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"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Marcus Lucius (O Centurião Romano)


          
         Matéria publicada no Jornal Mundo Espírita - julho/2005

Foi em Cafarnaum, situada nas margens do lago de Genesaré, que tudo aconteceu. O nome Cafarnaum é composto pela palavra caphar, que designa aldeia, o que nos leva a crer que deveria ser um pequeno burgo à moda antiga, diferente das grandes cidades construídas à moda romana, como Tiberíades.
Era uma cidade sem passado, que em nada participara do movimento profano propiciado pela dinastia herodiana.
Foi essa cidade que Jesus elegeu como sua segunda pátria. Dali organizou uma série de missões para as pequenas cidades das imediações.
Estando sob a jurisdição de Herodes Ântipas, filho de Herodes I, o Grande, abrigava, por deliberação dos senhores de Roma, uma guarnição militar. Naturalmente, os hábeis políticos do Império não permitiriam total independência ao idumeu Herodes e, em todos os pontos estratégicos da Palestina, espalhavam-se guarnições militares.
Em Cafarnaum havia, pois, um centurião, designação conferida ao chefe de uma companhia, de uma centúria, ou seja, 100 homens.
Historiadores sugerem um nome a esse chefe enérgico, digno e justo: Marcus Lucius, filho de um oleiro e irmão de um poeta aplaudido em Roma.
Marcus deixara a vida civil e se alistara nas poderosas legiões romanas. Correto, disciplinado, valente, tornou-se estimado por seus superiores. Como soldado, fez carreira, alcançando o posto de centurião.
Nessa condição, fora mandado servir na Judéia e se encontrava em Cafarnaum, como chefe das tropas de ocupação.
Marcus Lucius estava habituado a receber os cumprimentos dos soldados quando passava pelas estradas, com suas insígnias romanas, a passo lento e cadenciado.
Ave Marcus Lucius, o chefe! Sobre ti a proteção dos deuses! - diziam os soldados, perfilando-se e erguendo os seus escudos.
Ali Marcus Lucius representava o poder de Roma, o poder de Tiberius Claudius Nero César.
Porque estava sozinho, distante de casa, da esposa e filho que haviam ficado em Roma, Marcus tomara a seu serviço um escravo. Dizem alguns que era um idumeu que ele encontrara na estrada, certa vez.
Entre os romanos, valor nenhum tinha um escravo. Se morresse, era logo substituído por outro. Afinal, Roma dominava e fácil lhe era tomar outro homem ou outros homens a seu serviço.
No entanto, o centurião era um homem diferente. E, quando adoeceu seu escravo, tomou-se de compaixão e preocupação por ele. Levantava-se pela madrugada e o ia ver. Ao perceber que a febre o devorava, mais se inquietava.
Mandou vir à sua casa os manipuladores de filtros, os mágicos e os curandeiros daquela terra para auxiliarem o seu serviçal, mas nenhum deles conseguiu sequer lhe diminuir as dores, ou amenizar-lhe a elevada temperatura.
Uma noite, percebendo o servo a delirar, parecendo viver as derradeiras horas da vida, o bom centurião recordou-se que ouvira falar a respeito de um Rabi que andava pela Judéia. Era um Rabi poderoso. Dizia-se que Ele curara dez leprosos, fizera andar paralíticos e até dera novo sopro de vida a uma jovem.
Assim, enviou uma embaixada composta de judeus para que rogassem a Jesus lhe curasse o servo.
No entanto, os emissários em vez de simplesmente pedir a cura a Jesus, rogam-lhe que vá à casa do centurião.
Ele é um oficial romano, dizem-Lhe, mas amigo de Israel, benemérito do povo. Por sinal, a expensas próprias lhes edificara uma sinagoga.
Jesus se põe a caminho. Os emissários vão à frente, a fim de dar a auspiciosa notícia ao centurião que, sensibilizado com tamanha bondade do Mestre, apressa-se em Lhe ir ao encontro.
Senhor, diz-lhe, não te incomodes, porque não sou digno que entres sob o meu teto. Mandei emissários ao Teu encontro, porque também não me julgava digno de ir ter Contigo. Mas se trata de meu servo. Dize uma só palavra, Senhor, e meu servo será curado.
Não é preciso que estejas em sua presença. Eu sou um oficial, tenho sob meu comando muitos soldados e estou habituado a dar ordens e ser obedecido.
Os meus soldados me respeitam mesmo quando não estou presente. Se sabem que é uma ordem minha, a executam. Creio em Teu poder, profeta de Nazaré.
Tu és o Senhor das leis orgânicas que regem o corpo humano. Não se faz mister que entres em minha casa. Basta que dês uma ordem e a moléstia abandonará o corpo de meu servo, retornando-lhe a saúde.
Voltando-se para os que O seguiam, Jesus afirma: Em verdade vos digo que jamais encontrei tamanha fé em Israel!
E ao centurião romano:
Vai-te, retorna para tua casa. Faça-se contigo assim como crestes.
E, a caminho, Marcus Lucius encontrou mensageiros de sua casa que lhe vieram informar que o servo doente já estava curado.
Dobraram-se os anos, e onde quer que o Evangelho de Jesus seja pregado, as palavras do centurião romano são lembradas como inconteste atestado de fé: Basta que ordenes, Senhor! Tu és o Senhor e serás obedecido!

Bibliografia:

01. RENAN, Ernest. Jesus em Cafarnaum. In:___. Vida de Jesus. São Paulo: Martin Claret, 1995. cap. 8.
02. ROHDEN, Huberto. O centurião de Cafarnaum. In:___. Jesus nazareno. 6. ed. São Paulo: UNIÃO CULTURAL. v. I, nº 48.
03. VAN DER OSTEN, A . Cafarnaum. In:___. Dicionário enciclopédico da bíblia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1985.

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