Acredito que muitos já devem ter se perguntado isso: Qual o fundamento
deste altar? De onde vem essa energia? Qual a sua função perante a assistência?
Sei como é difícil aceitar e até utilizar de forma correta o que não se
entende, portanto, hoje falaremos sobre um ponto importantíssimo dentro dos
terreiros: o Altar.
O Altar é um ponto de força e deve ser firmado e assentado corretamente,
pois é o meio pelo qual as Irradiações Divinas alcançarão todos os fiéis diante
dele. A principal função de um altar é criar um magnetismo, uma ligação entre “
o céu e a terra”, e é através dele que as irradiações verticais das Divindades
– DO ALTO – descerão até o altar e se espalharão na horizontal ocupando todo o
espaço destinado às praticas religiosas. Os fundamentos específicos de um altar
só podem ser explicados por quem o fez, mas o Fundamento Divino de sua
existência em um templo é que quando nos colocamos respeitosamente diante dele,
estaremos bem próximos de Deus e de Suas Sagradas Divindades.
As imagens que encontramos nos altares dos centros de Umbanda têm a
função de impor um respeito único aos frequentadores induzindo uma postura
respeitosa, silenciosa e reverente. As imagens apenas representam os Orixás,
uma vez que é muito utilizado também o sincretismo religioso, uma unificação
através da semelhança entre as características de um Orixá e as de um santo
católico. É claro que Ogum não é São Jorge apenas se assemelha a ele em
sua qualidade guerreira e Oxalá não é Jesus Cristo apenas traz o mesmo sentido
de paz, compreensão, amor incondicional, e assim segue para todos. Orixá não é
santo, pois santo foi um espírito humano que viveu no plano material e por boas
atitudes foi canonizado pela igreja católica e também não é anjo, pois anjo é
um mensageiro de Deus. Orixá é Divindade de Deus, ou seja, é um ser Divino e um
mistério de Deus, é uma exteriorização e representante exclusivo de Deus. Por
isso entendam: Orixá nunca encarnou, portanto não é santo, nem dá consultas,
Orixá não é mensageiro de Deus mas sim representante de suas qualidades,
atributos e sentidos. Orixá vem da cultura africana Nagô – Yorubá. São
Divindades criadas a partir de Olorun, que é o Deus Supremo onipresente,
onipotente e onisciente.
Umbanda cultua Orixá através de suas qualidades, elementos e mistérios.
Umbanda é e está na Natureza e em seus elementos naturais. Por isso
melhor que ter imagens nos altares, é ter elementos naturais que representem os
Sagrados Orixás, ou seja, trazer a força da natureza, “da Umbanda”, para dentro
de nossa casa. Esses elementos podem ser as águas minerais ou
cristalinas, as ervas, flores ou plantas, as pedras ou os minérios, como também
instrumentos simbolizando a força e o mistério do Orixá. Vejam alguns exemplos
de elementos que você pode colocar em seu altar de forma simples, bonita e
muito poderosa:
* Oxalá – cristal transparente, taça de inox ou copo
com vinho branco ou água mineral, girassóis, trigos.
* Oxum – pedras como quartzo-rosa, ametista, pirita,
água doce de rio ou de cachoeira, rosas amarelas, flor chuva de ouro.
* Oxóssi – pedra como esmeralda ou quartzo verde,
ervas como guiné, alecrim, espada de Oxóssi, copo de vinho, cipó.
* Xangô – pedras de otá ou jaspe, espada de Xangô,
machados, cerveja preta.
* Ogum – pedras como granada ou rubi, cerveja clara,
espadas, lanças ou escudo de ferro, espada de São Jorge.
* Obaluayê – pedras como ônix ou turmalina preta,
taça de vinho tinto ou água mineral, crisântemo, palha da costa com búzios.
* Iemanjá – pedras como água-marinha ou madre-pérola,
água do mar, estrela do mar, conchas, rosas brancas, alfazema.
Não podemos esquecer das velas em nosso altar, pois vela é mistério
usado por todas as religiões do mundo. Quando é ativada religiosamente, se
torna um poderoso elemento mágico, energético e vibratório que atua no etérico
de quem recebe sua irradiação ígnea, elas têm o poder de consumir as energias
negativas que são descarregadas pelos frequentadores do Templo.
LEMBRAMOS que não há mal algum em ter um altar em casa, só é preciso ter
Respeito e Amor, pois não se pode montar um altar por impulso ou tratar as
Divindades como elemento de “moda”. Umbanda
tem fundamento e é preciso respeitar!
Será que agora dá pra olhar de modo diferente para os nossos altares?
Saravá Fraterno a todos!
Fonte: http://religiaoespirita.com/
Congá, Altar ou Jabutá. Um ponto muito importante dentro de uma Tenda.
ResponderExcluirMuito bom o texto. Parabéns.