Antes de tratarmos das velas é necessário que falemos sobre o fogo, um
dos quatro elementos.
Triste deveria ser, em tempos remotos, a vida do homem sem o fogo. A
única fonte de luz que conheciam era o Sol. Nada lhes garantia que esse
benfeitor, ao desaparece todas a tardes, não os abandonasse definitivamente ao
final de cada dia.
Apavorado, fugia quando uma descarga elétrica provocava algum incêndio.
Sua condição de ser racional, com certeza já preparado para o conhecimento,
imaginava ser uma vingança dos deuses. Raiou, porém, o dia em que descobriu um
processo de, por intermédio do atrito, obter aquilo que mudaria toda a sua
história e seu destino, colocando os demais seres vivos em maior desvantagem
que antes. O homem era capaz de obter o fogo no momento em que desejasse, de
mantê-lo aceso e de transportá-lo. Era o início do domínio das travas. Passou a
ser um mágico que podia obter e controlar um elemento espetacular.
A partir do momento em que começou a usar o raciocínio e a inteligência,
abstraindo-se de coisa materiais, o homem passou a ter um fascínio pelo fogo. A
luz sempre representou o poder do bem para a humanidade. Em contraste, a
escuridão significava ignorância, estupidez, maldade e apego ao materialismo.
Esse elemento, despertando um ar de mistério e magia, aproximava-o de
algo superior que ele não compreendia. Assim, desde a antiguidade vem
utilizando a chama para simbolizar a magia. Achava-se que o verdadeiro mago era
aquele que sabia manipular as forças da natureza, com o objetivo de atrair
harmonia, de expandir a consciência e de promover o amor universal.
Um dos mais poderosos elementos da natureza, o fogo, esteve sempre
associado, entre outros atributos, à transmutação e à purificação. Nos textos
da Bíblia, Deus manifestou-se a Moisés em forma de línguas de fogo, daí se usar
as velas como forma de magia. Uma ou mais velas, consoante o caso e
necessidade, ativam os nossos pensamentos e forças da natureza serão ativadas.
Por isso a luz da vela simboliza a vida ascendente e da luz da alma.
O fogo é o elemento da mudança, desejo e paixão. De certa forma, contém
dentro dele todas as formas de magia, pois a magia é um processo de mudança. A
magia de fogo pode ser assustadora. Os resultados se manifestam rápida e
espetacularmente. Não é um elemento para os de pulso fraco. Entretanto, é o
mais básico e elementar, sendo por isso muito utilizado. Está ligado ao domínio
da sexualidade e da paixão. Não é apenas o "fogo sagrado" do sexo,
mas também a centelha de divindade que brilha dentro de nós e de todos os seres
vivos. É ao mesmo tempo o mais físico e o mais espiritual dos elementos. Seus
rituais de magia envolvem energia, autoridade, sexo, cura, destruição (de
hábitos negativos e males), purificação, evolução, e assim por diante.
As purificações, em que pese suas utilizações religiosas e filosóficas,
são anteriores e independentes dessas próprias religiões. E é por serem
independentes das religiões que, talvez, sejam usadas pela Maçonaria, o que
aliás vem a fortalecer o princípio da liberdade de culto que, por nós, é
pregada.
Diferentemente do conceito materialista, a purificação religiosa é a
limpeza espiritual, enquanto que a purificação maçônica abrange três campos bem
diferentes, quais sejam: o material, o mental e o astral. Em nossos ritos,
aprendemos que os antigos conheciam como elementos de prova e purificação, o
fogo, a água, o ar e a terra. É isso que aprendemos logo na Cerimônia de
Iniciação Maçônica, quando o candidato passa por essas purificações.
A purificação do fogo, por ser o elemento mais ativo das purificações,
ainda é a mais usada, mesmo quando utiliza outros componentes como as velas,
turíbulos, piras ou vasos. As purificações pelos outros elementos ar, água e
terra, possuem um mesmo significado e objetivo, apenas utilizando-se de outras
formas e maneiras de realizá-las.
O livro “A Simbologia das Velas”, de Antônio Carlos G. Fernandes, aborda
a purificação de HiramAbif, pelo fogo. Infelizmente não posso comentá-la em
face de inúmeras referências que se relacionam ao Grau de Mestre Maçom.
Pesquisando o “Dicionário de Maçonaria”, de Joaquim Gervásio de Fiqueiredo,
encontramos referências ao fogo nos diversos graus simbólicos e filosóficos. O
que podemos deduzir, mesmo sem conhece os mistérios dos graus superiores é que
o fogo acompanha o maçom durante toda a sua evolução simbólica e filosófica, na
constante e eterna busca da verdade.
Um Ritual de Fogo geralmente envolve defumação, a queima ou o
chamuscar de uma imagem, ervas ou outro objeto inflamável, ou a utilização de
velas ou pequenos fogareiros. Sua magia é normalmente praticada próxima à
lareira, ou ao lado de fogueiras acesas em clareiras ou junto à chama de uma
simples vela.
Toda magia das velas é regida pelos poderes do fogo. Tudo que ela
estimula só ocorre quando é acesa. O que faz dela um símbolo, ou um veículo de
estímulos, é o fogo. É por isso que ele está sedo abordado com tamanha
insistência.
O fato de ser um elemento poderoso fez com que os antigos o cultuassem e
muitas religiões passaram a considerá-lo como um símbolo do divino. Seu
significado religioso ainda é evidenciado nos altares de muitas das principais
religiões do mundo. Que altar católico estaria completo sem velas acesas? A
presença delas em altares durante a missa não é acidental. Elas liberam sua
própria energia, assim como o olíbano fumegante, nos incensários brilhantes, e
como as preces do devoto.
A chama brilhante de uma vela, ou uma grande labareda de uma fogueira no
topo de uma montanha são ambos objetos de poder que podem ser utilizados na
magia.
A magia das velas voltou a ser enormemente popular, talvez por ser
simples e eficaz. Apesar de ser talvez a única forma de Magia do Fogo
prontamente disponível, está longe de ser a única atualmente. Outras formas
existem. A magia do Fogo pode ser praticada sempre que um fogo puder ser
seguramente aceso. Uma lareira interna ou externa, uma churrasqueira, um
canteiro limpo ou um buraco especialmente cavado, cercado de pedras ou tijolos;
qualquer coisa funciona, desde que o fogo possa ser aceso com segurança numa
área na qual você tenha privacidade para praticar sua magia.
As velas, há séculos, vêm conferindo mais poder às magias e aos rituais,
pelo fogo e pelo simbolismo mágico. Até nos dias de hoje, as velas fascinam.
Alguns acreditam que o reino da natureza é habitado por espíritos que estão
associados às plantas, aos animais, aos minerais, à água, ao fogo e ao próprio
ar. Esses espíritos, também conhecidos como seres elementais[1][1],
dão "alma" a absolutamente tudo o que existe na natureza: às pedras, à
terra, ao vento, às folhas. Estando presentes em todos os ritos e nas mais
diferentes liturgias, as velas associam dois fatores muito importantes: a força
dos entes espirituais ligados ao fogo e os poderes associados às cores.
E essa associação às cores deu origem àquilo que se acredita ser a
cromoterapia das velas.
A vela é o mais simples e mais poderoso instrumento de trabalho. Alguns
acreditam até que ela, por si só, engloba os quatro elementos: terra, fogo, ar
e umidade. É a mensageira de nossos desejos, continua por nós a nossa vigília.
Ela está presente na alegria e na dor, na fé, na devoção e até na cura. É
companheira de todas horas!
Acredita-se que um dos mais importantes requisitos, ao se acender uma
vela, seja a sua cor. A cor é um poderoso auxiliar, pois todas as cores estão
associadas às emoções e desejos humanos e vibram com energias diferente. Por
exemplo, o vermelho e o negro vibram mais devagar que o branco e o azul. Assim,
impressionam os nervos óticos e causam diferentes reações no observador.
VEJAMOS
ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE O SIGNIFICADO DAS CORES:
Amarela: representa o intelecto, criatividade, unidade,
trazendo o poder da concentração e da imaginação para o ritual; usada em
rituais que envolvam confidências, atração, charme, persuasão, aprendizagem,
quebra de bloqueios mentais e para estimular os estudos; simboliza também a
energia solar, ação, inspiração e mudanças súbitas.
Dourado: simboliza a compreensão e atrai as influências dos
poderes cósmicos; beneficia rituais para atrair dinheiro ou sorte rapidamente;
simboliza a energia solar; usada em rituais para remover a negatividade,
encorajar e trazer estabilidade.
Azul: cor espiritual para
rituais que necessitam de harmonia, luz, paz, sonhos, saúde, magia que envolva
honra, bondade, tranqüilidade, verdade, conhecimento, proteção durante o sono,
estabilidade, projeção astral, rituais que envolvam sonhos proféticos, calma,
criatividade, paciência, para estabilidade no emprego, sabedoria, poder oculto,
proteção, compreensão, fidelidade, harmonia doméstica e paciência.
Índigo: é a cor que representa a inércia; usado para parar
pessoas ou situações; destinado a rituais que requeiram um elevado estado de
meditação; neutraliza o feitiço lançado por alguém, quebra maldições, mentira
ou competição indesejada.
Azul Royal: simboliza e promove alegria e jovialidade; usado
para atrair a energia de Júpiter ou para qualquer energia que você queira
potencializar.
Azul Claro: cor espiritual; ajuda nas meditações de devoção e
inspiração; traz paz e tranqüilidade para a casa.
Branca: é a mistura de todas as
cores; usado no alinhamento espiritual, na meditação, no exorcismo, rituais que
envolvam cura, paz, pureza, alto astral, consagração, clarividência, verdade,
força espiritual, energia lunar, limpeza, saúde, poder, totalidade; usado em
geral para todos os pedidos e quando você não souber a cor correspondente para
o seu pedido.
Laranja: empregada em rituais para estimular energia,
alcançar metas profissionais, justiça, sucesso e em geral para a criatividade.
Marrom: usado nos pedidos para localizar coisas perdidas,
para melhorar os poderes de concentração e telepatia, proteção de familiares e
animais domésticos, equilíbrio, para rituais de força material; elimina a
indecisão, atrair o poder da concentração, estudo, telepatia, sucesso
financeiro.
Preta: para afastar mau-olhado, limpar a negatividade,
abrir os níveis do inconsciente; usado em rituais para induzir um estado de
meditação; simboliza a reversão, desdobramento, discórdia, proteção,
libertação, repele a magia negra e formas mentais negativas.
Púrpura ou Roxa: atua nas
manifestações psíquicas, na cura e nos rituais envolvendo poder, idealismo,
progresso, quebra de má sorte, proteção, honra, e para afastar o mal.
Verde: estimula a fertilidade, sucesso, sorte,
prosperidade, rejuvenescimento, dinheiro, ambição, saúde, finanças, cura,
crescimento, abundância, generosidade, casamento, equilíbrio e harmonia; usadas
em geral para desejos de cura e sorte.
Verde Esmeralda: representa
o amor, fertilidade e relação social.
Verde Escuro: cor da ambição, cobiça, inveja e ciúme.
Vermelha: exalta a saúde, energia,
potência sexual, paixão, amor, fertilidade, força, coragem, vontade de poder,
aumento do magnetismo em um ritual; para a superação do medo, preguiça,
vingança, atingir metas.
Cinza: cor neutra; ajuda a meditação; na magia, esta cor
simboliza confusão, mas também neutraliza as forças negativas.
Prateada ou Cinza Claro: poder de
influências cósmicas, rituais de honra aos poderes do Sol, remove a
negatividade e encoraja a estabilidade; ajuda a desenvolver as habilidades
psíquicas.
VEJAMOS
ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE O SIGNIFICADO DO FORMATO:
Pirâmide: representa as realizações materiais.
Cilíndricas: servem para tudo.
Animais: para representar o seu animal protetor ou
estimado.
Lua: para acentuar sua energia intuitiva.
Cone ou Triangulares: simbolizam
o equilíbrio; tem três planos: físico, emocional e espiritual.
Velas Cônicas: são voltadas para cima e significam o desejo de
elevação do homem, sua comunicação com o cosmos.
Velas Quadradas: simbolizam
estabilidade na matéria; seus lados iguais representam os quatro elementos:
Terra, Água, Fogo, Ar.
Velas em Formato de Estrela de Cinco Pontas: é o símbolo do homem preso na matéria.
Velas Redondas: simbolizam
mudança e a energia mais pura do astral, que só a mente superior alcança.
VEJAMOS
ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE O SIGNIFICADO DA CHAMA
Chama azulada: pede paciência, pois seu pedido logo será
realizado.
Chama amarela: sua felicidade esta próxima.
Chama vermelha: seu pedido
está sendo realizado.
Chama brilhante: seu pedido
está tendo êxito.
Chama que levanta e abaixa: se
concentre no seu pedido, pois a sua mente está muito tumultuada.
Chama que solta fagulhas no ar: pode haver
algum desapontamento ou aborrecimento antes do seu pedido se realizar.
Chama que parece uma espiral: não comente
com ninguém sobre seu pedido, pois alguém próximo poderá atrapalhar.
Chama enfraquecida: é preciso
reforçar seu pedido.
Chama que permanece baixa: esta não é
ainda a hora de seu desejo se realizar; há uma necessidade de você cuidar
primeiro do seu astral.
Chama que vacila: poderão
ocorrer algumas transformações (necessárias), antes que seu pedido se realize.
Sempre acendam suas velas com fósforos, nunca com isqueiros. Nos rituais
acenda antes uma vela intermediária e com ela acenda as demais. Nunca vire uma
vela depois de acesa. Coloque um fósforo, ou outra vela, aceso (a) em baixo
dela, para derreter o bastante para você grudá-la no apoio ou castiçal. Você
não deve assoprar uma vela para apagar, apague sempre com um apagador ou com os
dedos. Considera-se que o sopro é a expressão de nossa Força Vital e que, por
isso, não deve ser utilizado para fazer desaparecer o próprio símbolo da vida,
que é o fogo. Pode parecer estranho, mas isso tudo é praticado por aqueles que
acreditam e pelos que não acreditam nas razões místicas desses atos.
ALGUMAS
OUTRAS CRENÇAS:
- VELA QUE NÃO ACENDE DE IMEDIATO
O seu Anjo da Guarda poderá estar com algumas dificuldades, para
entender o seu pedido, o astral à sua volta pode estar negativo.
- VELA QUE ESTÁ A ARDER COM A LUZ AZULADA
Indica, nesta altura que tudo o que pediu irá correr bem pois o Bom Anjo
o (a) protege Muito Bem.
- CHAMA QUE ARDE INTERMITENTE
Prova que de fato o seu anjo terá algumas dificuldades, mas o seu pedido
poderá sofrer algumas mudanças espirituais.
- LUZ QUE ARDE SUBINDO E DESCENDO (INQUIETA)
Significa que está com problemas, você pensa em vários assuntos ao mesmo
tempo e que está em perturbação espiritual.
- CHAMA OU LUZ QUE PRODUZ SONS ESTRIDENTES OU SOLTA FAGULHAS
Espiritualmente, o seu Anjo de Guarda, colocará alguém no seu caminho,
para comunicar o que pretende, mas preste atenção, antes de ver o seu pedido
realizado, poderá sentir-se ansioso (a).
- CHAMA OU LUZ QUE ARDE EM ESPIRAL
Tudo quanto foi pedido espiritualmente o seu Anjo de Guarda absorveu, e levará
os seus pedidos a serem realizados.
- CHAMA CUJO PAVIO SE DIVIDE EM DOIS
Os seus pedidos foram feitos de forma muito duvidosa e o seu Anjo de
Guarda teve dificuldade em atender aos seus pedidos.
- CHAMA OU LUZ MUITO BRILHANTE
Pedidos feitos com fé e espiritualmente elevados que lhes trará muita
sorte, prosperidade, harmonia e triunfo (o seu Anjo de Guarda, está feliz).
- CHAMA OU LUZ FAZENDO A VELA BABAR-SE
Os seus pedidos foram feitos sem fé, em desarmonia espiritual, faz com
que o seu anjo sinta dificuldade de realizar os seus pedidos.
- CHAMA COM DIFICULDADES DE QUEIMAR A VELA
Espiritualmente necessita iluminar mais vezes o seu Anjo de Guarda, para
poder obter uma boa afirmação, no momento em que acender a vela ao seu Anjo de
Guarda.
- CHAMA QUE SE EXTINGUE AINDA COM CERA BASTANTE NA VELA
Será ajudado (a) nos seus pedidos mais difíceis de resolver, mas terá
que resolver por si o resto que compete fazer, orar, harmonizar-se para poder
obter todas as graças que deseja.
POR QUE AS
PESSOAS ACENDEM VELAS PARA REZAR E PARA OS MORTOS?
O homem tem procurado o caminho para “religar-se” com o Plano Divino e
para isso, em face de sua pequena visão e limitado conhecimento, faz uso de
verdadeiras bengalas e artifícios, a semelhança dos cegos, que podem ser velas,
incensos, mantras e orações. São instrumentos usados para obter apoio e
estímulo na busca das verdades eternas.
De acordo com a teóloga Virgínia Motta, a luz é um símbolo marcante em
praticamente todas as religiões e sempre foi ligada à divindade. Acender velas
é uma maneira de chegar mais perto do divino. Segundo a Sagrada Escritura,
antes da Criação do mundo tudo era uma grande confusão, o caos, a desordem. Até
que Deus mandou que se fizesse a luz (Gn 1, 1-3). Daí em diante, passagens
bíblicas atestam: “O Senhor é a minha luz”, ou ainda, “Cristo é a luz do
mundo”, explica a teóloga. Vale lembrar que os primeiros cristãos chamavam o
batismo de “iluminação”, pelo fato do batizando receber a luz de Cristo. Para o
cristão é preciso caminhar como filho da luz, pois quem nasceu da luz é luz.
Como os santos são pessoas que viveram em plenitude, o “compromisso iluminado”
de acender velas para eles é uma forma do crente alcançar o caminho da luz. As
velas são usadas no altar desde o século XI, até então elas eram colocadas à
frente, dos lados, ou atrás dele. Quanto aos mortos, era costume colocar uma
vela benta em suas mãos. Ela deveria ser acesa no momento em que o sacerdote
desse início ao rito de encomendação da alma, para que os novos caminhos do
falecido fossem iluminados pela luz emanada pelo Cristo Salvador. Hoje em dia é
costume acender-se velas no dia de finados.
Muitas pessoas ficam impressionadas com as crianças na hora do Batismo.
Normalmente desligadas ou barulhentas, ficam extasiadas quando se acendem as
velas. A chama os cativa a ponto de querer agarrá-la. Há algo de “cativante” na
vela acesa. Nós adultos também captamos este misterioso fascínio da vela,
dando-lhe o significado de símbolo. A vela é símbolo da luz.
Essa simbologia da luz desempenhou no mundo cristão importante
papel. Antes dos cristãos, foram os romanos a usarem a vela, seguindo, por sua
vez, os costumes dos etruscos. Acendiam-se fachos, velas ou lamparinas, durante
o culto nos templos, diante das imagens dos deuses, e também nas sepulturas. Os
judeus, parece, não usaram velas propriamente ditas, mas apenas candelabros. No
culto cristão, as velas, assim como o incenso, a música e as procissões,
constituem parte de costumes em si indiferentes e que só pelo contexto em que
se realizam recebem seu valor e sua finalidade. Digamos que não são essenciais,
mas apenas acessórios. Pelo que a história da arte e da liturgia indica, o uso
forte das velas, sempre como símbolo da luz divina, aconteceu a partir do
século IV ou V.
Quando a arte sacra apresenta uma pessoa falecida ou um santo, com a
vela na mão, é para dizer que a cena se passa no céu e não na terra. Da mesma
forma, acender a vela “para os defuntos”, expressa o desejo “que a luz
perpétua os ilumine”. A vela em si não tem nenhum poder mágico, não “ajuda”
o defunto, pois é apenas um símbolo da nossa fé. Quem tem poder e quem “ajuda”
é Deus! A Igreja usa as velas na liturgia e incentiva os fiéis a usarem-nas
como símbolos, como acessórios, mas não como algo mágico.
O uso de lamparinas ou velas como elementos de culto religioso é uma prática
universal na história da humanidade. E a Igreja santificou esse simbolismo
prescrevendo o uso de velas na maioria dos cultos. Durante a Missa, por
exemplo, devem arder duas ou mais velas, o mesmo acontecendo na administração
da maioria dos sacramentos.
E, embora a vela, em si, não seja um símbolo maçônico, ela está inserida
no contexto maçônico desde as Primitivas Assembléias Maçônicas. Primeiro como
um meio de iluminação, depois apenas como Ornamentação. Atualmente, em alguns
ritos, não há empecilho legal para que as mesmas sejam substituídas por
lâmpadas elétricas, o que já está sendo feito na maioria as Lojas. Mas ainda há
aqueles que não abrem mão da utilização de velas nas sessões maçônicas.
Prática de Mentalização
Obs: COLOCAR UMA MÚSICA SUAVE DE FUNDO
- pedir aos Irmãos para fecharem os olhos;
- alertá-los pra que resistam à tentação de abri-los; dominem a vontade;
- fazer um sinal para que o Mestre de Harmonia apague as luzes do
templo;
- tentem imaginar as velas acesas nos altares, mas sem abrir os olhos;
- ficar com as costas retas e controlar a respiração;
- pedi aos Irmãos que mentalizem algo parecido com uma EGRÉGORA; algo
brilhante em forma de abóbada sobre o templo e nos protegendo das vibrações
negativas do mundo profano; é como um campo de força;
- procurar não se deixar levar pelos pensamentos negativos; tentar
esquecer dos desafetos do mundo profano;
- agora abram os olhos lentamente;
- olhem para as velas dos altares (aguardar algum tempo);
- fechem os olhos novamente (resistam à tentação de abri-los);
- imaginem as mesmas velas acesas (agora é mais fácil...);
- para alguns é possível até imaginar a cor da chama...
- imaginem a mesma EGRÉGORA;
- esta é uma maneira consciente de participar da geração de tamanha
energia; na maioria das vezes participamos sem sentir não aproveitamos este
momento até prazeroso;
- mantenham a respiração... ; é a única coisa que podemos controlar...
- podem abrir os olhos lentamente;
- Mestre de Harmonia pode acender as lâmpadas lentamente;
Todos, agora conhecedores da importância de sua utilização mística, e
até espiritual, devem se comportar como verdadeiros sacerdotes, procurando
conduzir as forças mobilizadas e concentradas pela influência destes símbolos.
Sabemos que essas forças não têm livre arbítrio, podendo ser empregada para o
mal ou o bem. Eis a grande responsabilidade daqueles que conduzem os trabalhos.
Mas esta não deve ser uma preocupação exclusiva dos magos e dirigentes,
que normalmente são os que mais se empenham nos rituais, e costumam ser aqueles
que mais dão do que recebem. Os Irmãos das colunas, que normalmente mais
recebem do que dão, devem igualmente acreditar e participar dos cerimoniais,
expulsando, dessa forma, todos os pensamentos que não sejam harmoniosos. Esses
pensamentos mais sutis e altruístas permitem que se crie uma egrégora[2][2]os Irmão. O resultado de tal esforço está na
proporção da intensidade do real sentimento de cada Irmão, originando dessa
forma, uma corrente contínua de energia. com vibrações energéticas poderosas,
obviamente resultantes da ação combinada de todos.
Esta é grande aplicação prática de tudo que foi dito.
A função da luz é fazer enxergar. Ser luz é ser alegre, alerta, acordado,
vigilante, vibrante, cheio de ardor e de fogo. Por isso, ser luz é fazer o
mundo enxergar a presença viva de Deus entre nós, num comportamento de amor,
verdade, justiça e paz
Esse é o maior significado das velas, representação material de luz.
Trabalho apresentado em 28/10/2004 no Centro de Estudos Maçônicos pelo
M.:I.: Luiz Roberto Dias Nunes
Bibliografia:
1. Dicionário de
Maçonaria - Joaquim Gervásio de Figueiredo
2. A Simbologia
das Velas - Antônio Carlos Gonçalves Fernandes
3. Internet -
diversos artigos de vários autores (a maioria não são artigos maçônicos)
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