“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” - Jesus. (Jo., 8:32.)
Jesus permaneceu em silêncio quando Pilatos Lhe perguntou: “Que é a verdade?” (Jo., 18:38.)
Confrontavam-se ali a verdade autêntica, transcendental, eterna e incorruptível que Jesus veio trazer e a falsidade, os ouropéis mesquinhos, transitórios, rasteiros, ligados ao chão da Terra, nos quais se comprazia Pilatos. Que poderia Jesus responder? Pilatos não O entenderia absolutamente!...
Diz Agar: “A Ilusão do mundo e a renúncia incompleta não nos deixam descobrir as Verdades Divinas, enquanto permanecermos exclusivamente nos círculos acanhados. É preciso o concurso do tempo, a fim de alcançarmos o sabor positivo da iluminação espiritual.”
Segundo o ínclito Mestre Lionês , “(...) nenhuma seita existe que não pretenda ter o privilégio da verdade. Que homem se pode vangloriar de a possuir integral, quando o âmbito dos conhecimentos incessantemente se alarga e todos os dias se retificam as idéias? A verdade absoluta é patrimônio unicamente de Espíritos da categoria mais elevada e a Humanidade terrena não poderia pretender possuí-la, porque não lhe é dado saber tudo. Ela somente pode aspirar a uma verdade relativa e proporcionada ao seu adiantamento. Se Deus houvera feito da posse da verdade absoluta condição expressa da felicidade futura, teria proferido uma sentença de proscrição geral, ao passo que a caridade, mesmo na sua mais ampla acepção, podem todos praticá-la.
O Espiritismo, de acordo com o Evangelho, admitindo a salvação para todos, independente de qualquer crença, contanto que a lei de Deus seja observada, não diz: Fora do Espiritismo não há salvação; e, como não pretende ensinar ainda toda a verdade, também não diz: Fora da verdade não há salvação, pois que esta máxima separaria em lugar de unir e perpetuaria os antagonismos.”
Diz Marcelo Ribeiro: “(...) Aqueles que possuímos uma mensagem de renovação e esperança para dar, devemos, melhor do que os outros, compreender que o nosso labor se baseia no perfeito equilíbrio em prol da divulgação lavrada na simpatia e na gentileza. Não nos propomos combater as demais pessoas, ou suas idéias, ou sua forma de ser. Antes nos candidatamos a expor os nossos temas, aqueles que nos felicitam, interessando aos que nos ouvem e vêem a examinar as nossas informações, optando pelo que lhes pareça melhor. Pugnadores da verdade sabemos que ela não se contém, total, no nosso enfoque de como considerar a Vida, reconhecendo que, talvez, a nossa, seja uma visão melhor e mais clara, de modo a resolver inúmeros problemas que aturdem a Humanidade. Exercitando-a, ampliamos a capacidade de entendê-la, facultando-lhe o crescimento em nós e crescendo com ela. Assim considerando, recordemos que numa discussão sempre se podem encontrar três colocações da Verdade: 1 – a de um litigante, 2 – a do seu adversário e, 3 – aquela que paira acima dos indivíduos. Esta última colocação é a legítima e transcendental, que examina fatores ignorados, causas desconhecidas motivadoras da ocorrência em pauta... É urgente que estejamos conscientes da obra a realizar primeiro em nós mesmos, como combate intransferível e imediato, a fim de irmos adiante. O próprio Jesus, que conhece a Verdade, jamais a impôs e nunca entrou em lutas verbalistas injustificáveis, tampouco Se deteve a combater contra... O Seu, foi o combate a favor do bem, pelo bem de todos, com amor, sem despotismo, nem intolerância ou exigência, ensinando o amor e incondicionalmente amando com esperança no êxito final.”
Ouvi uma vez Pai Joaquim dizer que a minha verdade não é a sua que por sua vez não é a verdade do universo. Pense nisso!
Denis Sant’Ana .’. \|/
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