Vamos tentar explicar um pouquinho os diferentes
rituais.
COMECEMOS POR DEFINIR O QUE SEJA RITUAL:
Ritual, é uma forma particular de se cultuar o alto
do Altíssimo e cada religião possui seu ritual próprio, que se distingue de
todas as outras religiões e proporciona a seus fiéis uma individualização no
momento em que se colocam em contato mental com a divindade maior que rege sua
religião.
O ritual identificador de uma religião tem como
função envolver, estimular e congraçar num mesmo nível vibratório mental e
religioso todos os seus fiéis. É quando todos os seres reunidos num mesmo
espaço desarmam seus emocionais, anulam suas intolerâncias, animosidades,
receios, medos e angústias e possam vibrar num mesmo sentido a fé em DEUS.
QUANDO OS UTILIZAR?
Como dissemos a pouco, temos os rituais que são
utilizados no sentido de harmonização vibratória das pessoas reunidas em um
mesmo espaço, e sob uma mesma Irradiação religiosa, com as mesmas práticas
sub-rituais. As práticas sub-rituais são utilizadas em muitas ocasiões.
CITEMOS ALGUMAS:
Encontro de fiéis de uma mesma religião, quando
recorrem a um modo particular de cumprimento e saudação.
Oferendas rituais, votivas, propiciatórias,
divinatórias, consagratórias, etc., quando cada sub-ritual ainda que conserve
em sua essência os fundamentos do ritual, no entanto tem seu modo e
ritualística próprios para cada fim que se almeja alcançar.
ATÉ QUE PONTO RESOLVEM?
Esta é uma questão mais discutível. Se realizamos
uma prática ritual com um fim específico, no entanto, fatores imponderáveis
podem alterar os resultados finais. Por exemplo:
Um fiel de uma religião vai inaugurar uma loja ou
casa de comércio. Ele solicita ao seu sacerdote que se realize um ritual
propiciatório ao êxito e prosperidade de seu novo local, onde irá ganhar o seu
pão abençoado.
O sacerdote recorre a uma prática sub-ritual e
consagra e abençoa o lugar em questão, tornando-o vibratoriamente positivo ao
bom êxito e prosperidade.
1ª
Ocorrência: o fiel em
questão, movido pela sua fé religiosa e confiança no seu trabalho e na sua
capacidade profissional, inaugura sua loja e prospera rapidamente.
2ª
Ocorrência: o local foi
tornado positivo, mas o fiel, a despeito de sua imensa fé, não é um bom
profissional no trato dos seus clientes, ou na escolha das mercadorias a serem
expostas, ou na obtenção do menor custo, etc., e não prospera.
CONCLUSÃO:
“Nos rituais propiciatórios, tanto o ritual quanto
o santo invocado, pouco resolvem se o beneficiário não fizer por merecer!!”
COMENTÁRIOS:
Esperamos com estas poucas linhas poder ter
explanado o objetivo dos rituais para que todos comecem a entender que embora
hajam diferenças entre eles, existe um mesmo objetivo, entrar em contato com
sua Divindade, Orixá, Santo, Deus, e assim por diante, e o mais importante,
começar a entender os diferentes rituais dentro da Umbanda e de outras
religiões e pensar muito antes de começar a criticar.
Cada Templo tem seu ritual próprio, sua forma de
cultuar e entrar em contato com o Divino!!
Cada indivíduo é único em sua forma, não é mesmo?
Embora, às vezes, parecidos, nunca são iguais! Então, assim também são as
religiões, às vezes parecidas, mas não iguais, não em seus rituais, somente
iguais no objetivo de fazer os indivíduos buscarem DEUS, e cada um encontra
DEUS e afinidade onde se sente bem! Feliz! Seja ele cristão ou judeu! Cada um,
em sua busca, acaba encontrando DEUS em uma religião, que lhe agrade, lhe
convença (lhe desperte a fé), não é mesmo? Fé é um sentimento que não se
explica! Se confia e pronto! E nunca esquecermos que só recebemos o que nos é
de merecimento! Temos que também fazer a nossa parte material, pois o
espiritual esta ajudando! Certo?
MITOS E PRECONCEITOS
Os mitos, sempre têm um pouco de verdade e um pouco
de fantasia.
Senão, vejamos:
É comum dizer-se que quem desenvolve sua
mediunidade torna-se mais capaz do que quem não a desenvolve.
Isto é uma verdade se quem se desenvolveu também
compreendeu os compromissos que assumiu. Mas é pura fantasia se ele nada
entendeu e logo começou a enfiar os pés pelas mãos, uma vez que, se ele
adquiriu um poder relativo, no entanto, começa a se chocar com um poder
absoluto que é a Lei da Ação e Reação. Assim, sua suposta superioridade logo o
lança em um sensível abismo consciencial.
Portanto, em se tratando de mediunidade, todo
cuidado é pouco e toda precaução não é o suficiente, se não estiver presente
uma forte dose de humildade e compreensão de que um médium não é um fim em si
mesmo, mas sim e tão somente um meio.
COMENTÁRIOS:
Para quem não entendeu a fantasia da coisa, vou
tentar falar bem claro.
Existem médiuns que infelizmente se assoberbam com
o simples fato de incorporarem determinadas entidades e não se sentem iguais
aos outros médiuns do corpo mediúnico, acabam por perder o respeito à entidade
dos outros e começam a julgarem-se os sábios, e desconfiam da incorporação dos
outros, acreditando que só e somente eles é que têm a melhor incorporação e a
do melhor Guia! Quanta modéstia não?
Acreditam que a Entidade lhes pertence
exclusivamente e que os poderes desta entidade lhes pertence.
Batem no peito e se gabam: – Ninguém mexe comigo,
pois, eu tenho o Exú “fulano de tal” e arrebento a vida de qualquer um!
Não se contenta com um Guia que não possua um nome
famoso e logo que adentra para desenvolver-se, não quer nem esperar a hora de
seu guia intuir-lhe seu verdadeiro nome!
É o tal fulano (que por vaidade), entra em uma gira
mediúnica e mesmo ainda não estando preparado, já quer estar graduado a
incorporar e dar consultas (pois se sente inferior aos que já o fazem), quando
começa a desenvolver-se já quer logo ir recebendo o Caboclo “Pode-Tudo” e o Exú
“Quebra-Tudo” (nomes somente coloquiais, por favor…);
Então este mesmo fulano assoberbado, apressado,
começa a dar consultas (é claro que a entidade tenta mudar-lhe o caráter),
começa então, a Lei da Ação e Reação, o médium mete os pés pelas mãos e começa
a prometer feitos para os consulentes em nome das Entidades e em sua cega
prepotência não percebe que a Entidade não promete o que não é de merecimento
do consulente pelo Alto.
Entra de cabeça em uma maré de enrolações, que
dificilmente sairá e depois na maior cara-de-pau, quando os consulentes voltam
para cobrar-lhe as promessas não cumpridas do médium, este ainda joga toda a
culpa na Entidade e revolta-se (a maioria não chega nem a cogitar a própria
falta de caráter!) e é claro, este médium acaba por abandonar o Terreiro, e
começa então uma maratona, indo trabalhar de Terreiro em Terreiro até que se
cansa de sua própria vaidade, e acaba abandonando a religião (vejam, como a
Umbanda é generosa! Ela recebe todos, deixando que esgotem seus emocionais e
quando já esgotados a abandonam). Na verdade, o médium à estas alturas já
aprendeu alguma lição e se este ainda buscar outra Fé, será direcionado pelo
Divino Pai, à uma religião onde qualquer contato com a mediunidade seja
proibido.
Com a consciência um pouco mais desperta de seus
erros, ele entrará em uma busca desesperada pela absolvição dos seus erros,
preferindo acreditar-se possuído pelo demônio, quando o maior demônio era o que
habitava seu coração, e não fora de si, como muitos preferem acreditar.
Muitos médiuns que enveredaram pelo caminho da
Luxúria, Vaidade, Sexo, matança desenfreada de animais para Baixa Magia (Magia
Negra), hoje, lotam milhares de Igrejas Evangélicas em todo o país em uma busca
desenfreada pelo perdão de suas magias – negras e cumplicidade com Entidades do
Baixo – Astral.
Amedrontados, pedem perdão ao Senhor Jesus e
transferem vossas culpas à nossa amada Umbanda, que muitas vezes fora usada
como palco de Magias Negras e rituais do mais baixo escalão!
Culpam a nossa Umbanda em público, fingindo-se
incorporados de demônios! Estão incorporados é de suas consciências
pesadíssimas que buscam desesperadamente livrarem-se de todo peso, de anos e
anos a usar e alimentar espíritos ignorantes a seu bel – prazer!
Culpam a Umbanda e os “demônios” pela falta de
caráter que possuem!
É com grande alívio que vejo estas Igrejas
recolherem centenas dessa gente em seus Templos, fazendo uma verdadeira limpeza
em nossa Religião.
Quando me refiro à limpeza, pois é isso mesmo que
é, a Umbanda esta sendo purificada com a retirada dessa escória de Magos
Negros, que tanto contribuíram para denegrir a nossa religião e que tantos
prejudicaram sob o manto de cordeiro de suas vestes brancas dizendo-se
umbandistas!
Desculpem-me se deixei alongar demais, temos que
concluir nosso tema principal, mas acredito que ficou bem claro, onde pode
acabar quem se deixa iludir por mitos (fantasias).
Nunca entrem em uma corrente mediúnica, por que te
disseram que você tem guias maravilhosos, lindos, etc., todos os guias são
maravilhosos mesmo, mas não é este o objetivo de se desenvolver a mediunidade,
o principal objetivo tem de ser o de prestar a caridade, através do amor à
todos os guias igualmente, a humildade de querer aprender e ajudar!
Não entrem por vaidade!! E se estão por ela, tratem
logo de deixá-la de lado e começar a despertar o verdadeiro sentido de estarem
em uma corrente mediúnica. Tenham amor por todos dentro de um Templo, respeitem
por amor e não por temor!!
PRECONCEITOS
Muitos são os preconceitos quanto à educação
mediúnica. Muitas pessoas temem certas inverdades divulgadas à solapa por
desconhecedores de religiões espiritualistas.
VAMOS À ALGUMAS COLOCAÇÕES QUE PULULAM NO MEIO
RELIGIOSO:
> > a mediunidade é uma provação
> > a mediunidade é uma punição cármica
> > a mediunidade escraviza os médiuns
> > a mediunidade limita o ser
COMECEMOS POR DESMENTIR ESTAS COLOCAÇÕES NEGATIVAS:
1º mediunidade não é uma provação, mas somente a
exteriorização de um Dom que aflorou no ser, e que, se bem desenvolvida, irá
acelerar sua evolução espiritual;
2º não é uma punição cármica, mas sim um ótimo
recurso que a Lei nos facultou para nos harmonizarmos com nossas ligações
ancestrais;
3º não escraviza o médium, apenas exige dele uma
conduta em acordo com o que esperam os espíritos que através dele atuam no
plano material para socorrer os encarnados necessitados tanto de amparo
espiritual quanto de uma palavra de consolo, conforto ou esclarecimentos;
4º não limita o ser, pois é um sacerdócio. E, ou é
entendida como tal, ou de nada adianta alguém ser médium e não assumir conscientemente
sua mediunidade.
Para concluir, podemos dizer, que a mediunidade,
por ser um dom, tende ser praticada com fé, amor e caridade. Só assim nos
mostramos dignos do Senhor de Todos os Dons: nosso Divino Criador!
O VERDADEIRO SENTIDO DA UMBANDA
A Umbanda, ao contrário do que muitos imaginam, não
é só trabalhos magísticos ou despachos na “encruza”.
Como religião ela possui todo um fundo magístico,
mas que se desdobra em recursos acessíveis a todos que dela se aproximam.
Muitos buscam na Umbanda a cura para seus espíritos
enfraquecidos nas lides diárias e muitos encontram nela uma via natural onde se
religam espiritualmente com seus afins no plano astral. Este religamento
acelera a evolução espiritual de tal forma, que após alguns anos, o umbandista
possui uma noção muito ampla do que seja o outro lado da vida.
E, porque na Umbanda direita e esquerda se
manifestam dentro de um equilíbrio rígido pelo alto, mais fácil é a compreensão
dos umbandistas sobre as ações e reações, causas e efeitos e sobre o carma
individual.
Umbanda é religião, é conhecimento, é magia e
espiritualização, animados pela fé interior de cada um que resulta no que
chamamos de “religião umbandista”, onde o socorro espiritual convive com o
despertar da consciência para as verdades maiores.
Por isso, temos assentado que o verdadeiro sentido
da Umbanda é acelerar a evolução espiritual e o aperfeiçoamento consciencial e
religioso dos seus praticantes.
SENÃO VEJAMOS:
A Umbanda não recusa fiéis de outras religiões
entre os consulentes que freqüentam assiduamente suas tendas de trabalho.
A Umbanda não obriga ninguém a renegar sua religião
para poder participar de suas engiras.
Todas as outras Religiões estão representadas
dentro do Ritual de Umbanda Sagrada, onde linhas de ação e trabalhos cristãs,
hinduístas, islâmicas, persas, egípcias, atuam ocultadas por nomes simbólicos
ainda não interpretados corretamente, ou sequer apercebidas mesmo pelos médiuns
que incorporam espíritos ligados a elas.
Com isso, queremos dizer que a Umbanda Sagrada é o
congraçamento de todos os espíritos e a reunião do que há de melhor em todas as
religiões ainda ativas ou já adormecidas na mente dos espíritos encarnados, que
somos nós. Umbanda é fé, é caridade, é conhecimento, é ecumenismo religioso.
Sob o teto de um templo de Umbanda manifesta-se o caboclo índio, o preto –
velho, o mestre hindu, o sábio chinês, o descontraído exú e a exuberante pomba
– gira.
Aí esta sintetizado o verdadeiro sentido da
Umbanda; união de todas as correntes astrais e de todas as linhas de pensamento
que têm norteado a humanidade e a harmonização do ser com todas as religiões.
COMENTÁRIOS:
Está bem clara a grandeza e a beleza desta
religião, agora, só dependerá de todos nós não destruirmos este maravilhoso
universo chamado Umbanda, com nossos egoísmos, dúvidas desrespeitosas e
preconceitos para com nossos irmãos encarnados e desencarnados.
Que a Luz dos Divinos Orixás cubra à todos com seu
manto protetor e que todos que ainda não conhecem esta Religião, não saiam
criticando sem antes conhecê-la de verdade!
Um grande abraço destes “Eternos Aprendizes”.
Todos os textos foram baseados e tirados da obra
psicografada “O Código de Umbanda”, de Rubens Saraceni.
Todos os comentários foram coordenados pela Babá do
Templo “Eternos Aprendizes do Amor e da Fé em Oxalá”.
AGRADECIMENTOS:
Ao nosso querido Pai Rogério, do “Templo da Estrela
Azul”, nosso abraço mais que fraternal, e nossa eterna amizade!
À Rubens Saraceni, pela maravilhosa obra que está
vindo através de sua psicografia, agradecemos do fundo do nosso coração seu
trabalho e sua amizade.
À todos que acessaram este site, obrigado pela
atenção!!
Ao nosso querido Pai Élcio – de – Oxalá, que com
suas lindas canções só tem enriquecido nossa Umbanda!
Ao amigo e editor Luiz A. L. Silva, que tem trazido
com sua ajuda material, a publicação de tão maravilhoso trabalho.
Agradeço também a existência de tantos falsos
mestres que se auto – intitulam mestres, pois, foi conhecendo este tipo de
gente que tive a oportunidade de diferenciar os falsos – umbandistas dos
verdadeiros, aprender tudo o que eu nunca deveria fazer, e graças a existência
deles foi que soube separar o “joio do trigo”, reconhecendo na humildade
verdadeira das pessoas, o verdadeiro caminho que me levaria de encontro ao
verdadeiro aprendizado, graças a estes inimigos da Umbanda eu tive mais vontade
de lutar, aprender, amar e levantar a bandeira da Umbanda.
Cada um que já leu milhares de livros como eu, que
busca conhecimento em livros, tomem cuidado com os falsos mestres, tem gente
boa, mas tem muita gente que em suntuosos templos contradiz a humildade que os
livros pregam, no intuito de comercializar livros “Chupados” de diversas outras
literaturas.
Infelizmente os maiores inimigos da Umbanda estão
infiltrados nela, mas haverá o dia em que nosso Divino Pai Xangô, em seu tempo
certo, irradiará sua Justiça e a Umbanda desabrochará de uma vez, como todas as
outras religiões!
Até breve! Um abraço à todos amigos da Umbanda.
Eternos Aprendizes do Amor e da Fé em Oxalá.
Agradecimento final: Aos meus filhos, que tanto tem
me ajudado a amar esse trabalho, ao meu filho Marcos, pelo tempo, dedicação e
por digitar a página e à Mãe Manoela que nos ensinou amar todos sem distinção:
Baianos, boiadeiros, ciganos, marinheiros, exús, pomba – giras, pretos –
velhos, crianças, encantados, etc., abençoados Mãe Manoela aqueles que te
conhecem! Obrigado Pai Olorum por ter nos unido a seres tão encantadores e por
ter nos dado vida em abundância para eternamente aprendermos...
Autor
desconhecido
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