Espiritualizando



Fé Racional

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

Espiritualize-se...

Sábio é aquele que a tudo compreende e nada ignora. Deus não impôs aos ignorantes a obrigação de aprender, sem antes ter tomado dos que sabem o juramento de ensinar.

Nenhum mistério resiste à fragilidade da Luz. Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.



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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Como Encontrar um Bom Terreiro




Irmãos,

Vamos começar falando, então, para quem ainda não conhece a Umbanda e está com vontade de conhecer e, por ventura, desenvolver sua mediunidade.

O que você deve fazer, em primeiro lugar, é ver se você já conhece alguém que frequente um terreiro. Existem vários tipos de terreiro tocando das mais diversas formas seu ritual e, se você já tem algum tipo de pré-apresentação, isso será ótimo para evitar surpresas desagradáveis. Sim, essas surpresas podem acontecer. Como disse, há diferenças nos ritos e há pessoas que dizem fazer Umbanda para mascarar práticas, digamos, pouco ortodoxas. E, para ser sincero, eu duvido que você não tenha um amigo umbandista, mesmo que as escondidas.

Se você encontrar esse amigo, vá com ele. É uma ótima forma de você não se sentir deslocado e isso facilitará sua vida.

Tendo ou não este amigo, é importante, quando você adentrar em um terreiro pela primeira vez, que você procure algum dos integrantes da casa. Geralmente são as pessoas que estão vestidas de branco. Vá sem vergonha, apresente-se e pergunte como a casa funciona, qual a gira do dia e como você fará para se consultar. É importante que você vá de coração aberto, sem preconceitos e que fique atento aos sentimentos que permearão você. Sentindo-se mal, com um aperto no coração, com vontade de ir embora, simplesmente vá. Aquele lugar não é para você. Se você se sentir bem, continue. Sente-se se houver lugar e observe o que conseguir.

Um terreiro de Umbanda é um lugar onde você encontrará uma série de símbolos, imagens e instrumentos peculiares, como espadas, adagas, lanças. Não se prenda a essas coisas, observe o que você sente. Participe do ritual, bata palmas, cante se conseguir decorar as músicas (que muitas vezes são repetidas várias vezes) e tome seu passe. Depois, quando sair, observe-se.

É sempre importante essa auto observação. Não existem terreiros ruim ou bons, mas existem terreiros que falam ao seu coração ou não. O que falar, é para você, o que não falar, não é.

Existe um exemplo muito bom que costumo dar: Nossa casa trabalha de uma forma e atende as pessoas que se afinam com a forma de trabalho dos médiuns e dos Guias. Temos uma casa irmã, ou seja, uma casa que é nossa parceira, onde nós buscamos auxílio quando necessário e para quem oferecemos auxílio quando necessário. Somos irmãos, somos amigos, mas tocamos Umbandas diferentes e as pessoas que vão nessa casa, os Filhos de São Miguel Arcanjo, provavelmente não se adaptariam à nossa, assim como os nossos assistentes provavelmente não se adaptariam à casa dos Filhos de São Miguel. Isso é saudável e importante para a Umbanda: se todas as casas fossem iguais, não atenderíamos a um número muito grande de pessoas e a caridade, a mensagem, não seria passada.

Outra coisa importante: a Umbanda, a despeito do que possa parecer, não é milagreira. É uma religião que busca trazer o autoconhecimento, a evolução moral e isso depende, sempre, de cada um dos envolvidos. Pode ser que, em um primeiro momento, os Guias até façam algo do gênero com você (tipo adivinhar algo da sua vida, do seu dia), mas isso não é a regra e nem deve ser: falar de um problema é a primeira etapa para resolvê-lo e, se você não quiser falar, o Guia respeitará seu livre arbítrio.

Tento tudo isso em mente, vá para o seu passe. Vá com calma, observe a tudo e observe-se. Como disse, se você não gostou do que viu, não julgue o lugar ou o trabalho realizado, o trabalho só não é para você, mas pode ser que ajude um monte de outras pessoas. Se você gostou, continue frequentando, com calma as coisas acontecerão a você.

Outra coisa importante: não se impressione se um Guia te disser que você é médium. Todos os seres humanos são, isso não é algo diferente, é o comum.

No mais, aproveite a oportunidade!


Fonte: http://www.artefolk.com.br/

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Bebidas nos Trabalhos de Umbanda



Muito se comenta, se fala ou critica-se o uso de bebidas alcoólicas nos trabalhos de Umbanda;

Nos hospitais não se usa o álcool para limpar as mãos antes de ter contato com algum enfermo?

Não se usa álcool para limpeza de equipamentos hospitalares?

Ele serve para desinfetar nossas mãos ou materiais a serem usados de bactérias que podem ser nocivas a nós ou ao enfermo.

O mesmo se faz nos trabalhos, o álcool serve para desintegrar energias nocivas impregnada nas pessoas e assim como as bactérias não são visíveis ao olho humano, mas estão ali.

É obvio que nossos queridos Pretos Velhos, Caboclos, Baianos, Marinheiros, Compadres e todos os outros não bebem porque gostam, porque ainda tem algum apego a esse ato, mas sim para limparem a pessoa.

Não penso que quando algum guia abusa no uso da bebida, devamos perguntar-lhe qual o motivo, não acho que devamos lembrá-lo que ele precisa deixar seu médium limpo.

Penso que o guia nunca abusa, ele usa o que precisa, o abuso em minha opinião vai do médium, pois como sabemos hoje a maioria de nós médiuns somos conscientes.

Como disse o guia usa o necessário, mas nós podemos querer mais, mostrar que nosso guia é forte e elegante segurando uma taça de vinho, ou um copo de bebida destilada.

Pura inexperiência, com certeza no dia seguinte não passaremos um bom dia, imaginemos que temos um carro e nele cabem cinco pessoas, mas precisamos colocar 10 pessoas ali, impossível, o mesmo acontece nos trabalhos, se nosso guia usou dois copos de vinho, ele ira levar os mesmos dois embora, ficando o que bebemos daí para frente sobre nossa responsabilidade.

Com o tempo com certeza nossos médiuns mais novos vão aprendendo a controlar essa ânsia, mas o mais importante em minha opinião é não culpar o guia, dizendo que ele não levou tudo embora, isso é uma covardia, é fácil usar essa desculpa, difícil é assumir nossa falha...

Isso acontece mais frequentemente do que imaginamos, o importante é tirar lição disso e ter certeza que os trabalhos de Umbanda são sérios, erros todos cometemos, mas persistir no erro ai sim o médium estará se desvirtuado.

Confesso que a uns cinco anos após um trabalho de Marinheiros, passei por essa experiência, foi muito confusa, muito constrangedora para mim, pois sei que falhei, mas em momento algum cobrei meu querido amigo Zé do Porto por isso. Daí para frente meu controle melhorou e graças a Oxalá não passei mais por isso.

Assumir uma falha como essa é difícil, mas necessário para outros não passem pela mesma situação.

Pai Joãozinho Galerani
Jornal Nacional da Umbanda - Edição 29

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Relato de Um Médium Suicida - Parte 3 (Última)




Benjamin Teixeira
por um espírito anônimo.

Nesta minha atual fase de existência intermissiva (*8), sou conduzido também pelos orientadores que estariam trabalhando comigo, se estivesse reencarnado… Eu ainda poderia estar aí, desencarnei qüinquagenário. Hoje, estaria quase na casa de 80 anos, já que, conforme planejado, eu só partiria desta última existência material quando meu corpo houvesse ultrapassado a marca dos 85 anos de idade. Vim, por Misericórdia Divina, laborar em regiões bem baixas do umbral – como costumamos denominar, no meio espírita, estas faixas de sofrimento purgatorial do domínio extrafísico de vida. Tornei-me médium nesses ambientes semi-infernais, canalizando, para os padecentes de lá, a Luz do Plano Superior, de modo a, parcialmente, compensar-me pela fuga à minha missão, na condição de medianeiro reencarnado. Todavia, estes trabalhos não são suficientes para o pleno ressarcimento de minha dívida moral para com o Criador. Se houvesse enfrentado minhas provações, corajosamente, eu poderia estar agora a anos luz de distância de onde estagio, espiritualmente.

A dificuldade em perseverarmos nos postos de serviço mais avançados tem a ver com a cultura em nosso ambiente espírita, e nas tarefas religiosas como um todo, que demonstram forte tom conservador, porque a preocupação com a moral e a espiritualidade, paradoxalmente, podem desenvolver uma tendência ao tradicionalismo, ao reacionarismo. Mal alguém revela a intenção de manifestar uma iniciativa de divulgação ou de renovação das idéias ou das atividades e métodos de realização do bem (como é imprescindível, para que acompanhemos o progresso do globo, em todos os sentidos), espoca uma algaravia ensurdecedora, uma legião de resistências grita, em uníssono, um veemente “não”, com múltiplas facetas (e argumentações), puxando o idealista para baixo, pugnando por lhe abafar a voz. Isso, reitero, ocorre em toda parte, até fora dos meios religiosos. Todo vanguardista sofre a adversidade da retaguarda, que luta por sobreviver – esta é uma atitude muito mesquinha, pequena, baixa, hipócrita, venal… De modo algum, condiz com a nossa corrente de pensamento (espírita), que prima pela lucidez, pela criticidade. Então, nós, kardecistas, devemos ser mais críticos, pois que somos livres-pensadores. Não se justifica que se detectem, entre os próprios confrades espiritistas, comportamentos radicais, dogmáticos, de perseguição aos renovadores, de fixação em antigas cosmovisões, como é natural encontrarem-se em outros agrupamentos religiosos, que não se preocupam em buscar uma abordagem científica, nem progressista, em sua essência filosófica. Debelemos, definitivamente, esse tipo de postura viciosa. Vamos dar contas disso depois de desencarnar.

Façamos o esforço de… – como é que eu poderia dizer?… (*9) – nos impermeabilizar a influências negativas, e simplesmente voltar os ouvidos da alma para a voz da consciência, ignorando as sugestões e padrões de sentimento ou argumentação que não estejam em consonância com essa freqüência sublime – esta, sim, respeitável, a única inteiramente confiável: a voz da própria consciência. Agindo desta forma, com completo decoro e rigorosa coerência com nosso ideal e intuição, descobriremos que, apesar de nos fazermos minoritários, no seio das comunidades de que sejamos partícipes, existem pessoas e grupos que concordarão conosco, que partilharão dos nossos valores e prioridades – a exemplo disso, aqui mesmo, no grupo de vocês, já ocorre esta confortadora ressonância de propósitos elevados. Busquemos o aconchego e a retroalimentação das almas que pensam como nós, que privam de semelhante hierarquia de valores. Contudo, ainda que estejamos sós, jamais tergiversemos quanto à linha do dever que nos foi delegado, para a presente existência, seja no plano físico ou no extrafísico de Vida.

Desculpem-me ter sido um tanto prolixo, neste meu depoimento de caráter íntimo, e, em muitos aspectos, emotivo e pessoal. Minha intenção não foi essa, mas sim verificar, por meio de circunlóquios, se havia verbalizado todos os tópicos imprescindíveis da grave temática, para que – justamente pela seriedade de implicações que podem estar envolvidas na discussão de tema tão sério, profundo, complexo, como efeito na vida de milhares, quiçá milhões – não negligenciasse nada que me pudesse consumir a consciência mais tarde – ela, que já está tão ulcerada. Vale considerar, no entanto, que, por mais me esforçasse, aqui, em estender minhas colocações, não conseguiria cobrir nem um décimo do alcance do assunto. Em vista disso, não me preocupei em sintetizar minha exposição ou em evitar prolongamentos da minha fala. Peço desculpas a quem terá o encargo de transcrever esta mensagem psicofonada, por conta do trabalho que terá em fazê-lo, mas acredito que será um empenho benemérito, pelo bem que pode ser gerado, na vida de outras pessoas, auxiliando-as mesmo a não perderem suas encarnações.

A desencarnação é uma coisa medonha, quando chegamos aqui, sem cumprir, em medida razoável, o que nos foi incumbido pelas Autoridades Celestes. Meu Deus!… Como é horrendo saber que perdemos um século de vida e que até teremos que nos organizar e reorganizar, não só individualmente falando, mas coletivamente, aguardando um concerto de circunstâncias, uma orquestração de planejamentos existenciais de inúmeros outros indivíduos, com quem sejamos ligados, pelos fios místicos do carma, para só então podermos voltar ao âmbito físico de existência e reiniciar o que deixamos inacabado ou mal-feito. E, pior do que vários séculos serem consumidos neste processo: é comum não termos, nunca mais, a enchança de fazer o que realmente teríamos realizado, caso houvéssemos cumprido nossos deveres, no tempo certo, visto que muitas obras são intrinsecamente relacionadas a determinadas épocas e fases da evolução planetária. Por esta perspectiva, tem-se uma pálida noção do desperdício gigantesco, do inaquilatável valor de uma oportunidade de serviço medianímico; tão ímpar, tão grave, que é difícil colocar em palavras… São vidas literalmente defenestradas, obras que atingiriam milhares, milhões de pessoas, simplesmente atiradas na lata do lixo cósmico… dos ensejos perdidos para todo o sempre… Este é um prisma de eternidade, que muito ajuda a apreciar, apropriadamente, a importância de cada instante de vida e contato com nossos semelhantes, que os reencarnacionistas costumam malbaratar, pela ilusão de que se poderá fazer mais tarde o que não se faz hoje. Sim, pode-se fazer depois… sabe lá Deus como, com quem, em que circunstância, e, principalmente, sem que se tenha a menor idéia da avultação de dívida e complicações cármicas que se deverão suportar…

Acredito, sinceramente, que tenha alcançado o coração de vocês, não só em relação ao tema da mediunidade, em particular, que foi o tópico central de meu desabafo construtivo, mas também no que pertine às vocações de cada qual. Espero que me levem a sério, que tenham noção da extrema gravidade e relevância do que expus. É curioso, trágico e mesmo deplorável que a maior parte dos encarnados de hoje, na Terra, adie o mais importante de tudo, enquanto dedica, por outro lado, atenção e tempo – a ponto de comprometer a própria saúde – a assuntos urgentes mas não essenciais, como contas a pagar, no final do mês, problemas familiares ou orgânicos, e todo tipo de questão profissional ou acadêmica. Tais problemáticas são até respeitáveis; entrementes, como se pode esquecer ou considerar em segundo, terceiro ou centésimo plano o ouvir o próprio coração, a voz da própria consciência, a matéria mais fundamental, entre todas. Como lecionou nosso Mestre Maior: “Buscai, primeiramente, o Reino dos Céus e sua justiça, e o demais se vos acrescentará.” Não precisaríamos dizer, mas vale recordar: nunca se edificará algo de valor, que seja essencial ao próprio espírito eterno que se é, preso ao padrão de viver no afã de atender a emergências, solucionar urgências, ou, como se diz no popular, apagar incêndios.

Peço desculpas, pelas eventuais falhas de raciocínio e clareza na exposição das idéias, em virtude de minhas limitações. Mas importa registrar que me faço, nesta ocasião, porta-voz dos orientadores do Plano Sublime. Recebo, por exemplo, inspiração da mestra maior da casa, Eugênia, que assiste esta comunicação, pelo seu particular interesse de ver tal depoimento divulgado em massa. Agradeço a oportunidade, a honra de ter conseguido, quem sabe (?), ser útil, com meu testemunho pessoal, relato de um grande desviado do próprio caminho; e espero estar, um dia, mais uma vez, entre os prezados companheiros (sabe lá Deus quando), pelas portas da reencarnação, reiniciando a minha parte na tarefa que hoje vocês têm a bênção de viver. Tenho disso a amarga convicção (amarga, porque a menoscabei criminosamente): é uma dádiva de valor inestimável, não dá para se ter idéia de quão preciosa é a oportunidade de estar reencarnado nos dias que correm, em uma atividade espírita, de mente aberta para o futuro, como a que aqui se desdobra. E lamento, profundamente, notar que alguns estão entediados, ou pouco motivados, ou quase se desligando, condenando-se ou condenando o(s) outro(s), preocupando-se com as próprias ou as falhas alheias – coisas tão pequenas –, enquanto há tantas realizações, tão grandes e sérias a serem desdobradas, incontáveis vidas a serem salvas do suicídio e da loucura, das obsessões, da angústia, da infelicidade de não saber que Deus existe, que os amigos espirituais sempre assistem, que a prática da oração e do bem propiciam a materialização da felicidade, na Terra mesmo, no transcurso das reencarnações… Não fazem idéia vocês do desperdício que representa deixar de vivenciar este ensejo bendito plenamente, de quantos invejam, desencarnados, seu lugar, de quantas almas (na própria dimensão física), inclusive, desejam sua posição. Muitos há que estão tropeçando em pérolas no caminho, supondo tratar-se de pedras… Não são pedras! São pérolas! E quão ingratos somos nós, seres humanos, dragões de egoísmo e capricho, reclamando por não se apresentar o caminhar muito confortável, por sentirmos pedrinhas debaixo dos pés! Sim… às vezes, são pedras mesmo… mas pedras preciosas! O ônus que pagamos é insignificante, para o bônus de jornadear sobre gemas de infinitas bênçãos de Deus! Suspendamos a lamúria viciosa e mórbida, e reconheçamos as graças do Ser Todo-Amor! Extingamos, veemente, imediata e definitivamente, esta fixação blasfema e autodestrutiva no pior ângulo da vida! Vamos abolir, de uma vez por todas, esta loucura suicida nossa – de nós, seres humanos (mormente os ocidentais, racionais demais) –, esta esquizoidia quase cínica de reclamarmos de tudo o tempo todo, em lugar de agirmos mais, servirmos mais, agradecermos mais (o que nos viabilizaria, realmente, a felicidade). Paremos de nos lamentar e ajamos… a própria palavra “re-clamar” significa “clamar de novo”, reagir e repetir o ineficiente. Vivamos, ao contrário, o universo revolucionário e transformador, em três progressivas dimensões: a da ação, a da pró-ação e a da criação! As pessoas estressam-se reagindo ao que na verdade não é inerentemente negativo, e sim produtivo, constituindo, amiúde, um convite para o desenvolvimento de um talento, um incentivo a uma boa ação. O que mais é foco de fúria, revolta e desespero costuma se revelar uma experiência de finalidade construtiva, originalmente, porque propulsora à autotranscendência do indivíduo.

Não pretendemos dizer, com isso, que as pessoas vão deixar de sofrer tristezas, mágoas, momentos de desânimo ou mesmo de quedas morais. Entretanto, poderíamos fazer muito mais do que nos imaginamos ser capazes de fazer e do que de fato realizamos, no campo do bem. Somos adultos! Tornemo-nos um pouquinho mais maduros! Não estaríamos sendo muito caprichosos, com tanto queixume, com tanta sensação de vazio? Ao invés de preencher esse vazio interior com lágrimas, esperando que o mundo venha resolver nossos problemas, deveríamos preenchê-lo com sorrisos, no serviço solidário, em nos mobilizar pelo bem comum. Quase sempre os motivos das lágrimas são coisas risíveis, o que não temos como perceber, no momento que surgem. Todavia, mais cedo ou mais tarde, reconheceremos não terem passado de meras ninharias. Se, porém, nos puséssemos no empenho constante de trabalho benemerente, dedicando-nos a auxiliar nossos semelhantes, em situação muito pior do que a nossa, veríamos que a circunstância que se nos afigurava absurdamente injusta e insuperável não era nada daquilo que nos parecia em princípio.

Deus os abençoe a todos. Peço-lhes escusas, novamente, pela minha abordagem de tom muito franco (e, por isso, certamente menos agradável), mas que se compreenda que assim o faço, porque, daqui, não temos espaço há nenhum subterfúgio ou justificativas para nós mesmos e nossos vícios. Quando nos ligamos ao Plano Superior, perdemos completamente o verniz da diplomacia, da política das interações interpessoais, sobretudo ao tratar de questões muito graves, como a que ventilamos hoje. Jesus, revirando as bancas do templo, nos dá uma idéia de quão pouco política pode vir a ser uma mensagem que provenha, genuinamente, do Domínio Excelso de Consciência. Minha função, ante os prezados irmãos em ideal, não foi lhes trazer afagos emocionais (que normalmente amolentam o caráter), mas exatamente oferecer um presente muito maior, um sacolejo moral, a fim de que não menoscabem e percam, como eu desperdicei, esse ensejo especialíssimo de trabalho e serviço ao próximo, oportunidade esta que provavelmente nunca mais se repetirá, conforme agora se apresenta, na vida de cada um de vocês. Isso bem demonstra a verdade inconteste da máxima que assevera haver uma eternidade em cada instante. Ninguém terá como dimensionar o que digo, a não ser chegando do Lado de Cá, tarde demais para reparar-se pelos erros cometidos, principalmente pelas omissões permitidas. Não aguardemos ocasiões futuras, porquanto elas podem nunca mais vir a acontecer…

Se alguém supuser que insinuo culpa ao falar desta forma, transforme culpa em ação construtiva. É preciso se compensar pelo tempo perdido, antes da chegada do momento crítico da desencarnação, que pode ocorrer a qualquer hora e lugar. Sempre é tempo de a pessoa recorrigir sua rota, duplicar, decuplicar o que poderia fazer, ressarcindo-se, assim, por suas negligências, pedindo ajuda a Nosso Senhor Jesus, para multiplicar esses recursos de gerar o bem. Não importa em que idade demos início ao nosso compromisso com o bem, mas que o encetemos agora, sem mais procrastinações, sem mais nos permitir paralisar por racionalizações falaciosas, não importando quanto tenhamos nos equivocado ou sido omissos no passado. O que importa é agirmos agora, porque estaremos nos posicionando a agir no futuro também, em função desta nossa eternidade fundamental, em nome dos orientadores desencarnados, sobremaneira dos espíritos-espíritas.

Despeço-me, pois, deixando-os com o meu voto, muito sincero e ardoroso, de que apliquem, sistematicamente, nossa sugestão, não ficando apenas na empolgação do momento, esquecendo-se de tudo posteriormente, ao retornarem à rotina da vida profissional e familiar, entregando-se aos mesmos vícios da lamúria contínua, quais se fossem crianças… animalizadas, dementadas, a caminho de pesadelos muito maiores, na outra dimensão de existência… enquanto as aguardam situações bem mais dolorosas, em reencarnações muito mais difíceis, quando então terão que agradecer pelas dores que lhes bafejarão o destino, em vez de reclamar – como hoje fazem – pela felicidade que os beneficia. Fiquem com Deus.

(Mensagem recebida psicofonicamente, no transcurso de reunião mediúnica fechada do Instituto Salto Quântico, em 11 de março de 2008. Transcrição de Úrsula Rangel. Revisão de Delano Mothé.)

(*8) Período de vida, no mundo espiritual, entre reencarnações.

(*9) Achamos correto preservar este solilóquio do autor desencarnado, em seu ditado original, dando nota de sua humanidade e espontaneidade, que ele primou por deixar clara, assim demonstrando seu esforço em concatenar idéias e articular os raciocínios com o vocábulo mais apropriado a comunicá-las, como é comum fazermos, no dia-a-dia, todos nós, encarnados.

(Notas do Médium)

Ouça os Pontos da Linha de Esquerda da Umbanda

A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

Caboclo Índio Tupinambá

Caboclo Índio Tupinambá
"...Onde quer que Você esteja... meu Menino... Estarei Sempre com Você... Anauê!"

Luz Crística

Pense Nisso...

"Estudo, requer meditação. A meditação leva a conclusões. E as conclusões fazem com que as pessoas modifiquem os seus hábitos e suas atitudes" – Dr. Hermann (Espírito) por Altivo Pamphiro (Médium)

Obras Básicas da Doutrina Espírita - Pentateuco Espírita

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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