A bondade do Pai Todo Poderoso permite a constante revelação através da mediunidade, ou seja, indivíduos capazes de colocarem em contato mais direto os dois planos de vida, seja através da incorporação, intuição, vidência, de cura, psicofônicos “através da fala”, psicógrafos “através da escrita”.
As principais finalidades da comunicabilidade entre os dois mundos “espiritual e material” são as necessidades de esclarecimento, instrução e orientação aos homens, veicular informações importantes relacionadas ao nosso progresso intelecto-moral, base fundamental da evolução e crescimento dos seres.
Apesar de tudo isso, muitos médiuns não aceitam vivenciar a proposta espiritual que vieram cumprir. Sabemos que a não aceitação é devido aos condicionamentos e à falta de conhecimento dos seus próprios atributos e compromissos assumidos no plano astral.
A sabedoria está em admitir e tratar a mediunidade naturalmente. Os médiuns conscientes, estão constantemente resistentes aos novos fenômenos que lhes acontecem, pois a sua consciência continua ativa. Esse fenômeno causa ao novato dúvidas quanto a veracidade das comunicações, traduzindo-as lentamente, e (mesmo) não sendo estas de seu conhecimento ou aprendizado, assim mesmo duvidam das tais. É imperioso que o médium ao transmitir uma comunicação esteja atento para não interferir no contexto, ou até mesmo distorcer a mensagem, transmitindo-a de maneira incorreta ao que lhe está sendo passado.
No entanto, a mediunidade deve ser encarada e estudada seriamente, não devendo confundir experiência – que deverá ser, além do estudo contínuo, também de muita prática – e não simplesmente ser considerada como uma aptidão, deixando-a como um produto da organização física.
É normal e até comum o guia transmitir a mensagem e o médium verbaliza-la com suas próprias palavras, desde que não haja influência no contexto das mesmas. Com o desenvolvimento e aprimoramento das incorporações o novato passa a sentir-se mais seguro, e com o tempo e o trabalho direto com os guias, a transmissão das comunicações é feita com maior facilidade e presteza, sem a hesitação do seu início, esse resultado só poderá ocorrer com a persistência continua e regular. O médium experiente passa a ter consciência e condições de perceber e distinguir o Espírito comunicante.
O estudo e o desenvolvimento da moral do médium sempre se faz necessário, pois para que as comunicações possam interagir-se, o espírito comunicante “guia” necessita de um bom interprete, e o médium sendo um intermediário preparado, passa a ser um instrumento apto, mantendo-se passivo para não interferir e misturar suas próprias idéias no contexto das comunicações, no entanto, nunca permanece inteiramente nulo.
Já os médiuns que são inconscientes, não interferem nas comunicações, pois estando eles totalmente passivos e inertes, o “guia” transmite os seus pensamentos e comunicações sem nenhuma resistência física, assim produzem espontaneamente os fenômenos, sem intervenção da (própria) vontade do médium. No entanto, esses (médiuns) já o são raríssimos, pelo fato de não ser mais tão necessário à possessão como outrora, já não tendo necessidade de tal tipo de incorporação.
Entretanto, se faz mister tantos para os médiuns conscientes ou inconscientes, que procurem aprender e manter discernimento na sua conduta moral e de suas relações sociais em sua vida pessoal, para não cair nas garras de espíritos maliciosos e ou enganadores.
A pratica mediúnica supera pouco a pouco a nossa insegurança inicial, os nossos desajustes, reequilibrando-nos em nossa personalidade, por ser ela a nossa bússola, devemos desenvolve-la sem complicação, mantendo a nossa mente livre e confiante “livre do medo e das inseguranças infundadas, da pretensão vaidosa, dos interesses mesquinhos, e confiantes nas leis da vida e na integridade do ser” tornando assim a nossa mente aberta e flexível.
Os médiuns de boa vontade devem trabalhar para eliminar os seus defeitos. E é através do trabalho constante com seus guias, os quais através da incorporação, transmitem seus fluídos benéficos de entusiasmo e perseverança para seus filhos amados. Mostram com humildade a grandeza e o amor para com todos, consolando os aflitos, ensinando com grandeza e presteza os embates de suas vidas. Ensinam que as tempestades que assolam a humanidade são deslizes do próprio ser humano pela sua ganância e egocentrismo, mostrando-nos que dos tempos difíceis a alma regenera, pois a dor é um grande remédio para os desviados buscar a ligação com Deus.
“Que possamos caminhar na luz e nos domínios do Criador!”
Por Isabel Sanches
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