Espiritualizando



Fé Racional

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

Espiritualize-se...

Sábio é aquele que a tudo compreende e nada ignora. Deus não impôs aos ignorantes a obrigação de aprender, sem antes ter tomado dos que sabem o juramento de ensinar.

Nenhum mistério resiste à fragilidade da Luz. Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.



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sexta-feira, 30 de março de 2012

A Lição que Precisava



Não se deve mais olhar para trás quando decidimos por nos espiritualizarmos. O passado de cada um pode dificultar a caminhada do presente como também pode ajudá-lo na consolidação de promessas feitas. Sejamos sóbrios. Sejamos honestos com as propostas que a cada instante os benfeitores espirituais estão nos oferecendo. Corre o tempo em que as apurações são necessárias. Nosso planeta tão pródigo, tão benigno, merece uma posição melhor no cômputo cósmico. Nosso Mestre Jesus vem há milhares de anos ofertando a todos as bênçãos da Sua presença iluminada, sábia e amorosa. Não se pode precisar o início histórico de cada morador desta casa, pode-se, contudo, avaliar o que cada qual fez e faz do tempo que aqui está a partir das suas posturas e decisões. O planeta necessita de nossas ações positivas para que ele avance na escala dos mundos, atingindo outro estágio que o aproxime da categoria de mundos felizes.

Noutro dia encontrei alguém muito feliz. Ela caminhava com desenvoltura por uma avenida entulhada de gente, carroças de pipocas, bancas de jornal e inúmeros camelôs divulgando em voz alta seus produtos, numa confusão generalizada. Segui-a com os olhos já que estava distante, na sacada do prédio onde funciona a lavanderia na qual trabalho. Era o meu horário de almoço. E aquela pessoa sorria para todos, distribuindo formosas bênçãos. Pensei ser uma religiosa, uma distribuidora de produtos para o comércio dali, uma milionária, talvez relembrando seus tempos de pobreza ou ainda um agênere materializado entre os vivos trazendo-lhes os recados da espiritualidade além.  Fiquei intrigado com tamanha felicidade. Donde vinha ela? Onde se abastecia de tanta festa interior? Passei assim a observá-la diariamente. E ela não falhava. Vinha todos os dias, distribuindo os mesmos benefícios da sua aura em festa.

Fiz um acordo com o patrão. Trabalharia durante uma semana até as 22 horas para que ele me desse um dia de folga durante a semana. Eu precisava descer da sacada, encontrar-me com ela. Assim, numa bela terça-feira, dia da minha reunião mediúnica, aprontei-me com uma roupa melhor, barbeei, peguei algum dinheiro para almoçar num restaurante e lá fui eu encontrar-me com a doadora de alegrias. Cuidei para que meu patrão não me visse andando pela rua, próximo à lavanderia. Sempre se tem um servicinho que é nossa especialidade e aí, pronto: – Olha, que bom que está por aqui. Estou precisando de você. Suba!

Caminhei então por entre aquele ambiente calorento e confuso durante trinta minutos para sentir o que sentia aquela pessoa que transitava com desenvoltura por entre tudo e todos. Ela não aparecia. Caminhei mais um pouco, nada! Um pouquinho mais e não a encontrava. Passei pelos mesmos locais que ela costumava passar e na hora de sempre. E ela não aparecia. Duas horas depois estava extenuado. Quase não tinha mais fôlego. A roupa grudava em meu corpo suado. De tanto levar empurrões e pisões, tinha pré-hematomas por todos os lados do corpo. Até xinguei uma criança que corria esbaforida procurando um algodão doce que havia escapado de suas mãos. Uma mulher obesa, besuntada de maquiagem e trajando enorme vestido vermelho com bolas e fitas brancas, vinda das partes mais exóticas do planeta, pediu-me moedas e companhia. Nem dei atenção a ela, pelo contrário, empurrei-a com força. Um velho capenga mal se firmava nos pés e, absurdo, queria transitar naquele lugar. Ia ao médico. Por que não arranjava um médico na periferia da cidade? Será que não percebia que seu andar lento e manquitola atrapalhava a passagem de todos? Um camelô que vendia azeitonas baratas, infestado daquele cheiro, quase me empurrou goela abaixo uma daquelas sementes verdes: – Prova! Vai perceber que é a melhor da cidade!

Depois veio uma cigana pegando minhas mãos e dizendo que eu iria encontrar bela moça para casar. Ora, já era casado há tanto tempo! Disse a ela que procurasse seu lugar! Tudo aquilo me deixava superestressado. Um grupo de desocupados discutia futebol, numa roda, impedindo a passagem. Ditei-lhes algumas palavras impróprias e falei mal do futebol, dizendo que enquanto eu ganhava três salários mínimos, há jogadores que ganham mais de oitocentos salários mínimos! Depois até pensei no que eu tinha a ver com isto. Mas já havia dado minha infeliz opinião. E fui assim, trombando aqui, ali, levando pisões e arranhões, ditando impropérios tirados de uma imensa rede de variedades, que perambulei por duas horas e duas a mais do tempo que via aquela pessoa feliz passar e sorrir para todos. E, por falar nela, nada! A divina criatura tirou folga justo naquele dia.

Chegou a noite e fui para a mediúnica. Estava cansado demais. Com certeza não produziria nada. Arrependi-me por não ter trabalhado normalmente. O meu trabalho era uma preparação para minhas conversas com Espíritos necessitados. O diretor da reunião deu início à mesma. Silêncio, leitura do Evangelho, prece e aguardos. Uma médium foi logo acionada por um irmão, depois outra e mais outra. Não conseguia tabular boa conversação. Houve um momento que o diretor teve que interferir. Eu não estava bem. Estava muito cansado e aborrecido por não ter encontrado a pessoa feliz.

Já no final, antes da prece de encerramento, dona Justina, médium mais antiga no Centro Espírita que eu frequentava, tomou minhas mãos e olhou-me com carinho: – Está aqui uma entidade que deseja falar com você. Escute bem o que ela tem a dizer. Dito isto, foi logo acionada por uma entidade calma e feliz: – Olá, amigo. Bom te ver aqui. Estou feliz por isto. Meu nome é Xênia e venho de muito longe. Minhas marcas estão arquivadas em sua memória. Faz algum tempo e fomos amigos numa jornada venturosa. Você me encantou pela disposição, alegria e bom humor perante as situações mais difíceis que enfrentava. Eu era apenas uma aprendiz das suas posturas sãs e benevolentes. O tempo passou e você renasceu. Eu permaneci. Consegui descobri-lo trabalhando na lavanderia. Marquei bem o seu horário de folga e passava pela avenida, mostrando a você minhas melhoras no campo do bom humor e do entendimento de como lidar com situações e pessoas difíceis. Hoje não me foi possível passar pela avenida porque tive a autorização de vir a esta reunião para conversarmos. Assim, gostaria de saber o que achou de mim. Melhorei um pouco?

Abaixei a cabeça envergonhado. Jesus havia permitido que eu visse um Espírito desencarnado. Coisa que mais queria. E não era uma visão apenas para meu deleite. Era para que eu, em vendo o Espírito desencarnado, olhasse para dentro de mim. Eu estava desaprendendo tudo. Se fui mesmo o que ela disse, havia despencando de algum cume. Percebi o quanto necessitava melhorar. Quem sabe lá no passado fui impulsionado para os alvores da alegria como um estímulo e agora havia retornado para os processos da consolidação? Olhei para Xênia e a vi novamente. Dona Justina desapareceu e ali aquela pessoa de beleza jovial sorria-me, estendendo as mãos: – Você me recebe como filha?

Quase desfaleci. Eu e minha esposa estávamos nos preparando para nos colocar à disposição de Deus para que nos enviasse um de Seus filhos.  – Renascerei em paz e feliz e, mais ainda, por ser amparada por você que me ensinou a caminhar com bravura pelas avenidas tormentosas do mundo.

Chorei copiosamente. Ninguém ali entendeu. Xênia seria minha filha. E agora, como recebê-la? Que mudanças necessitaria realizar? O que precisava domar em mim das minhas intempestividades, das minhas ranzinzas, das minhas respostas prontas para aquilo que me perturbava? Ontem ela renasceu. Tomei-a nos braços e prometi: – Caminharei com você nas avenidas tortuosas do mundo, mostrando-lhe que tudo é de Deus e que estamos no lugar certo, com as necessidades de que mais precisamos.


Por Guaraci Lima Silveira

quinta-feira, 29 de março de 2012

Alguns Erros Cometidos em Templos Umbandistas



Como em toda família ou sociedade, estamos propensos a cometer erros. Não é só de acertos e harmonia que vivem os terreiros de Umbanda, existem erros que são praticados por alguns pais e filhos-de-santo. Sob um olhar critico, resolvemos relacionar os mais comuns e esperamos que os que lerem esse tópico concordem conosco. Esses erros tendem a gerar uma vibração negativa, vindo a desestabilizar o foco de equilíbrio:

Dar guarida a fofoca e comentários malediscentes. Lembrem-se que o ciúme é um dos maiores venenos que a pessoa pode ter;

Uso indevido de determinados elementos em determinados rituais e/ou uso de elementos estranhos ao ritual do culto;

Exploração financeira contra filhos da casa e/ou frequentadores. A Umbanda não cobra qualquer incentivo financeiro ou material sobre seus trabalhos. Na Umbanda não se pratica a Lei de Salva, ou seja, não se paga por qualquer tipo de trabalho espiritual que venha a ser realizado;

Mau cumprimento dos preceitos pelos membros da casa;

Conduta imprópria ou desrespeitosa de membros da casa;

Atividades não relacionadas ao culto dentro do mesmo ambiente da casa;

Omissão de socorro, pouco caso ou deboche daqueles que ali buscam auxilio;

Ciúmes pelo tratamento dado pelo dirigente da casa a um ou outro filho;

Tratamento a um filho da casa de forma exagerada ou excessiva em quaisquer circunstâncias pelo dirigente da casa;

Atenção dispensada de forma exagerada ao dirigente da casa ou aos outros integrantes do grupo;

Falta de preparo dos filhos nos ritos da casa;

Nomear um filho da casa para médium de passe, sem ele estar devidamente preparado;

Deixar desavenças de ordem particular interferirem nos trabalhos;

Não dedicar pelo menos um trabalho ao mês, ao desenvolvimento dos filhos da casa;

Não transmitir os ensinamentos adquiridos, não compartilhá-los com os demais;

Agregar filhos apenas para fazer volume ou aumentar a contabilidade;

Tratar de forma diferente os filhos ou frequentadores da casa, pelo poder aquisitivo ou pela atenção por eles dispensada;

Negar-se a auxiliar um filho da casa, quando o mesmo procura auxilio;

Não respeitar a vida particular do dirigente da casa, levando a ele problemas fúteis, fora da casa;

Confundir a liberdade dada;

Confundir Umbanda com Nação Nagô, Gêge, Ketu, Batuque, Catimbó, Juremada, Candomblé, Umbanda traçada, Umbanda branca, Umbanda esotérica, etc, etc, etc... Erros absurdos podem advir deste tipo de confusão. Valha-se do conhecimento dos fundamentos da Umbanda para poder ensinar aos demais;

Pensar que a entidade com a qual está trabalhando é sempre mais importante que as outras entidades que trabalham na casa;

Animismo excessivo, o que é extremamente prejudicial ao médium e à casa;

Aproveitar e interferir nas comunicações entre a entidade e o consulente, usando e aplicando seus próprios conceitos e exprimindo suas opiniões pessoais;

Nunca tomar a frente da entidade com a qual está trabalhando. Nunca pense que está incorporado, mas sim, tenha certeza disso antes de começar a trabalhar;

Demandar contra qualquer pessoa. Os filhos da casa devem ter consciência sobre a manipulação de energia. A Umbanda não utiliza sua magia para prejudicar quem quer que seja. A Lei Divina se encarrega para que todos tenham o que merecem;

Usar sangue ou sacrifício animal em qualquer tipo de trabalho. A Umbanda não se utiliza destes elementos para seus trabalhos. Não é sacrificando um animal ou usando sangue que se alcança a graça divina, pois nós não temos o direito de tirar a vida de quem quer que seja;

Mistificação. Abusar da credibilidade, enganar, iludir, burlar, lograr e ludibriar. MÍSTICO = misterioso ou espiritualmente alegórico ou figurado;

Adornos - estes objetos são geralmente de metal e podem causar distúrbios, visto que o médium necessita ter seus plexos nervosos isentos de quaisquer percalços que possam coibi-los em algo. E, também porque, a regra do umbandista é a simplicidade, nada de exibições, de vaidade e aparência fúteis. Casa espiritual não é casa de modas;

Roupas insinuantes. Deve-se ter consciência que ao adentrar o terreiro, você está adentrando uma casa santa, uma casa sagrada. Deve, então, livrar-se de pensamentos pecaminosos, contrários aos trabalhos espirituais. Roupas insinuantes são absolutamente negativas e dispensáveis aos trabalhos de qualquer casa espiritual. Não é mostrando o corpo ou a silhueta que o trabalho será bem desenvolvido, mas sim, completamente ao contrário;

Aos médiuns iniciantes, não convém e é ato de pura irresponsabilidade chamar as entidades com as quais se está trabalhando fora da casa de trabalhos. Isto, além de irresponsável, pode ser extremamente perigoso, pois os médiuns iniciantes ainda não conhecem as vibrações energéticas das entidades e podem dar passagem a quiúmbas ou espíritos afins sem saber;

É fato que os médiuns, ao se encontrarem nos dias de trabalho, direcionam suas conversas, muitas vezes até inocentemente, a rumos antagônicos ao desenvolvimento dos trabalhos da casa. É preciso que os médiuns tenham consciência que a preparação para os trabalhos começam à 0:00 hora do mesmo dia (pelo menos) e que conversas diversas que não são afim ao trabalho que será desenvolvido começam por desestabilizar o equilíbrio da casa;

Falta de conhecimento espiritual. As entidades valem-se do conhecimento dos médiuns para poderem se comunicar. Quando o médium pouco sabe, pouco estuda, as entidades pouco podem fazer pelo seu desenvolvimento e pelo próximo. Faz-se absolutamente necessário o estudo e a aquisição de conhecimento espiritual para atingir a própria evolução e, conseqüentemente, auxiliar as entidades em seus trabalhos caritativos. O conhecimento é a base do bom viver, é a estrutura de uma vida de sucessos. Atentem-se senhores (as) médiuns, que o conhecimento nunca será em demasia e é a única coisa que fará parte de cada um. As casas que possuem médiuns com alto grau de conhecimento espiritual, normalmente têm seus trabalhos muito bem desenvolvidos;

Excesso de problemas na desincorporação. Muitos médiuns têm um péssimo hábito de mostrar problemas excessivos na incorporação ou desincorporação, muitas vezes somente para mostrarem-se o quão forte são, o quão fortes são suas entidades e para tomarem um pouco mais de atenção do dirigente da casa. Lembrem-se, senhores (as) médiuns que uma entidade que chega ao terreiro para trabalhar é normalmente uma entidade com alto grau de evolução e nunca faria um filho sofrer principalmente durante sua desincorporação.

Descarregar o médium quando de sua partida não tem relação alguma com sofrimento deste. Estabilizar a energia do médium não é aplicar um choque.

É comum encontrarmos nos terreiros médiuns de outras casas ou até mesmo médiuns que não se encontram trabalhando espiritualmente, terem a chance de receber suas entidades durante os trabalhos da casa. Acontece em muitos terreiros em que os capitães (!!!), mostrando absoluta falta de conhecimento e discernimento, mandarem estas entidades "subir". Notem que, se uma entidade passou pelo Sr. Tranca-Ruas, por todos os Exús que guardam a casa durante os trabalhos e por todos os Oguns que ali estão rondando para a proteção da casa é muito provável que esta entidade tenha permissão para adentrar o terreiro (por algum motivo). Interessante é o fato de alguns capitães de terreiro (!!!) acharem que possuem um conhecimento maior que as entidades que ali estão trabalhando. É preciso tomar muito cuidado com a autoridade dentro de um terreiro. Com entidades não afins ao trabalho deve-se mostrar energia e nunca desrespeito. Lembremo-nos que muitas vezes, durante os finais dos trabalhos, todas as entidades já sabem que devem deixar o plano e desincorporar. Normalmente o que segura as entidades nos trabalhos são os próprios médiuns. Outras vezes faz-se necessário que a(s) entidade(s) fique(m) no terreiro para terminar de equilibrar o ambiente e os médiuns do trabalho, bem como os consulentes que ainda permanecem ali. Srs. capitães (ou que se julgam entendidos!!!), muito cuidado com a autoridade para com as entidades e para com os filhos da casa. Um capitão de terreiro (!!!) é aquele que detém bom conhecimento espiritual, é aquele que coloca ordem nos trabalhos e os conduz a um bom fim, nunca aquele que determina, dá ordens e abusa de sua autoridade. Senhores dirigentes: cuidado ao dar "cargos hierárquicos" dentro de um terreiro. Umbanda é uma religião simples e deve ser trabalhada desta forma, sem complicações e sem cargos.

Apresentar linhas inexistentes no plano astral da Umbanda, como por exemplo BoiadeirAs ou MarinheirAs, somente por querer mostrar que a sua casa é melhor que as outras.

Permitir que entidades peçam o número do telefone dos consulentes ou coisas semelhantes!!!

Outro ponto muito interessante no qual gostaríamos de declinar é o seguinte:

Alguns terreiros, nos trabalhos com Exus e Pomba-Giras, não permitem que um médium do sexo masculino venha a incorporar uma entidade cuja energia é feminina. Têm-se um preconceito muito grande com relação a isso, chegam-se a falar que o homem que tem, ou recebe, uma entidade feminina como a Pomba-Gira, é tendencioso ao homossexualismo. Perdoem-nos àqueles que pensam dessa forma, mas seu pensamento está completamente errado. O gênero sexual é um consenso do plano físico, não existe gênero no plano astral e as manifestações de entidades femininas ou masculinas não tendem a interferir na opção sexual do médium.

Plagiando uma frase que ouvimos: "Então uma médium nunca poderia receber um Caboclo ou um Exu ou vice-versa".

Esse é um preconceito machista e absolutamente de acordo com o conceito relacionado à nossa sociedade atual. De forma alguma está relacionado às raízes da Umbanda.

Umbandistas: Vamos abrir os nossos olhos, espiritualidade é coisa muito séria...

“Umbanda é coisa séria pra gente séria” Caboclo Mirim.


        Fonte: Umbanda Sagrada
Casa de Caridade Rosa - Umbanda

quarta-feira, 28 de março de 2012

Banhos de Limpeza e Vitalização



1.   Introdução

Caríssimos irmãos de caminhada, voltamos aqui para escrever sobre um assunto que me fascina desde o primeiro dia que entrei em contato com os irmãos da Umbanda: banhos, defumação, ervas, plantas, etc. Existem infinitas fontes de energia na natureza, que esperam somente a boa vontade do homem para utilizá-las em seu favor.

O conhecimento hoje passado pelos pretos-velhos ou caboclos na Umbanda já existe há muito tempo: os índios, os egípcios, os antigos magos, os benzedores, enfim, várias gerações anteriores à atual utilizaram as forças da natureza, tanto para o bem quanto para o mal.

O conhecimento transmitido pelos seguidores da Umbanda relativo a banhos e limpeza de ambientes é oral e pontual, ou seja, o tratamento é dado para um determinado problema e o "aprendizado" se perde por falta de estudo.

A maior parte, das pessoas que são beneficiadas, utiliza as indicações dos caboclos ou pretos-velhos e, após se sentir melhor, continua em sua rotina, sem se preocupar em entender o que realmente aconteceu.

Não pretendo criticar aqueles que buscam a cura, quero simplesmente explicar a minha motivação em procurar "entender" um pouco mais sobre esse fascinante manancial de energia que é a natureza.

A natureza é passiva, é mãe de amor, que nos ampara no seu colo como um filho querido. Pela vontade de Deus fomos criados, e pelo amor e sabedoria da Natureza nos mantemos vivos. Se soubermos pedir, ela nos dará tudo que desejarmos. Por isso é muito importante saber o quê e como pedir, para que não nos arrependamos depois.

Como não consegui encontrar muito material sobre os banhos na literatura, decidi então entrevistar um preto-velho, para que ele me transmitisse algumas informações sobre os banhos de limpeza e vitalização e limpeza de ambientes.

Ele consentiu em me dar a entrevista, e como fruto da nossa maravilhosa conversa foram criados dois artigos:o primeiro fala sobre os banhos e o outro, que será escrito em breve, aborda a limpeza do ambiente.

Gostaria de fechar essa introdução agradecendo de coração a esse sábio amigo, de fala mansa e simples, que encheu meu coração de alegria ao me passar tão belos ensinamentos sobre a Natureza.

Em sua humildade mostrou um imenso conhecimento sobre o assunto abordado, não deixando nenhuma duvida. Preocupou-se em passar de forma detalhada os ensinamentos, permitindo que qualquer um usufrua de suas preciosas lições.

Que a semente de luz plantada pelo amigo preto-velho possa iluminar o caminho de cada um que ler esse artigo.

Gostaria também de agradecer aos grandes irmãos Flavio e Andréia, a quem dedico com carinho este artigo.

2. Os Banhos

Existem vários tipos de banhos, utilizados para as mais diversas finalidades. Abordaremos neste artigo somente os banhos de limpeza e de vitalização.

Seria muito perigoso ensinar os outros tipos de banho passados pelo preto-velho ou caboclo para o seu médium, pois esses dependem de vários fatores e os procedimentos que devem ser tomados são um pouco mais complexos.

Por esse motivo, só abordaremos os banhos que não possuem risco de prejudicar o paciente.

Se o irmão seguir as precauções e procedimentos indicados no artigo, o banho só trará benefícios.

3. Função

Como foi falado no item anterior os banhos tem duas funções principais:

- Retirar as energias negativas que estão impregnadas no paciente e

- Revitalizar, imantar o paciente de energias positivas.

Os banhos não devem ser utilizados como remédio, nem tomados sem as devidas precauções. Segundo as palavras do preto-velho:

"Não adianta só o banho, temos que ter força para transmutar toda a negatividade em positividade".

Sabemos como é difícil viver em um ambiente onde ainda prevalecem as energias da sensualidade, do egoísmo e da falta de amor ao próximo, por isso os banhos servem para auxiliar aqueles que se sentem pesados, doentes e procuram um meio de ficar "mais leves", limpando e vitalizando os seus veículos mais sutis.

Uma questão importante foi levantada pelo nosso amigo preto-velho: nada pode substituir o amor, o perdão e a paz interior. O banho é uma ferramenta auxiliar, uma bengala e jamais poderá substituir o esforço e a coragem dos que buscam vibrar na frequência do Cristo.

Use os banhos para se fortalecer, mas não faça deles o apoio para a sua caminhada espiritual.

4. Receptividade

Os banhos beneficiam qualquer um que deles se utiliza, porém, sua influência se dá nos corpos mais sutis, onde a receptividade possui variações diferentes daquelas que vemos no plano físico.

Um banho de limpeza retira as energias que estão "pesando" e o banho de vitalização imanta a pessoa de energias positivas.

Para o objetivo ser alcançado é necessário que o paciente se esforce para manter esse padrão vibratório de otimismo e confiança. Se retroceder ao padrão de pensamento e emoções descontroladas que tinha antes, tudo volta a ser como era.

O amigo preto-velho deu um exemplo perfeito: "É como aquele que toma banho de sabão e se esfrega no chão". O padrão vibracional tem que ser melhorado e o mais importante: deve ser MANTIDO!!!!

Como diria o Divino Mestre, "Orai e Vigiai!"

A conhecida fé é muito importante quando se faz um tratamento visando alcançar a matéria que vibra outros planos da vida. Acreditar no tratamento atrai energias importantes, criando um ambiente propício para a ajuda dos amigos espirituais que doam energias e atuam inspirando "idéias" renovadoras.

Podemos pensar no banho como um "momento" onde o paciente se dedica a si, buscando a melhora ao se tornar receptivo para a ajuda externa. Se o paciente não mantém um ambiente interior adequado, fica difícil aos espíritos atuarem na limpeza do ambiente externo (locais frequentados) e interno (pensamentos e emoções).

Acreditem, não estamos sós na caminhada! Nunca! 


5. Quem deve tomar os banhos

Qualquer um pode tomar os banhos que serão mostrados neste artigo. Seja espírita, umbandista, católico, não importa a bandeira, a natureza é sempre por todos!

Contudo, os banhos de limpeza e de vitalização NÃO SÃO REMÉDIOS e por isso não devem ser tomados indiscriminadamente. Só deve tomar banho aqueles que realizam um tratamento espiritual (à distância ou presencial) ou os médiuns em dia de frequência ao centro de sua preferência.

Vamos explicar brevemente o problema para seu melhor entendimento e mais tarde abordaremos este assunto com maior profundidade. O banho de sal grosso, que será explicado posteriormente, retira tanto energias positivas quanto negativas. Os chakras ficam "pipocando" depois do banho de sal grosso, ficando receptivos às energias que devem receber.

Por isso é extremamente importante que a pessoa vá ao centro ou local de sua preferência no dia que toma o banho. Lá, ela será imantada de energias positivas pelos espíritos que ali trabalham. No caso do tratamento à distância, isso será feito pelos responsáveis pela visita ao paciente.

Nosso grupo, o Grupo PAS (http://www.grupopas.com.br), indica o banho de limpeza e vitalização para o dia do tratamento, preparando o paciente para receber as energias que serão doadas pelos médicos, instrutores e colaboradores do grupo.

Seja o tratamento à distancia ou presencial, é necessário "estar sob a tutela" de amigos espirituais para realizar os banhos que são ensinados neste artigo.

NUNCA SE DEVE TOMAR O BANHO DE SAL GROSSO E IR PARA A RUA PASSEAR!

Também não é recomendado chegar da noite, após o consumo exagerado de bebida e fumo e tomar banho de sal grosso para tirar todos os espíritos ruins que o acompanharam. Essa atitude pode prejudicar mais do que beneficiar.

NÃO SE DEVE CRIAR O DIA DO BANHO DE SAL GROSSO!

O amigo preto-velho foi enfático neste ponto, informando que devemos ser prudentes para tomar os banhos.

Existe uma outra possibilidade para aqueles que não participam de nenhum tratamento ou não tem tempo para frequentar um centro. O banho de mar, como foi informado pelo preto-velho, é muito mais potente que o banho de sal grosso. Abordaremos sobre o banho de mar, de cachoeira, de sal grosso e de ervas daqui a pouco.

6. Quando se deve tomar os banhos

O paciente deve seguir as seguintes regras:

a) deve tomar os banhos indicados neste artigo somente no DIA do tratamento espiritual, de visita ao centro ou de trabalho (médium);

b) fazer o possível para tomar o banho o mais próximo do horário marcado para o tratamento, palestra ou visita ao centro.

c) Não tomar o banho no dia anterior ou posterior; se não puder tomar o banho no dia indicado então é melhor não fazê-lo.

7. Tipos de Banho

Os itens anteriores serviram para introduzir alguns conceitos e advertir os leitores sobre a prudência ao se utilizar os banhos de limpeza e vitalização.

Abordaremos agora cada tipo de banho citado pelo amigo preto-velho.

O banho de limpeza será mostrado de duas formas distintas: banho de sal grosso e banho de mar. O banho de cachoeira também será abordado pelos seus inúmeros benefícios conhecidos.

Abordaremos cada planta em um tópico, mostrando suas características principais. As ervas têm um poder incrível, podendo até auxiliar nos casos de desobsessão, como mostraremos em breve.

7.1. Banho de Sal Grosso

A água é conhecida como o melhor condutor de energia e, quando ela se junta com o sal, funciona como um "descarregador" (por isso o nome banho de descarrego) das energias excedentes.

O banho de sal grosso descarrega o excesso de energia, tanto positiva quanto negativa. Ele atua principalmente no Duplo Etérico, podendo também, em alguns casos, atuar no corpo astral.

Depois de um "banho de descarrego" o paciente fica "zerado", por isso é muito importante se IMANTAR de energias positivas depois desse banho. Isso pode ser feito com o banho de ervas ou indo a um centro receber um passe.

7.1.1. Preparo do Banho

O banho de sal grosso deve ser preparado com água em temperatura ambiente, não devendo se utilizar água gelada ou quente.

A quantidade de sal utilizada deve ser a suficiente para deixar a água salgada. Não adianta colocar um pouquinho de sal para uma quantidade grande de água porque o efeito será o mesmo que um banho de água corrente.

A quantidade de água utilizada vai depender de cada um. Como dizia o vovô, "Um punhado de sal para um recipiente pequeno é suficiente para passar a água na frente e atrás do corpo. Se uma pessoa acredita que está muito carregada e precisa de mais água não tem problema, basta utilizar uma quantidade maior de sal. O que importa é a água ficar salgada".

Podemos concluir que a quantidade de água vai depender de cada um. Utilize a quantidade que achar melhor, mas sempre lembrando que é importante a água ficar levemente salgada.

Ao misturar o sal grosso com a água podem ficar pedrinhas no fundo da vasilha e não há problema algum nisso.

É muito importante entrar em um estado vibracional positivo desde o momento em que se está preparando o banho, buscando se abster de qualquer pensamento de baixo padrão vibratório. Preste atenção na sua respiração, tentando mergulhar em um estado de profunda introspecção, esquecendo assim problemas e aflições.

Você estará se preparando para receber os benefícios do banho e o auxílio dos amigos espirituais, criando em volta de si um ambiente propício para a ajuda energética e inspirações positivas na compreensão da doença ou problema.

7.1.2 O banho

O Banho de sal grosso deve ser dos ombros para baixo, não se deve molhar a cabeça. Como o amigo preto-velho informou: "Não se pode mexer na COROA". A coroa que os irmãos da Umbanda falam é o nosso conhecido chakra coronário.

O banho de sal grosso deve ser realizado após o banho, não se fazendo nada após realizá-lo. Durante o banho normal deve-se manter a mente longe dos problemas e o pensamento firme, confiante no benefício que será recebido, mantendo esse padrão vibratório enquanto estiver se banhando com a água salgada.

Não é obrigatório orar, contudo, cada um deve fazer da forma que achar melhor para se conectar com o alto e receber as energias positivas que irão imantar sua aura.

Entrar em ligação com o alto, buscando pensar em coisas boas, se desligar das lembranças ruins e esquecer completamente dos problemas que estão incomodando é o mais importante durante o banho, que começa desde o momento do preparo da água salgada...

O motivo do banho de sal grosso ser a última coisa a se fazer não é ritualístico; se a pessoa tomar o banho de descarrego e depois continuar com o banho normalmente ela acabará se esquecendo do principal, que é pensar positivo, imantando-se em energias positivas.

Se a pessoa se sentir incomodada com o sal que ficou no corpo após o banho, basta passar água corrente para retirar o excesso de sal.

Isso deve ser realizado quando pessoas com pressão alta fazem uso do banho, porque o sal pode ser absorvido pela pele e aumentar sua pressão arterial.

7.1.3. Após o banho

Não sair para a rua após o banho, exceto para ir ao centro de sua preferência, para receber tratamento ou trabalhar auxiliando o próximo.

Como foi informado anteriormente é muito importante se imantar em energias positivas após o banho de descarrego. Essas energias serão doadas pelos irmãos que realizam o tratamento à distância, pelos médiuns que doarão energias no passe ou pelos mentores (no caso dos médiuns).

7.2. Banho de Mar

O vovô nos informou que o banho de ervas e sal grosso só pode ser realizado por pessoas em tratamento espiritual ou que freqüentam um centro ou médiuns e isso me deixou um pouco frustrado, porque gostaria de levar também o auxilio para as pessoas que se sentem "pesadas" com as cargas de energias negativas que se envolvem diariamente e que não estão enquadradas nos casos acima.

Foi aí que o sábio preto-velho nos deu uma dica valiosíssima: O banho de mar!!!

Segundo o amigo, o banho de mar é muitas vezes mais potente que o banho de sal grosso. Isso porque a água do mar possui elementos que o banho de sal grosso não possui (vitalizantes); além disso, temos o sol, que derrama suas energias depois que a pessoa se banha na praia.

O mar é conhecido pelos irmãos da Umbanda como "Kalunga Grande", que significa grande cemitério, que descarrega e absorve as energias negativas que estão impregnadas na aura dos seus freqüentadores.

Diferente do banho de sal grosso, que descarrega energias positivas e negativas, o banho de mar limpa nossa aura e a imanta de energias positivas. É um santo remédio.

Segundo nosso querido amigo o mar é regido por um Orixá, que se chama Iemanjá e que é representado pela figura de Nossa Senhora, de braços abertos.

Essa figura representa a natureza passiva dessa "energia", que recebe a todos de braços abertos, absorvendo com todo amor e carinho as energias negativas e doando, através do seu coração iluminado de luz, as poderosas energias que vem do alto. (temos um artigo que fala sobre orixás no site do Grupo PAS)

Muitos ao ler este artigo dirão que nada sentiram antes, durante ou depois de mergulharem no mar. Reclamarão que nunca tiveram nenhum benefício "espiritual" por ter se banhado na praia.

Eu respondo com perguntas. Quantos ao entrar no mar buscaram se sintonizar com a maravilhosa energia viva que aí reside? Quantos entraram na água como crianças, que buscam o colo de uma mãe carinhosa, se entregando com confiança aos braços de uma matrona, que te abraça e abençoa? Quantos de nós já paramos e buscamos pensar que o mar não é só um monte de água salgada com ondas?

Sim, queridos irmãos, existe ali vida, em diversos planos. Desde dos pequenos elementais até os Devas. Os primeiros são os trabalhadores responsáveis por manter "viva" a vida marinha e os segundos são anjos que transformam as potentes energias que vêm do alto para benefício dos vegetais, animais e dos homens.

Podemos encontrar referência às poderosas energias do Mar no livro "Entre o Céu e a Terra", de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz, no capítulo 5 - Valiosos Apontamentos :

"- O oceano é miraculoso reservatório de forças - elucidou Clarêncio, de maneira expressiva -; até aqui, muitos companheiros de nosso plano trazem os irmãos doentes, ainda ligados ao corpo da Terra, de modo a receberem refazimento e repouso".

No livro "Faz parte do Meu Show", de Robson Pinheiro, encontramos várias referências do benefício que os recém-desencarnados recebem ao se aproximar das praias.

No livro "Voltei", também escrito por Francisco Cândido Xavier, a equipe responsável pelo trabalho de ajuda aos recém-desencarnados faz os primeiros atendimentos na praia.

Informamos no artigo que, durante o banho de sal grosso, o pensamento e o coração devem estar conectados com o alto. Acredito que essa também deva ser a postura daqueles que buscam "Algo Mais" do banho de Mar.

Antes de tomar o banho, sente-se na areia e busque a conexão com a mãe Terra (você está sentado na areia), olhe para o mar, admire sua beleza e busque entrar em contato com ele, entrando em uma faixa vibratória superior. Deixe que sua intuição lhe diga o momento certo de entrar no Mar. Entregue-se a ele como uma criança que se joga no colo da mãe, buscando ali uma fonte terna de carinho e amor. Não se preocupe em "sentir", concentre-se no ato de se limpar no banho de mar e tenho certeza que Iemanjá fará sua parte.

7.3. Banho de Cachoeira

A cachoeira está geralmente em um ponto afastado do barulho, e em sua maioria não possui um movimento intenso de pessoas, recebendo seus visitantes de forma espaçada.

Em volta da cachoeira existe um ecossistema com plantas, rochas, animais, insetos, etc. É como se fosse um pequeno mundo!

A água da cachoeira, em sua grande maioria, é limpa, pura e cristalina. A corrente garante que essa água esteja sempre circulando, passando por pedras, sendo banhada pelo sol, entrando em contato com inúmeros elementos da Natureza e carregando-os consigo, porque como vimos anteriormente, a água é um ótimo condutor.

Aqueles que são um pouco mais sensíveis ou que se esforçam em concentração perto de uma cachoeira podem sentir que existe uma vida que rege todo o ecossistema da cachoeira. Alguns ouvem uma melodia, outros vêem miríades de luz, outros somente sentem uma paz intraduzível quando se aproximam desse ambiente.

Toda cachoeira tem um ser angélico responsável por toda essa "paz" que a envolve. Eu a chamarei de Senhora da Cachoeira (os irmãos da Umbanda chamam de Mamãe Oxum), somente dando esse rótulo para facilitar o entendimento.

Ao se banhar em uma queda de água ou ao mergulhar no poço formado por uma cachoeira é impossível não se sentir mais leve. Esse anjo transforma as poderosas energias que veem do alto para manutenção da vida e a "condução" dessa vida pelo rio que se forma com a cachoeira.

A pedra parece viva, as plantas parecem mais brilhantes, o ar é impregnado por alguma substancia X, de aroma agradável, as aves parecem brincar de forma angelical.

Assim é o ambiente de uma cachoeira. Ao se banhar em uma cachoeira uma torrente de energias positivas o envolve, imantando e limpando sua aura de forma espetacular.

Cada cachoeira é um espetáculo diferente. Por isso, pare e se concentre em cada uma, você conseguirá sentir a diferença. Todas são diferentes e magníficas obras primas desses anjos de luz. 


7.4. Banhos de Vitalização (Ervas)

As principais finalidades do banho de ervas são: imantação, reenergização e harmonização.

Após o banho de sal grosso é indicado o banho de ervas, que imanta a aura do paciente de energias positivas.

Como foi dito pelo amigo preto-velho, não existe a melhor erva para se tomar banho, assim, o artigo contém mais de um planta para facilitar a localização.

É claro que existem características específicas de cada planta, ou seja, podem existir ervas que são mais indicadas para determinados casos e menos para outros, contudo, isso foge ao escopo do artigo e segundo nosso amigo, para a função principal que é vitalizar, todas se ajustam muito bem.

Primeiro vamos mostrar como se prepara o banho de ervas e depois falaremos sobre as seguintes ervas: Guiné, Rosa Branca, Arruda e Manjericão.

7.4.1. Preparação

Colocar a planta ou flor (no caso da rosa branca) que será utilizada na panela para ferver. ELA DEVE SER FERVIDA JUNTO COM A ÁGUA.

É importante que a panela esteja TAMPADA. Se ela ficar destampada, alguns elementos importantes volatilizam e se perdem.

Essa forma de preparo libera os óleos essenciais, sendo diferente da preparação de chá por infusão, onde se ferve a água e depois se coloca a planta. Não confundam!!

Para arruda, guiné e manjericão basta utilizar um galho da planta.

No caso da rosa branca deve-se utilizar três rosas. NÃO UTILIZAR OS GALHOS, somente a flor. Não é necessário tirar pétala por pétala.

As plantas TÊM QUE SER FRESCAS. Não adianta comprar ervas secas ou armazená-las secas. As plantas secas servem para o preparo de chá, contudo, não servem para os banhos.

Esperar a água chegar a uma temperatura agradável para tomar o banho e cuidado para não se queimar!

7.4.2. O Banho

O modo do banho vai depender da planta:

- Rosa Branca - Deve-se tomar o banho de sal grosso e logo após tomar o banho de rosa branca. Pode-se molhar a cabeça com o preparado extraído da rosa branca.

- Arruda e Guiné - Quando se toma banho dessas duas plantas não é necessário o banho de sal grosso. Como será visto, elas têm a propriedade de transmutar as energias, ou seja, elas absorvem as energias negativas e imantam de energia positiva. O banho de arruda e guiné deve ser tomado do ombro para baixo. NÃO MOLHAR A CABEÇA.

- Manjericão - O Banho de Manjericão deve ser tomado após o banho de sal grosso e, de forma análoga ao banho de arruda e guiné, só deve ser tomado dos ombros para baixo.

7.4.3. O Banho de Arruda

Os óleos essenciais liberados pela arruda durante a preparação do banho liberam um odor que "incomoda" os obsessores. Além de limpar e imantar a aura ela também ajuda o paciente a se desvencilhar "temporariamente" do obsessor. A permanência desse afastamento vai depender muito mais do padrão vibratório do que dos banhos tomados.

Lembrem-se, os banhos são ferramentas de auxílio, não são a solução dos problemas espirituais. O banho de arruda tem três funções principais: Limpeza, Vitalização e Afastamento de Obsessores.

7.4.4. O Banho de Guiné

O banho de guiné é mais potente que a Arruda no sentido de transmutar as energias negativas em positivas. As duas plantas alcançam o seu objetivo, ou seja, trazem o benefício ao paciente, contudo, a guiné possui elementos mais concentrados para esse tipo de serviço.

7.4.5. O Banho de Rosa Branca

A principal função do banho de rosas brancas é a vitalização.

Esse banho é uma benção!!!

Lembrem-se que o banho de rosa branca é o único citado nesse artigo que permite molhar a cabeça.

7.4.6. O Banho de Manjericão

O manjericão é uma erva poderosíssima para vitalização, tanto que na Umbanda ela é utilizada para vitalizar as guias dos médiuns (aqueles "colares" que os irmãos da Umbanda utilizam).

O vovô pediu para informar que as guias dos médiuns da Umbanda são condensadores de energia, e que tem cores diferenciadas porque atuam em frequências distintas. Esse assunto será abordado no futuro na coluna que trata sobre Umbanda.

8. Conclusão

Todos os banhos que vimos trazem benefícios, por isso não fique preocupado com qual planta deve ser utilizada. Acredite na sua intuição na hora de comprar e abra seu coração para esse maravilhoso arsenal de energias doadas pela natureza.

A dúvida para escolher a melhor planta e o pensamento fixo em encontrar "a melhor" erva para o seu caso pode atrapalhar todo o tratamento.

9. Como comprar as ervas e o Sal Grosso

O sal grosso vendido normalmente nas lojas possui anti-umidificante. Essas substâncias tornam o sal menos puro, contudo, não invalidam o tratamento.

Casas de artigos religiosos, principalmente de Umbanda, vendem um sal menos modificado, que vem em pedras maiores.

As ervas devem ser frescas! Não adianta utilizar ervas secas!
Por Gustavo Martins
Fonte: http://www.grupopas.com.br/

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A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

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"Estudo, requer meditação. A meditação leva a conclusões. E as conclusões fazem com que as pessoas modifiquem os seus hábitos e suas atitudes" – Dr. Hermann (Espírito) por Altivo Pamphiro (Médium)

Obras Básicas da Doutrina Espírita - Pentateuco Espírita

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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