Caboclo é um Mistério na Umbanda, uma linha de
trabalho, uma falange, um grau, o identificador de entidades que trabalham
nesta vibração que está ligada ao Orixá Oxossi, o Orixá das Matas.
Existem caboclos de todos os Orixás e todos têm
algo em comum que os identificam como tal presentes em sua forma de
apresentação.
Nossa essência, nosso, espírito, não têm cor, nem
raça. Muitos podem entender o que isto quer dizer, mas viver assim só é
possível para aqueles que já se desapegaram da matéria e de sua
individualidade, não vivem ou trabalham apenas para si e sim para o todo.
Assim são os Caboclos. Poderíamos escrever páginas
e páginas falando sobre o Caboclo na Umbanda, mas, talvez o mais importante, é
que eles não sejam subestimados, pois apenas uma coisa é certeza: Embora não
pareça, todos eles são muito mais que caboclos. Fato que apenas não é visível
ao leigo, pois como caboclos, foi apenas a forma que eles escolheram para se
manifestar.
Folclore: Gustavo Barroso (Ao som da Viola, Rio de
Janeiro, 1921) fixou o “Ciclo dos Caboclos” (403-419) com documentário poético
e anedotal. O caboclo no folclore brasileiro é o tipo imbecil, crédulo,
perdendo todas as apostas e sendo incapaz de uma resposta feliz ou de um ato
louvável.
Gustavo Barroso lembra que essa literatura
humilhante é toda de origem branca, destinada a justificar a subalternidade do
caboclo e o tratamento humilhante que lhe davam.
Devíamos escrever Caboco, como todos pronunciam no
Brasil, e não Caboclo, convencional e meramente letrado. Caboco vem de Caá,
Mato, Monte, Selva; e Boc, Retirado, Saído, Provindo, Oriundo do Mato, exata e
fiel imagem da impressão popular, valendo o nativo, o indígena, caboco´bravo, o
roceiro, o matuto´bruto, chaboqueiro, bronco, creduo, mas, vez por outra,
astuto, finório, disfarçado, zombeteiro. Cabôco, e a pronuncia nacional, mesmo
para os letrados que escrevem “caboclo”, Caá-Boc, tirado ou procedente do mato,
registra Mestre Thedóro Sampaio.
Depois de toda esta explicação de Câmara Cascudo,
fica claro o que quer dizer a figura do caboclo em nossa cultura.
Com a dizimação do índio em nosso convívio, o tempo
vai dissociando sua imagem da palavra, e cada vez mais o vocábulo caboclo vai
se tornando na figura de linguagem um homem simples.
Os espíritos que militam na Umbanda, se dividem em
falanges ou povos, sejam de caboclos ou de pretos-velhos, baianos, boiadeiros,
marinheiros, crianças, ciganos, exu e pomba-gira.
Vemos uma identificação despersonalizada de ego que
caracteriza aqueles que estão acima da identidade individual, ou seja, as
entidades na maioria das vezes não usam seus nomes de batismo, estando aquém de
qualquer identificação, transcenderam a individualidade.
São muitos espíritos que usam o mesmo nome como:
Pena Branca, Pena Verde, Pena Roxa, Pena Vermelha, Pena Dourada, Flexa Branca,
Folha Branca, Sete Flexas, Sete Penas, Sete Folhas, Sete Montanhas, Ventania,
Rompe Mato, Urubatão, Ubirajara, Aimoré, Tupinambá, e outros.
Chegamos até a encontrar num mesmo terreiros dois
ou mais caboclos que usam o mesmo nome, pois não é seu nome como indivíduo, e
sim, um nome que identifica seu trabalho e a força que o rege.
Por exemplo, Pena Branca é de Oxossi e Oxalá; Pena
Dourada é de Oxossi e Oxum; Sete Montanhas de Xangô; Ubirajara de Oxossi e
Ogum, etc.(1)
SONORIDADE DOS CABOCLOS
É possível falar-nos sobre a magia das cantigas e
sonoridades dos caboclos da Umbanda, descendente do magismo tribal mais antigo
do planeta?
A estreiteza de opinião oriunda do desconhecimento,
aliado ao preconceito, favorece as “superioridades” doutrinárias e as
interpretações sectárias.
Os fundamentos dos mantras e seus efeitos curativos
(vocalização de palavras mágicas) fazem parte dos ritmos cósmicos desde os
primórdios de vossa civilização. Os vocábulos pronunciados, acompanhados do
sopro e das baforadas, movimentam partículas e moléculas do éter circundante do
consulente, impactam os corpos astral e etérico, expandindo a aura e realizando
a desagregação de fluidos densos, miasmas, placas, vibriões e outras
negatividades.
Assim como as muralhas de Jericó tombaram ao som
das trombetas de Josué, os cânticos, tambores e chocalhos dos caboclos
desintegram poderosos campos de força magnetizados no Astral, bem como o som do
diapasão faz evaporar a água.
Os infra e ultra-sons do Logos, o Verbo sagrado,
deram origem ao Universos e compõem a tríade divina: som, luz e movimento.
Como o macrocosmo está no microcosmo, e vice-versa,
se pronunciardes determinadas palavras contra um objeto ou ponto focal no
Espaço, mentalizando a ação que esse som simboliza, será potencializada a
intenção pelo mediunismo do caboclo manifestado no médium, e energias
correspondentes serão movimentadas. Ao mesmo tempo, cada chacra é uma antena
viva dessas vibrações que repercutirão nas glândulas e nos órgãos
fisiológicos,alterando os núcleos mórbidos que causam as doenças, advindo
as”notáveis” curas praticadas na Umbanda.
É comum religiosos e exímios expositores de outras
doutrinas acorrerem a ela,sorrateiramente, às escondidas, com os filhos ou eles
mesmos adoentados, ditos incuráveis pela medicina materialista, tendo sua saúde
reinstalada, para depois nunca mais adentrarem um terreiro. A todos o manto da
caridade dá alento, sem distinguir a fé fragmentada de cada um.(2)
Okê Cabclo, Salve Oxóssi!
Fonte:
(1) Alexandre Cumino
(2) Norberto Peixoto e o
Livro A Missão da Umbanda
SALVE UMBANDA SAGRADA,SACERDÓCIO PURO,SABEÍSTA,MONISTA,UNIVERSALISTA E KÓSMICO!!! Excelentes as matérias para nosso esclarecimento,parabéns.Aqui deixo consignado o seguinte - saibamos DISCERNIR,distinguir mesmo,pois há inúmeras pessoas,lamentavelmente,portadoras de mediunidade em desequilíbrio,por força de seus egos inflados,vingativos,eivados de todo tipo de negatividade. Há,mais grave ainda, pessoas que evocam tal ou qual guia ou orixá,para atingirem tal ou qual desafeto,por meio de espurcícias,de magias sujas ( pelo emocional revanchista atrabiliário) - e,ESTANDO O ALVO IMENSAMENTE PROTEGIDO,eis que toda e qualquer negatividade volta-se para quem envia,pela linha de menor resistência e de máxima potência. Até porque,ao evocarem-se tais ou quais guias ou orixás,O QUE ATENDE ao bruxo/a em desequilíbrio é SEMPRE a horda de kiumbas - obsessores,mistificadores,tal que o feiticeiro/a malévolo/a, mais hoje,mais amanhã,aqui ou mais adiante,há de deparar-se com as forças negativas às quais,aliás,acaba por escravizar-se,CASO NÃO BUSQUE O EQUILÍBRIO ATEMPADAMENTE. Umbanda é LUZ,AMOR,FRATERNIDADE - o que se opõe a tais nobres valores resvala em sombras e em trevas.Inclusive,sim,aqui na web,CAUTELA COM A TELA,afastemo-nos rapidinho e para sempre de obsedados e mistificados pelo demoníaco espírito da soberba imoderada e do revanchismo espurco. Leitura excelente na web, leiam PSICOGRAFIA VIDA ETERNAMENTE VIVA,ótimo conteúdo,realmente.Estou imensamente feliz,inclusive,ao postar este comentário.DEUS ABENÇOE A TODOS OS HUMANOS DE BEM,LIMPOS E DIGNOS, AGORA,SEMPRE,PARA SEMPRE!!!
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