Pensei: Mas o que será? Futebol não pode ser. Basquete e vôlei não são. Curioso, olhei para a tela. Qual não foi minha admiração quando vi que o desespero do Galvão era por causa da vitória brasileira no tal do MMA ou UFC, nova febre do esporte em que dois indivíduos trocam sopapos, chutes e cabeçadas.
Sai sangue pra todo lado e vence quem derruba seu oponente.
Os gritos do Galvão me levaram a refletir:
Como podemos apreciar um esporte tão brutal e violento como esse UFC?
Mesmo depois de milênios, será que ainda nos comprazemos com as arenas romanas agora chamadas de octógonos?
Por que há um mórbido prazer de assistirmos alguém estirado ao chão gemendo de dores?
Dirão alguns que é apenas um esporte, mas vejo nisso uma versão diferente do que antigamente se chamava duelo.
Allan Kardec abordou essa questão dos duelos com os sábios da Espiritualidade no capítulo Lei de Destruição e eles informaram que os duelos são crimes aos olhos de Deus.
A grande realidade é que nossa existência na Terra não pode ser encarada como uma brincadeira. Sendo o corpo físico a máquina de manifestação do espírito na esfera corporal, é justo que lhe dediquemos os cuidados necessários.
Obviamente que se nos dispusermos a levar pancadas, chutes e pontapés em todos os seus pontos não estaremos cuidando desse patrimônio que Deus nos concedeu para as nossas experiências educativas na esfera terrestre.
Nada, nem a desculpa do esporte e do dinheiro que corre nessas lutas, justificam agressões ao corpo físico, esse santuário sagrado do espírito em romagem terrena.
Regozijar-se com essas lutas sangrentas, esses verdadeiros duelos do século XXI, é alimentar-se do que há de mais brutal no mundo.
Reflitamos sinceramente na utilidade de darmos ibope para programas e “esportes” com essas características.
É injustificável como cristãos ainda nos demorarmos apreciando chutes, socos e pontapés, presenciando ao vivo e em cores duas criaturas matando-se como feras.
Somos seres humanos, dotados da capacidade de raciocínio. Analisemos, pois, se existe algo que justifique voltarmos nossa atenção a esse famigerado “esporte”, admirando pessoas que ganham suas vidas arrancando sangue dos outros.
Sem qualquer ranço de moralismo hipócrita, convido o leitor a refletir nas palavras de Galvão: “É CAMPEÃO! É CAMPEÃO!...” Mas campeão de que, se alguém está quase morto, estirado ao chão?
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