"Forma e apresentação dos Espíritos na Umbanda"
Ao penetrarmos neste assunto, sabemos, de antemão,
que vamos contrariar uma grande parte do movimento umbandista, ainda aferrada a
antigas visões, porém, nosso objetivo é separar o joio do trigo, pela estranha
confusão que o fanatismo, irmão do feiticismo, faz das Formas ou Roupagens
Fluídicas que os Orixás, Guias e Protetores usam nosso movimento UMBANDISTA.
Não devemos, em absoluto, aceitar as descrições
fantásticas que "videntes", intoxicados de animismo, fazem de
supostas entidades Alguns vêem Oguns Japoneses, Mongóis, Tibetanos e até
Romanos, de couraças, espadas ou cimitarras flamejantes, quando não é um
"Xangô" chinês, na aparência de um velho mandarim...Outras vezes,
afirmam que Oxossi é um jovem hindu ou italiano, de cabelos semicompridos, com
um manto púrpura ou um homem de cor morena-jambo, com uma faixa na cinta e três
flechas enfiadas no corpo, tal e qual o modelo fabricado pelos fabricantes de
santo.
A Umbanda é a Lei regida por princípios e regras em
harmonia que não podemos alterar pela simples vontade; todos os que
conscientemente, tentaram alterá-la, sofreram diferentes dissabores.
Repetimos e afirmamos: a Umbanda é o movimento do
Círculo Inicial do Triângulo e este, é o Ternário ou a Tríade, que exterioriza
suas vibrações através das Três Formas ordenadas pela Lei, que são místicas,
pois simbolizam:
A pureza, que nega o vício, o egoísmo e a ambição;
A simplicidade, que é o oposto da vaidade, do luxo
e da ostentação;
A humildade, que encerra os Princípios do amor, do
sacrifício, e da paciência, ou seja, a negação do poder temporal...
As três formas que simbolizam estas virtudes são as
de Crianças, Caboclos e Pretos-Velhos, que ainda traduzem: o Princípio ou
Nascer, o Meio ou a Plenitude da Força e a Velhice ou o Descanso, isto é a
consciência em calma, o abandono das coisas materiais...o esquecimento do
ilusório para o começo da realidade.
No entanto, o Espírito, o nosso eu Real, jamais
revelou, nem revelará, a sua verdadeira essência e "forma",
compreenda-se bem, sua "forma-essencial".
Ele externa sua consciência, seu livre arbítrio,
por sua alma, pelo corpo mental, que engendra os elementos para a formação do
denominado Corpo Astral ou Perispírito, que é uma "forma durável",
fixa, podemos dizer.
Tentaremos então explicar, que o espírito não tem
Pátria, porém, conserva em si ou forma a sua alma pelos caracteres psíquicos de
vários renascimentos, em diferentes Pátrias.
No entretanto, o conjunto desses caracteres psíquicos
experimentais contribui para formar a sua personalidade moral e mental,
influindo decisivamente na "forma" de seu corpo astral e mesmo na
física quando encarnado.
Poderá, pelo resgate, elevar-se ou evoluir tanto,
espiritualmente, que sua imediata condição estando de tal forma purificada,
anula completamente os caracteres pessoais de sua última encarnação, e o seu
corpo astral pode tomar uma "forma etérica" que apaga, em aparência,
aquela que caracterizou esta passagem pelo "mundo da forma humana".
Assim, devemos concluir que existe maior quantidade
de formas astrais feias, baixas, de aspectos brutais, reveladoras do atraso
mental de seus ocupantes espirituais, do que formas belas que expressam a LUZ,
a consciência evolutiva.
Os ocupantes das formas que revelam um Karma limpo,
uma iluminação interior, é que são chamados a cumprir missão na Lei de Umbanda,
e por seus conhecimentos e afinidades, são ordenados em uma das Três Formas já
citadas... velando assim suas próprias vestimentas karmânicas.
Esta metamorfose é comum aos que tomam a função de
Orixás ou Guias que assim procedem, escolhendo por afinidade uma dessas formas
em que muito sofreram e evoluíram numa encarnação passada.
Para os que estão classificados como Protetores, em
quase maioria, não se faz necessário essa transformação, porque conservam ainda
uma das três formas em seus corpos astrais, quais sejam: CABOCLOS,CRIANÇAS e
PRETOS- VELHOS.
Saibam todos que tudo isso não é mera concepção
nossa; obedece a lógica, ao estudo e a experiência, verificadas em centenas de
aparelhos(médiuns), através das respostas de suas entidades sobre o assunto.
Senão, vejamos na mais simples e clara das provas:
perguntem, através de um bom aparelho (médium) que não seja do qualificado de
"consciente" a qualquer Guia, quer de Xangô, Ogum, Orixalá, Yemanjá, etc.,
se ele é japonês, chinês, inglês ou italiano...
Na certa responderá que não, pois, no momento, está
ordenado por uma dessas vibrações ou linhas, e dirá por exemplo: sou um ogum,
orixá e caboclo ou dirá, Caboclo X da Falange de Ogum Yara, Ogum Megê ou Ogum
de Lei, etc.
Se forem entidades que se apresentam como Crianças,
responderão por exemplo: sou Yariri, orixá da vibração ou linha de Yori, ou
então, sou "X" da falange de Yariri, Doum ou Ori, etc.Perguntem,
ainda, a um que se apresente como Preto-Velho, e ele dirá que é Pai
"X", por afinidade, um Congo, um Angola, um Cambinda, etc. Da
Vibração de Yorimá, ou da Falange de um Pai-Arruda, Pai-Guiné, Pai-Tomé que são
orixás, isto é, chefiam Legião ou Falange.
Como poderão compreender, tudo gira e se expressa
nas Três Formas, ou seja, na Tríade, que, por analogia, é o reflexo da Trilogia
Sagrada, o Ternário Humano, sintetizado na Unidade que é a manifestação de
DEUS.
"O número três reina por toda parte no
Universo" disse ZOROASTRO, e este Universo é Tríplice em suas três
esferas concêntricas; o Mundo Natural, o Mundo Humano, e o Mundo Divino. Até no
homem são três as partes que o formam: Corpo, Alma, Espírito. Porque foi da
combinação de Três Forças Primordiais (Espírito, Alma, Matéria) que surgiu a
forma dos seres que povoam os Universos dentro do Cosmo, limitado e ilimitado
em si mesmo.
Ainda é a força sagrada do número três que forma os
cultos trinitários. Exemplos: na Índia com BRAHMA, VISNU e SHIVA; a
própria unidade do cristianismo com o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO
SANTO; no EGITO é OSÍRIS, ÍRIS e HóROS; na CHINA,
é BRAHMA, SHIVA e BUDA; na PÉRSIA de ZOROASTRO, era
OZMUD, ARIHMAN e MITRA; na primitiva GERMÂNIA, era VOTAM,
FRIGA e DINAR; os ORFÍCOS, na Grécia, apelidavam de ZEUS,
DEMÉTER e DIONISIUS; na antiga CANAAM era BAAL, ASTARTÈ
e ADONIS ECHEMUN...e os CABIRAS, povos de inconcebível
Antigüidade, regiam seus mistérios de forma trinitária, com EA (pai), ISTAR
(mãe) e TAMUZ (filho) e por fim vamos chegar à Umbanda com IAMBY (ZAMBY)
YEMANJÁ e ORIXALÁ (ou OXALÁ).
Citamos tudo isso, para que possa conceber, com
provas comparadas, que as formas na Umbanda de Crianças, Caboclos e
Pretos-Velhos, obedecem a uma Lei. Não é simples imaginação de A ou B. Segue o
mistério do número três... é a confirmação de uma trilogia religiosa.
Quando à chamada apresentação desses Espíritos,
cremos ter ficado patente que o fazem sempre e invariavelmente dentro dessas
três roupagens fluídicas como Orixás, Guias e grande percentagem dos que
chamamos de Protetores, porque, parte destes, não necessita dessa adaptação,
por já conservarem como próprias.
Nesta altura, faz-se necessário uma elucidação:
sabemos, pelos ensinamentos dos Orixás, que essa Lei, essa Umbanda, é vivente
em outros países, talvez não definida ainda com este nome, porém, os princípios
e regras serão os mesmos. Quanto às "formas" são ou poderão ser as
três que simbolizem, nestes países, os mesmos qualificativos que os nossos, ou
sejam os mesmos no Brasil (Pureza,Simplicidade e Humildade).
Agora por suas apresentações nos aparelhos (médium)
devemos compreender como:características tríplices das manifestações chamadas
incorporativas, que se externam:
Pelas flexões fisionômicas, vocais e psíquicas;
Pelo ponto cantado ou prece;
Pelos sinais riscados, ou pontos de pemba;
E essas características, salvo situações especiais,
são inalteráveis em qualquer aparelhos, cujo Dom real o qualifique como
Inconsciente(totalmente dirigido) ou Semi-Inconsciente (parcialmente dirigido).
Então vamos passar a identificar, de um modo geral,
os sinais exteriores, os fluídos atuantes e as tendências principais dos
Orixás, Guias e Protetores, através de suas "máquinas transmissoras"
pelas Vibrações ou Linhas, em número de SETE:
LINHA OU VIBRAÇÃO DE ORIXALÁ - Estas Entidades usam roupagem de Caboclos.
São as mais perfeitas nas manifestações. Não fumam, mesmo no grau de
Protetores, e não gostam de ser solicitadas sem um motivo imperioso além das 21
horas. Suas vibrações fluídicas começam se fixando pela cabeça, por cima, na
altura da glândula pineal e vai até aos ombros, com uma sensação de friagem
pelo rosto, tórax, e certo nervosismo que se comunica de leve ao Plexo Solar. A
respiração faz-se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros
longos. O movimento que indica o controle na matéria vem com um sacolejo quase
que geral no corpo.
Falam calmo, compassado e se expressam sempre com
elevação, conservando a cabeça do aparelho (médium), ora baixa ora semi
levantada...
Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de
grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem
uma "chefia de cabeça" e quase nunca uma função auxiliar efetiva (um
dos Orixás Chefes, senão o mais antigo, é o Caboclo Urubatão; o autor, em seu
eterno "peregrinar" em incontáveis "terreiros", teve momentos
de verdadeira "agonia mental" quando era obrigado a cumprimentar
"aparelhos" com "encosto" de Exu, dizendo-se, por vaidade
ou puro animismo, ser aquela entidade. Esta "agonia" era por ver as
tremendas falhas da "representação", vistas e sentidas por seus
próprios companheiros, que olhavam a "cena" divertidos e irônicos).
Baixam raras vezes e só o fazem a miúdo, quando
encontram a mediunidade de um ou outro em excelente estado mental, e moral.
Seus sinais riscados são quase sempre curvos e
formam desenhos de grande beleza: dão a Flecha, Chave e Raiz.
As entidades apresentam-se invariavelmente calmas,
quase não falam, consultam pouco e não assumem "chefia de cabeça",
porém são sempre auxiliares.
LINHA OU
VIBRAÇÃO DE YEMANJÁ
- Fazem sentir seus fluídos de ligação pela cabeça, braços e joelhos.
Balançam o corpo do aparelho (médium) suavemente, levantando os braços em
sentido horizontal, flexionando e tremulando as mãos, arfando um pouco o tórax,
pela elevação respiratória e balançando a cabeça, tomam o controle do médium.
Não dão gemidos lancinantes nem fazem corrupios com um copo de água seguro
pelas mãos no alto da cabeça como se estivessem em exibição circense.
Gostam, isso
sim, de trabalhar com água salgada ou de mar, fixando vibrações, porém serenos
sem encenações. Suas preces cantadas ou "pontos" tem o ritmo triste,
falam sempre no mar e em Orixás de sua linha. Seus pontos riscados são de
contornos longos e dão a Flecha, a Chave e a Raiz.
LINHA OU
VIBRAÇÃO DE YORI - Essas
entidades, altamente evoluídas, externam pela máquina física, maneiras e vozes
infantis, mas de modo sereno, às vezes apenas um pouco vivas. Nunca essas
ridicularias, onde certos "cavalos", usando e abusando do chamado Dom
"consciente", expelem seus subconscientes atulhados de supertições e
vícios de origens, com gritos e " representações fúteis."
Atiram seus
fluídos sacudindo ligeiramente os braços e as pernas e tomam rapidamente o
aparelho pelo mental.
Gostam
quando no plano de Protetores, de sentar no chão e comer coisas doces, mas sem
desmandos.
Dão
consultas profundas e são os únicos que adiantam algumas provações que ainda
temos que passar, se insistirmos nisso. Tornamos a lembrar, isso, apenas se
estiverem em aparelhos(médiuns) de excelente grau mediúnico.
Suas preces
cantadas falam muito em Papai e Mamãe do Céu e em mantos sagrados. São melodias
alegres, umas vezes, tristes , e não esses ritmos estilizados que é comum
ouvirmos.
Seus pontos riscados são curtos e bastante cruzados pela Flecha, Chave e
Raiz.
LINHA OU VIBRAÇÃO DE XANGÔ - Essas entidades usam a forma de Caboclos, e se entrosam no Corpo
Astral de maneira semibrusca, refletindo-se em arrancos no físico; suas
vibrações atingem logo o consciente do aparelho (médium), forçando-o do tórax a
cabeça, em movimentos de meia rotação e pela insuflação de suas veias do
pescoço, com aceleração pronunciada do ritmo cardíaco, na respiração ofegante,
até normalizarem seu domínio físico.
Emitem não um urro histérico alucinado que traduzem como
"KA-Ô", acentuando as sílabas, e sim uma espécie de som silvado, da
garganta para os lábios, que parece externar o ruído de uma cachoeira ou de um
surdo trovejar...
Não gostam de falar muito. Seus pontos cantados são sérias invocações,
de imagens fortes e podem ser cantados em vozes baixas.
Seus pontos de pemba ou sinais riscados fixam o mistério da Flecha,
Chave e da Raiz.
LINHA OU VIBRAÇÃO DE OGUM - Têm a forma de Caboclos. Estas entidades vibram também com força
sobre o Corpo Astral, fixando seus fluídos pelas costas e cabeças, precipitam a
respiração e tomam o controle do físico, quando o alteram para um porte
desempenado.Geralmente dão uma espécie de "brado" que, num bom
aparelho, se entende bem as duas sílabas da palavra OG-UM, como invocação à
Vibração que o ordena.
Jamais esses brados podem ser confundidos com certos "uivos e
latidos" que se escutam em "alguns" lugares, em pessoas que se
dizem mediunizadas (incorporadas), com esgar e olhos injetados de vermelho, que
indicam bebida alcoólica ou auto sugestão.
Esses espíritos gostam de andar de um lado para outro e falam de maneira
forte, vibrante e em todas suas atitudes demonstram vivacidade. Suas preces
cantadas ou pontos traduzem invocações para a luta da fé, demandas, etc.
Seus pontos riscados são semicurvos e revelam a força da Lei de Pemba
pela Flecha, Chave e Raiz.
LINHA OU VIBRAÇÃO DE OXOSSI - Têm a forma de Caboclos; os Orixás, Guias e Protetores são
suaves em suas apresentações ou incorporações. Jogam seus fluídos pelas pernas,
com tremores e ligeiras flexões das mesmas(nesta altura daremos um alerta aos
irmãos de todos os graus que forem aparelhos em função de chefia:é de proporção
assustadora que se observa na maioria dos aparelhos que diz incorporar
caboclos, principalmente de Oxossi , um vício ou uma propensão oriunda do
subconsciente, fortemente influenciado por "conhecimentos externos",
em simularem um aleijão da perna, geralmente a esquerda, como se todos os
espíritos, na forma de caboclos, fossem ou tivessem sido defeituosos da dita
perna. Um Orixá de luz, um Guia evoluído, não conserva em sua forma astral,
essa mazela, que deixou através do resgate purificador dos erros que geraram
aquela encarnação, que ficou apenas como experiência de uma fase escura de seu
passado...talvez que, um ou outro, no grau de Protetores, por necessidade de
seu próprio KARMA, conserve essa conseqüência, mas daí generalizar o hábito,
não passa de infantilidade, ou então, acham que devem conservar uma perna
flexionada, conforme a tem a imagem de S. Sebastião, supondo que todos os
caboclos são seus enviados e obrigados a manter a mesma postura...)
Assim, como vínhamos dizendo, essas entidades fluem suavemente pela
cabeça até a posse total ou parcial.
Falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus
conselhos e trabalhos.
Suas preces cantadas traduzem beleza nas imagens e na música: são
invocações, geralmente tristes, as forças da Espiritualidade e da Natureza.
Os pontos riscados são de sinais elegantes, pela Flecha, Chave e Raiz.
LINHA OU VIBRAÇÃO DE YORIMÁ - Essas entidades são verdadeiros magos, senhores da experiência e
do conhecimento em toda espécie de magia. São os Orixás-Velhos da Lei de Umbanda
- São donos dos mistérios da "Pemba" nos sinais riscados, da natureza
e da Alma Humana.
Têm a forma de pretos-velhos e se apresentando humildemente, falando um
pouco embrulhado, mas, sendo necessário, usam a linguagem correta do
aparelho (médium) ou do consulente.
Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando cachimbo,
sempre numa ação de fixação e eliminação, através de sua fumaça.
Falam compassados e pensando bem no que dizem. Raríssimamente assumem
chefia de cabeça, mas invariavelmente são os auxiliares dos outros Guias, ou
seja, o "braço-direito".
Seus fluídos são fortes , porque fazem questão de "pegar bem"
o aparelho(médium). Começam suas vibrações fluídicas de chegada, sacudindo com
certa violência a cabeça.
Cansam muito o corpo físico, pela parte dos rins e membros inferiores,
com a posse do aparelho, conservando-o sempre curvado. Seus fluídos de presença
vem como uma espécie de choque nervoso sobre a matéria e emitem um resmungado
da garganta aos lábios, quando se consideram firmes na incorporação.
Os pontos cantados são os mais tristes entre todos e revela um ritmo
compassado, dolente, melancólico; traduzem verdadeiras preces de humildade.
Os pontos riscados obedecem a uma série de sinais entrelaçados, as vezes
reto, outros em ângulo. Temos encontrados neles, semelhantes a certas letras
dos alfabetos primitivos ou templários e dão logo os três sinais riscados
expressivos da Flecha, Chave e Raiz.
Outrossim: nas "formas" de pretos e pretas-velhas, existem os
que se apresentam, por afinidade, como um angola, um cambinda, um congo,etc., e
costumam até conservar em sua "forma astral", certa reprodução de características
que identificavam chefia, função,etc, entre os povos da raça negra, muito comum
entre os que são qualificados como Protetores.
Estas afinidades também são semelhantes nos espíritos que têm a forma de
caboclos, comum aos que possuem ainda o evolutivo de protetores.
Quanto a "forma" ser nova ou velha, não altera a essência da
coisa, pois no fundo, é o mesmo.
Essas são, em síntese, a "milonga" das Três Formas em suas
apresentações na UMBANDA. Somente os SETE ORIXÁS principais de
cada linha são não incorporantes... porém, já o dissemos algumas vezes,
excepcionalmente, conferem suas vibrações diretas sobre UM ou no máximo SETE
aparelhos(médiuns), quando, dos espaços siderais, eles observam a Lei sendo
chafurdada e confundida na idolatria, como o está sendo nos tempos presentes...
Certa maioria continua "reverenciando" estátuas a granel, de
bruxos e bruxas e de supostas representações de EXU com serpentes,
ferrão, cornos, capas pretas ou vermelhas do suposto DIABO da
MITOLOGIA...
Tudo isso, em crescendo assustador e deprimente, pois que, já são
existentes em dezenas e dezenas de "terreiros", sendo cultuados com
"comes e bebes..."
E é então que essas vibrações diretas se fazem ouvir através das vozes
dos pequeninos que se tornam grandes, quando se trata de recompor as VERDADES
PERDIDAS que refletem a própria LEI do VERBO.
Obs: Este Capítulo, pertence a Portentosa obra UMBANDA
de TODOS NÓS, terceira Edição de 1969, escrita pelo Grande Mestre e
profundo conhecedor dos MISTÉRIOS de UMBANDA, W.W. da MATTA e SILVA.
Vejam, caros irmãos, a quantos anos foi escrita esta obra que continua
atualizadissíma. Nós não poderíamos nos furtar de colocar este capítulo, para
discernimento e estudo de nossos irmãos, que tanto anseiam por conhecimento e
luz, esperando ter contribuído um pouco , levando estes conhecimentos a todos
os irmãos.
Se algum irmão, desejar estudar, aconselhamos se for possível as obras de
W.W. da Matta e Silva, que se encontram para vender, assim como de seu
discípulo F. Rivas Netto, assim como outros.
Agradecemos a leitura destas páginas e esperamos que muitos possam tirar
proveito, pedindo a OXALÁ, que ilumine todos os nossos passos, derramando
sobre nós a sua Luz Divina.
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