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Fé Racional

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

Espiritualize-se...

Sábio é aquele que a tudo compreende e nada ignora. Deus não impôs aos ignorantes a obrigação de aprender, sem antes ter tomado dos que sabem o juramento de ensinar.

Nenhum mistério resiste à fragilidade da Luz. Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.



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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A Umbanda Universalista


RESPEITO À DIVERSIDADE

É comum presenciarmos irmãos Umbandistas falando: – “o meu terreiro pratica a Umbanda Pura”; ou –“o meu centro pratica a Umbanda esotérica”, ou tantas outros nomes utilizados para diferenciar os diversos rituais existentes dentro do movimento umbandista.

A diversidade presente na Umbanda é fruto de sua proposta universalista. Ela estrutura-se a partir de três pilares principais, os quais sejam a matriz africana, a matriz indígena e a matriz européia, abarcando conceitos e práticas advindos destes e fundindo-os em suas células para formar um ritual próprio. A maneira com que cada Terreiro/Tenda/Centro organiza esses três pilares básicos é muito particular: existem terreiros que pendem para os rituais africanos, praticando o que chamamos Umbanda Traçada, Omolokô, “Umbandomblé?; outros pendem para as práticas indígenas, se aproximando muito do Toré, das religiões com forte influência nativa do Norte do Brasil, inclusive em certas ocasiões fazendo-se uso da famosa ayahuasca; já outros aproximam-se do kardecismo europeu, daí decorrendo boa parte de seus rituais. Há ainda os terreiros que combinam igualmente, duas ou até mesmo as três matrizes. Ou seja, há “n” formas de se cultuar a Umbanda, partindo apenas desse pressuposto inicial.

Não bastasse toda essa diversidade, ao longo dos anos, devido a própria capacidade receptiva que a Umbanda possui, outros aspectos foram incorporados à ela. A Umbanda pode ser influenciada pelo Taoísmo, pelo Budismo, pelo Hinduísmo, pela Corrente da Fraternidade Branca, pela Projeciologia, enfim, por uma variada gama de religiões.

Surgem as mais diversas correntes, escolas, doutrinas que explicam a Umbanda de maneira diversa. A Umbanda não tem um chefe, um líder, que diga como deve ser cultuada; seus líderes são os guias, os espíritos, que cuidam e dirigem nossos terreiros.

Contudo, apesar de ser tão diversa, apesar de ser influenciada por tantos aspectos, a Umbanda, em todas estas vertentes, apresenta características comuns: é a famosa unidade na diversidade. A essência da Umbanda é a mesma! Com se diz, “Umbanda é Umbanda”, não importando se é Umbanda Omolokô, Umbanda Branca, Esotérica ou qualquer outra denominação que se der. Se guiada por espíritos de luz, comprometidos com o Cosmos, se voltada à caridade, se faz bem àqueles que a procuram, se há incorporação de caboclos, pretos-velhos, etc., é Umbanda. Quem pode dizer que a Umbanda mais ligadas aos cultos de nação não é Umbanda? Quem pode dizer que a Umbanda mais afim aos preceitos orientais não é Umbanda? É justamente essa “unidade na diversidade” que vai caracterizar a Umbanda e também nos mostrar que ela é uma religião com características próprias e rituais comuns, a diferenciando de outras religiões.

E qual será o motivo disso tudo? Porque a Umbanda é tão variada?

Bom, isso é uma reposta que somente o Alto e os guias podem nos oferecer. O máximo que podemos fazer são suposições. Seria talvez para abarcar o maior número de pessoas? Ou para uma possível unificação de todas as religiões num momento ulterior?

Ainda não sabemos. O que se sabe é que, sendo uma proposta que vem do Alto até nós, deve ser reconhecida e respeitada. E é justamente essa consciência de “respeito” que deve aflorar primeiramente entre nós.

Como queremos codificar a Umbanda se não há ainda o respeito devido entre seus integrantes? Como queremos codificar a Umbanda se há preconceitos, se há disputas, se há vaidade em seu seio? Assim procedendo, formular-se-á o Código de UMA Umbanda e não o Código da Umbanda.

Penso que o mais importante a fazer é deixar A Umbanda seguir seus rumos pelos próprios pés; nós fazemos a nossa parte, ajudando os guias, praticando a caridade, aplicando a cada dia uma reforma íntima em nosso corpo e alma, respeitar cada forma de se cultuar nossa religião. Eles fazem a deles. E se um dia for necessário uma Codificação, que ela parta do Alto e não de Baixo, porque, cá entre nós, “lá em cima” há um pouco mais de Amor e Sabedoria em cada coração umbandista.

Abraços fraternais

Diego Jörgensen


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A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

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