jerusalém.
A Bíblia de Jerusalém é a edição brasileira (1981, com revisão e atualização na edição de 2002) da edição francesa Bible de Jérusalem, que é assim chamada por ser fruto de estudos feitos pela Escola Bíblica de Jerusalém, em francês: École Biblique de Jérusalem. De acordo com os informativos da Paulus Editora, a edição revista e ampliada inclui as mais recentes atribuições das ciências bíblicas. A tradução segue rigorosamente os originais, com a vantagem das introduções e notas científicas.
Os exegetas apontam que o grande diferencial da Bíblia de Jerusalém é que, além da tradução dos originais do hebraico, aramaico e grego, existe a contextualização histórica, dentro do ambiente físico, ambiental e cultural relativo à época em que cada livro foi escrito. Trata-se de uma obra que representara a união do monumento e do documento, de acordo com Joseph Lagrange, criador da Escola Bíblica de Jerusalém, unindo assim a arqueologia, a crítica histórica e a exegese dos textos.
A Bíblia de Jerusalém é considerada atualmente, pela maioria dos linguistas, como um das melhores Bíblias de estudo, aplicável não apenas ao trabalho de teólogos, religiosos e fiéis, mas também para tradutores, pesquisadores, jornalistas e cientistas sociais, independente de serem católicos, protestantes, ortodoxos ou judeus, ou mesmo de qualquer outra religião ou crença.
No Brasil, diferente dos E.U.A. e Europa onde, o Protestantismo é levado a sério, por pessoas responsáveis, (sendo obrigatório o curso de teologia) tendo uma população com nível cultural alto. Não pode ser considerada uma mescla, daquele movimento importado dos E.U.A. assim que foi proclamado à República em 1889, com a criação do Estado Laico pela constituição de 1891, desta forma foram importado do México e E.U.A. as novas denominações protestante e se instalando, principalmente no sul e sudeste, para desespero da Igreja Católica.
Aqui no Brasil infelizmente é a casa da mãe Joana, aonde duas pessoas analfabetas funcionais e sem nenhum curso superior, com R$100,00 vão a qualquer cartório e abrem uma igreja com um nome esquisito, de imediato ficam isento do IPTU. Basta comprar algumas cadeiras de plástico e colocar na garagem e pegar a Bíblia e pregar... Aleluia Jesus!
Desta forma podemos dizer que, em sua maioria, os Evangélicos no Brasil são fundamentalistas, não por escolha ou dissidência e sim por falta de estudos sérios. E sendo assim, eles pregam pela literalidade da Bíblia, diferente do resto do mundo, que levam em conta o tempo e espaço dos acontecidos e toda sua história das traduções e cópias das cópias das cópias existentes...
Voltando as traduções existentes em Português – Brasil, todas têm algumas diferenças que não fogem muito da vulgata e foi essa que Martin Lutero, João Calvino e outros fizeram suas traduções para suas línguas mãe. Desta forma, fica claro que se o Umbandista ou o Espírita estudioso quer compreender um pouco da Bíblia, deve usar exclusivamente A Bíblia de Jerusalém!
Nela estão corrigidos erros de traduções que foram cometidos em séculos. Com aval de Católicos, Protestantes e Teólogos cientistas contemporâneos. Fica fácil dialogar com os Evangélicos em bases lógicas, dentro das circunstâncias dos diálogos e para isso é bom ter alguns livros adicionais para a empreitada, dentre eles estão os livros de Severino Celestino e José de Reis Chaves grandes conhecedores da Bíblia.
Para dar alguns exemplos:
Bíblia comum – Deus está entre vós.
Bíblia Jerusalém – Deus está dentro de vós.
Bíblia Comum – os erros dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração.
Bíblia de Jerusalém – os erros dos pais nos filhos na terceira e quarta geração.
Bíblia Comum – todas as escrituras são inspiradas por Deus e devem ser aceitas.
Bíblia de Jerusalém – todas as escrituras inspiradas por Deus devem ser aceitas.
Meus Irmãos como podem ver, foi isto o que criou as igrejas em quantidades tais, que podemos dizer que todas elas estão em decadências, como dizia Herculano Pires no livro “Agonia das Religiões” e o nosso Allan Kardec, que no futuro só teríamos a Religião Natural. Fica um alerta, para o diálogo de Jesus com a Mulher Samaritana, “dia chegará, que adoraremos Deus em Espírito e verdade” não havendo necessidade de Ir a Jerusalém ou Samaria. (isto é, não precisamos de igrejas seja ela qual for).
Umbandistas, vamos Estudar, vamos Pesquisar, vamos nos Espirtitualizar!
Denis Sant'Ana .'. \|/
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