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Fé Racional

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

Espiritualize-se...

Sábio é aquele que a tudo compreende e nada ignora. Deus não impôs aos ignorantes a obrigação de aprender, sem antes ter tomado dos que sabem o juramento de ensinar.

Nenhum mistério resiste à fragilidade da Luz. Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.



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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Hoje é Dia de Nanã Buruquê



Nanã Buruquê é representada como a grande avó de energia amorosa e feminina, é a Ela que clamamos quando precisamos de nos auto-perdoar e nos libertar do passado. Ela representa o colo que aconchega acolhendo amorosamente nossas dores para nos ajudar a transformá-las com sabedoria.A Orixá Nanã Buruquê rege sobre a maturidade, portanto está sempre associada à maternidade (a vida).

Nanã está na Linha da Evolução, um raio essencial para o crescimento dos seres. O Raio da Evolução, cujo pólo magnético positivo e masculino está o Orixá Natural Obaluaiyê e no pólo magnético negativo, feminino e absorvente está a Orixá Nanã Buruquê, Ela cuida da passagem no estágio evolutivo do ser, adormecendo os espíritos e decantando as suas lembranças com o passado, onde ficam prontos para reencarnarem, Obaluaiyê então, é quem estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos). Portanto, o campo preferencial de atuação de Nanã é o racional, onde decanta o emocional dos seres, preparando-os para uma nova “vida”. É Ela quem faz esquecer, é Ela quem deixa morrer para renascer.O seu elemento é a lama do fundo dos rios. Ela é a deusa dos pântanos, da morte (associada à terra, para onde somos levados após a morte) e da transcendência.Nanã é considerada a mais velha dos Orixás das águas, age com rigor em suas decisões, oferece segurança, mas não aceita traição. É uma figura muito controversa no panteão africano: ora perigosa e vingativa, ora desprovida dos seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido.

Saiba que, na “linha da vida”, encontramos os Orixás atuando através dos seus sentidos e de suas energias, percebemos então, que cada um rege uma etapa da vida dos seres, porém, não podemos ser categóricos sobre um Orixá e seus sentidos, pois, onde se mostra um de seus aspectos, outros estão ocultos, portanto, o que está visível nem sempre é o principal aspecto em uma linha da vida. Nanã, em seus aspectos positivos e sentidos, está em todos os outros sentidos dos Orixás, mas sem nunca perder suas qualidades “água-terra”.

NOTA: Nanã é conhecida, por dois nomes distintos: Nanã Buruquê, a Avó de Oxalá e Nanã Burucum – Nanã-Buruku (iku, “morte”), a Mãe de todos os Exus.

Deusa dos rios, lagos e pântanos

A Mãe das águas e das Iabás (Orixás femininos), pois é a mais velha das mães. É a senhora de muitos búzios, que simboliza a morte por estarem vazios e a fecundidade porque lembrarem os órgãos genitais femi­ninos. Nanã sintetiza em si a vida e a morte, a fecundidade e a riqueza.Seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos jêje, da região do antigo Daomé, Nanã significa mãe. A grande Mãe da Sabedoria.

É festejada dia 26 de julho

Sua Saudação: Saluba Nanã (dona do pote da Terra)

Sincretismo: Nossa Senhora Sant’ana

Suas Ervas: assa-peixe, agapanto-lilás, alfava­ca, avenca, cedrinho, erva-cidreira, ma­caçá, manacá, quaresmeira, man­je­ricão da folha roxa, folha de limão, lágrimas de Nossa Senhora (folhas), mas­truço, rosa branca (folhas), pari­paroba, erva-de-santa-luzia, quina ro­xa, abóbora dantas, vitória-régia, açu­cena, suma roxa, folha da fortuna, viuvinha (trapoeraba roxa), samam­baia, melão de São Caetano.

Suas Flores: Crisântemo branco ou roxo, rosa e palma branca

Sua Cor: Violeta ou lilás (sabedoria)

Seu Símbolo: Vassoura de palha ou Ibiri (cetro de palha da costa, com talos de dendezeiro e búzios) que ela traz na mão para afastar a morte.

Sua Guia de contas: Cristal lilás ou pedra ametista

Sua Pedra: Ametista

Domínio: Lama, poços, mangues e pântanos

Elemento: Água da chuva e terra (lama)

Para Oferendá-la: Velas brancas, roxas e rosa; flores brancas e lilases, champagne rosé, calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melão, mingau de sagu, milho branco e arroz tudo depositado à beira de um lago ou mangue, com muito respeito e amor.

Resumindo: Aqui temos o básico para pelo menos começarmos a entender este Orixá que no ato da descida do nosso corpo físico a sepultura, ela está lá na terra para recolher nossos corpos em segurança, cedendo um pouco de seu mistério glorioso. Como é a sua atuação em nossas vidas e até mais o pós-morte.

Para que nos confortemos melhor, é bom que se desmitifique que Nanã é o Orixá que todos têm medo por ser ela considerada a Orixá da Morte.

Mas como qualquer outro Orixá que compõe as 7 Linhas da Umbanda. Nanã é importante; porém as pessoas se esquecem de lhe pedir saúde e vida, enquanto na vida terrena estão e nem pensam que no pós-morte precisaremos de suas bênçãos.

Saluba Nanã


Denis Sant'Ana .'. \|/

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