Estando eu aqui, na
primeira freqüência Espiritual aonde é comum seres humanos encarnados fazerem
intercâmbios nos desdobramentos espirituais, fui indagado por alguém que se apresentava
cansado e com a vontade debilitada.
Após ajudá-lo a se
reequilibrar, pude ter com ele a seguinte conversa:
- Senhor, me desculpe, eu
não consigo encontrar o meu Guia Chefe, pois costumo sempre ter com ele aqui
próximo onde se reúnem os médiuns consagrados à Umbanda Sagrada, e resolvi dar
uma volta por aqui!
- Seja bem-vindo.
Sente-se e fique a vontade, irmão. O que há?
- Bem! Sei das verdades
Divinas, pois me esforcei muito em minha vida para descobrir minha missão de
ajudar as pessoas. Mas estou cansado, meu Senhor. Já não agüento mais. As
pessoas são falsas, sem fé, pedintes mentindo, brigando, ofendendo. São
preguiçosas e querem receber graças, mas não querem se melhorar. Além do mais,
outros religiosos me perseguem, discutem, e se julgam saber mais que a mim,
tentando mostrar-me incompetente. É tanta briga e confusão.Perseguem uns aos
outros.Vendem coisas Divinas e fazem até guerras. Tantos morrem. Tantos
sofrem.E estes mesmo que sofrem querem também perseguir, contra-atacar. Falam
de amor, mas fazem sofrer. Dizem ser caridosos, mas ofendem uns aos outro.
Falam de perdão mas quando alguém os ofendem, viram feras. Estou cansado. Não
quero mais! Se pudesse voltar à vida e for um simples cidadão. Engenheiro de
máquinas, eu seria, pois não precisaria tratar com as pessoas.
- Mas se assim quer, por
que não fizeste?
- É que sofri umas coisas
no passado que não tinha jeito. Foi um senhor que me curou e me avisou que
tinha missão. E a partir dali, segui seu conselho e me fiz religioso.
- Mas ele não lhe disse qual
seria esta sua missão?
- Não! Eu deduzi que era
mesma dele, pois admirava aquele senhor tão distinto, de caráter honesto, que
ajudava tanta gente, sempre feliz!
- Talvez tenha deduzido
errado
- Será? Talvez tenha
razão. Mas eu acreditava que tinha os requisitos necessários para ser como ele,
por isso deduzi que deveria ser religioso também.
- Poderia ser tudo,
irmão. Tudo o que sua natureza e modo de ser concedesse para ser missão.
Poderia ser engenheiro, de missão, ser médico, de missão, ser pedreiro, de
missão... Religioso, desta ou daquela religião, não importa. Poderia ser tudo,
mas aquela que faz ser missão só se terá certeza, se conhecer um pouco mais de
tu, seus dons.
- Mas se é assim, se
poderia ser tudo, porque estou infeliz nesta minha escolha como médium que acho
que é missão?
- Porque vê agora que
seus talentos são outros e outras seriam suas missões.
- Como assim, meu Senhor?
- Veja irmão, que se
reclama dos seus irmãos, vendo neles só os defeitos, as ingratidões, mostra que
não os ama. Não consegue amá-los.
- Mas como amar estes doidos
se nem mesmo eles se amam?
- Mas é assim, irmão, da
mesma forma que um engenheiro ama as máquinas, nas varias e intrincadas formas
que tem que pensar para uma solução, deve quem for trabalhar com as pessoas,
seus irmão, simplesmente ter o ingrediente do AMOR, pois o amor o fará enxergar
a todos os homens, como filhos de Deus e se erram, o fazem mostrando que
precisam de auxilio. E se o sofrimento os avisa disto, eles vem vos procurarem
e mostram-se no que são.
Mas se não quer compreendê-los, incomodando-se, como se faz?
- Mas meu senhor?!
- Precisa refletir irmão,
pois se se encantou com o atendimento do medianeiro que lhe ajudou,deveria
perguntar para ele qual seria sua missão. Talvez ele lhe dissese que seria sim
ser um religioso, mas complementaria do que seria necessário para tanto.
-E o que seria necessário
para ser um bom medianeiro de missão, meu senhor?
- Simples, meu filho: Ter
amor, só amor e mais amor, no coração.
O Amor não reclama,
compreende. O amor não se zanga, pois acalma. O Amor tem ferramentas, não usa
armas. O Amor cura tudo. Até a dor. O Amor é que Liga aos Guias, aos orixás e a
Olorum. Então, é necessário gostar das pessoas. Quem não gosta das pessoas e vê
nelas só os defeitos, deve sim ir para as máquinas. Mas se a maquina apresentar
um defeito, talvez ele compreenda que é nele que fala o ingrediente principal,
pois até para uma máquina, haverá de ter o amor.
- Puxa! Realmente tem
razão. Já sei o que devo mudar em mim. Mas, desculpe quem é o Senhor?
- Alguém que lhe ama?
- Oh! Meu Guia!Meu
Protetor! Não o reconheci assim, garboso e mais luzidio. A Benção Meu Pai.
- Oxalá lhe abençoe,
filho!
Por Vovô Florentino de Agodô escrito por Douglas O Elias
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