Espiritualizando



Fé Racional

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

Espiritualize-se...

Sábio é aquele que a tudo compreende e nada ignora. Deus não impôs aos ignorantes a obrigação de aprender, sem antes ter tomado dos que sabem o juramento de ensinar.

Nenhum mistério resiste à fragilidade da Luz. Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.



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terça-feira, 5 de julho de 2011

O Anjo da Guarda na Umbanda


O Anjo da Guarda é um Anjo pes­soal e tutelar, que têm por função velar, pro­teger, amparar, inspirar e acompanhar seu tutelado (este acompanhar não é algo necessariamente presencial).

Cada tradição explica o Anjo da Guarda de uma forma diferente, embora nos seja mais familiar os conceitos do Judaismo e Catolicismo é fato que já existia este conceito nas culturas sumeriana, babilônica, persa (zoroastrismo) e outras da mesopotâmia, no oriente médio antigo.

No Espiritismo (Doutrina de Allan Kardec), além de Deus todas as formas de vida seguem uma mesma e única via de origem e evolução, tudo que vive é, foi ou será espírito, logo anjos são espíritos e anjo da guarda é “espírito tutelar”, muitos o confundem com seu “espírito protetor”, “guia espiritual” ou “mentor”.

O esoterismo se apropriou dos 72 nomes de Deus na Cabala Hebraica, que são potencias de Adonai, atribuiu vogais para estes “nomes potencias” e os identificou como “anjos”, fazendo surgir uma tabela com nomes de anjos, 72 anjos, relacionada com os 365 dias do ano, em que se faz identificar pela data de nascimento o nome de seu anjo e qual suas qualidades. Embora em todas as tradições antigas anjo da guarda não tenha nome conhecido, passou-se a identificar estes nome de anjos como sendo a identidade dos “anjos da guarda”. Este conceito surge na obra de Lenain (A Ciência Cabalística ) e se repete na obra de Papus (A Cabala)  que é também um seguimento do que se conhece como Alta Magia.

Na “Magia Sagrada de Abramelin”, um tratado de Magia Cabalistica, aparece um conceito de “Anjo Guardião” que se fará presente nos seguimentos “Mágikos” de Aleister Crowlei, OTO, Golden Daw e da Magia de Telema, em que o “Anjo Guardião” é uma forma personalizada do Mistério Maior, a forma de Deus manifesta para cada um...

Archibald Joseph Macintyre em seu livro “Os Anjos, Uma Realidade Ad­mirável” apresenta de forma resu­mida as condições da questão CXIII da Suma Teológica, que é de São Tomás de Aquino, o maior teólogo da Igreja Católica e considerado “Doutor Angélico”, desencarnado em 1274, como podemos ver abaixo:

1– Os homens são custodiados pelos Anjos. Isto porque, como o conhe­cimento e as aflições dos ho­mens podem variar muito, vindo a desencaminhá-los do bem, foi neces­sário que Deus destinasse anjos para a guarda dos homens, de modo que, por eles, fossem homens orienta­dos, aconselhados e movidos para o bem.

Pelo afeto ao pecado, os homens se afastam do instinto do bem natural e do cumprimento dos preceitos da lei positiva e podem também desobe­decer às inspirações que os Anjos bons lhes dão invisivelmente, ilumi­nan­do-os para que pratiquem o bem. Por isso, se um homem vem a per­der-se, isso se deve atribuir à malícia do homem e não à negligência ou incapacidade do Anjo da Guarda.

2 - A cada homem custodiado, corresponde um Anjo Custódio dis­tin­to. Cada Anjo tem sob sua respon­sa­bilidade uma alma que lhe compete procurar salvar.

3 - O Anjo da Guarda livra cons­tan­temente seu protegido de inu­meráveis males e perigos tanto da alma quanto do corpo, dos quais o homem não se dá conta. Vimos como Jacob se dirigiu a José (Gen 48,10): “Que o Anjo que me livrou de todos os males abençoe a essas crianças.”

4 - O Anjo da Guarda impede que o demônio nos faça o mal que dese­jaria fazer-nos. Lembremo-nos da história de Tobias mencionada nes­te e no capítulo 3.

5 - O Anjo da Guarda suscita con­tinuamente em nossas almas pensa­mentos santos e conselhos saudá­veis (conforme se lê em Gen. 16,18; At. 5,8,10).

6 - O Anjo da Guarda leva a Deus nossas orações e pedidos, não por­que Deus onisciente, necessite disso para conhecê-los, mas para que ouça benignamente. Implora por iniciativa própria os auxílios divinos de que iremos necessitar, sem que disso nos demos conta e sem que, muitas vezes venhamos a saber que rece­be­mos esses auxílios (ver Tobias c.3 e 12; Atos c.10).

7 - O Anjo da Guarda ilumina nosso entendimento, proporcionan­do-nos as verdades, de um modo ma­is fácil e compreensível, mediante o influxo que pode exercer em nossos sentidos interiores.

8 - O Anjo da Guarda nos assis­tirá particu­larmente na hora da morte quando mais dele iremos necessitar.

9 - Os Anjos da Guarda, segun­do opinião piedosa de grandes teólogos, acompanham as almas de seus prote­gidos ao purgatório e ao céu depois da morte, como acom­panhavam as al­mas dos antigos pa­tri­ar­cas ao “Seio de Abraão”, expres­são que simboliza a união com o pai.

De fato, a igreja apoiando e con­firmando essa crença, na cerimônia da encomendação da alma a Deus, ao descer o corpo à se­pultura, como última oração, reza: “Ide a seu en­contro Anjos do Senhor; recebei sua alma e conduzi-a presença do Altís­simo...; que os An­jos te conduzam ao seio de Abraão.”

10 - O Anjo da Guarda, ainda, se­gun­do a opinião de mui­tos teó­lo­gos, aten­dem às orações dirigidas pe­los fiéis à alma de seu custo­diado quando esta se encontra no pur­ga­tório, “em estado não de socorrer, mas de ser socor­rida” (2-2 Q.83 a. 11. ad 3). Por isso, as súplicas diri­gidas às almas do purgatório são das mais eficazes, pois são impetradas pelo Anjo da Guarda da alma a quem se recorre.

11 - O Anjo da Guarda acompa­nha­­rá eternamente no Céu a seu custodiado que alcançou a salvação, “não mais para protege-lo, mas para reinar com ele” (1.Q.113 a.4) e “para exercer sobre ele algum mistério de iluminação” (1 Q, 108 a. 7 ad 3).

12 - O Anjo da Guarda não pode livrar-nos das penas e cruzes desta vida, enquanto Deus em sua infinita bon­dade no-las tiver mandado ou per­mitido, para nossa provação, santificação e purificação. Mas nos ajudará a suportar pacientemente , resignadamente e até mesmo ale­gremente as provações, encaradas como nossa modesta participação de solidariedade no Mis­tério da Reden­ção da Humanida­de, o qual se rea­lizou plenamente no Sacrifício do Calvá­rio, com a morte de Jesus.

13 - O Anjo da Guar­da nos pro­tege contra a malícia humana, a injus­tiça, a hipocrisia, a fal­sidade, a men­ti­­ra, a injustiça e os ciúmes daqueles que nos querem pre­ju­dicar. Sua vene­ração e invocação sempre nos hão de valer.

Para nós Umbandistas, tudo está por se fazer, tudo está por se conhecer, definir e compreender...  

Na religião de Um­banda há o cos­tume de se acen­der uma vela bran­­ca de sete dias ao Anjo da Guar­da, ofere­cen­do água e mel. O que po­de ser feito de forma simples e como prática espi­ritual de proteção na presença do Anjo da Guarda, for­ta­lecendo o vín­culo entre ele e nós.

Basta para isso uma vela branca, um pires, um copo de água e mel.

Acenda a vela branca e segure-a com a mão direita à frente e acima da cabeça, faça esta evocação:

Eu Evoco à Deus, sua Lei Maior e sua Justiça Divina!

Evoco meu Anjo da Guarda ofe­reço a vós esta vela e peço que a iman­te, cruze e consagre em vosso po­der se fazendo presente por meio dela em minha vida, em meu coração, palavras e mente!

Encoste a vela em cima de sua cabeça e imagine a luz dela alcan­çan­do o infinito, no alto onde se en­contra seu anjo da guarda com o Altís­simo, a luz sobe como um facho e quan­do alcança o anjo a luz Dele desce por este facho o iluminando ainda mais até alcançar o alto de sua cabeça, entrando por seu corpo, de dentro para fora e de fora para dentro o envolvendo todo em sua luz, neste momento dê sete voltas em sentido horário com a vela acima de sua cabeça. Após feito isso se certifique que a vela está em local seguro, tomando o cuidado para não quei­­mar cortinas nem tapetes e evi­tando estar ao lado de gás ou acessível a crianças e/ou animais domésticos. Esta Vela pode estar num altar, acima de uma mesa ou no chão pois o que importa é que no ato de acender e evocar, neste momento, a vela esta­va acima de sua cabeça, agora basta firmá-la em um local seguro. Coloque um pouco de mel em torno da vela e o copo de água ao lado dizendo.

Meu anjo da guarda vos ofereço esta água e este mel, para que me proteja e envolva meu corpo material, astral e espiritual em vossos eflúvios e irradiações doces, benéficas e revitalizantes. Me inspire bons pensamentos e ações, afastando o mal de minha vida. AMÉM.

Caso ache necessário faça outros pedidos.

Se Você é médium de Umbanda, tenha em seu Anjo da Guarda, uma das mais simples e poderosas proteções que um médium pode ter, a mantenha acesa com vela de sete dias ininterruptamente e reze diariamente a seu Anjo da Guarda, no mínimo, antes de dormir e ao acordar.

 

Por Alexandre Cumino

3 comentários:

  1. gostaria de saber o significado da quartilha do anjo da guarda ter dentro sete tipos de bebida e pimenta malagueta, é assim que minha quartinha esta por favor quero muito saber aquardo resposta de vocês.

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    1. Desculpe, mas esse tipo de "ritual" não pertence a essencia deUmbanda. Anjo da Guarda é um espírito mais evoluído do q nós e fica sem explicação esse tipo de prática. Paz e Luz e Saravá!

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    2. G = Oh! Sempre! Todos Benditos Orixás (desde: Oxalá, até Exú)! Sempre! Salve! Saravá! Ave! Namastê! Viva! Shalom! Kolofé! Motumbá! Mukuiu! Om Shanti! Jaya Ahow! Sempre! Reverências, Homenagens, Congratulações, Comunhões, Enaltações, Exaltações, Respeitos, Cumprimentos, Exortações, Honras, Créditos, Cultos, Rituais, a Todos Vós! Sempre! Malê, Malembe (Maleime, Maleme), Agô! Sempre! Axé, Axé, muito Axé!...

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"Estudo, requer meditação. A meditação leva a conclusões. E as conclusões fazem com que as pessoas modifiquem os seus hábitos e suas atitudes" – Dr. Hermann (Espírito) por Altivo Pamphiro (Médium)

Obras Básicas da Doutrina Espírita - Pentateuco Espírita

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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